Capítulo 18 - Me arrastando de volta para você.

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POV Marinette

Sempre tem aquele momento em que shit happens.

Um termo nunca se adequou tanto na minha vida como shit happens, porque sim, a merda sempre acontecia. Era uma praga, um carma, ou apenas um gene que veio no meu DNA, e me perseguia.

Por isso, naquele momento, eu estava em uma maca em um hospital, com uma careta de quem não queria estar ali.

O fato era: eu havia sido roubada. Sim, roubada, e enquanto ia fazer uma entrega para meus pais. No começo, agi como um humano racional e medroso: entreguei o que tinha, mas quando ele tentou pegar meus brincos, virei uma verdadeira fera.

Sim, dei uma surra naquele cara, por menos recomendado que isso fosse, e eu teria batido ainda mais se ele não tivesse me empurrado para fugir, o que me rendeu um corte na testa e no braço. Havia batido a testa em uma lixeira, mas felizmente, não necessitei de pontos.

A merda maior? Eu havia desmaiado, alguém me achou, e me levou para o hospital. Mamãe e papai foram chamados, e não duvido que estejam vindo quase que voando atrás de mim.

Encostei a cabeça no travesseiro da maca e grunhi. Porra, mas que merda, hein?!

- MARINETTE! – O grito estridente da minha mãe me fez dar um pulo. Ela correu até mim, e me abraçou de um modo tão forte que nem se importou se minhas costas doíam pela queda. Soltei um murmuro de dor e ela me soltou. – Querida! Aí, olha seu rosto! Estou tão arrependida! Nunca achei que essa cidade estivesse tão perigosa!

- Calma, mãe. – Revirei os olhos. – Eu estou bem, e viva! Não é pra tanto! Onde está papai?

- Conversando com Adrien na sala de espera. – Franzi o cenho. – Não soube? Foi ele quem te achou.

- O que?! – Arregalei os olhos. Puta merda!

- E pelo que as enfermeiras estavam comentando, não saiu daqui até agora. – Mamãe me deu um sorriso deveras significativo. – Sabe...

- Não sei de nada, e também não quero saber! – Cruzei os braços com um biquinho. – Sem comentários desnecessários mamãe!

- Não é desnecessário, filha! – Mamãe disse, mas depois riu. – Só diria que ele se importa com você, me parece um bom garoto...

- Aquilo? Bom garoto?! Humpf! – Bufei. – Nem aqui, nem em nenhum outro lugar do mundo, mamãe! Adrien é um idiota! I-D-I-O-T-A!

- Assim que você fala do seu salvador? – Ouvi sua voz e dei outro pulo. Entrava junto ao meu pai naquela salinha em que eu estava. Gemi em frustração, me deitando na maca em um baque só. – Que belas maneiras de se agradecer, Mari.

- Não aja como se fosse um herói nacional. – Revirei os olhos, e ele riu quando minha mão me deu um tapa no braço. – AÍ! MÃE!

- Shiu! Estamos em um hospital! – Me repreendeu com uma cara de "depois conversamos". – Adrien, não liga pra essa varrida aí não! O tombo deve ter afetado os neurônios dessa cabecinha.

Bad Habits.Onde histórias criam vida. Descubra agora