Capítulo 16 - Deita comigo.

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POV Adrien

Aguentar um akuma irritante era uma coisa.

Aguentar um akuma irritante e uma Ladybug irritada era outra completamente diferente.

Ladybug estava mais do que irritada, parecia estar puta em um nível que eu tinha dó daquele akuma. Se ela pudesse, estouraria seus miolos com aquele yo-yo, principalmente por ser um akuma que soltava um "raio laser" do amor, ou qualquer merda que aquilo era chamado.

Então a joaninha estava passando por problemas amorosos? Hmmm...

- Miraculous Ladybug! – Jogou o yo-yo, usando sua magia para restaurar os estragos que o akuma havia feito. Havia sido um akuma demorado, quase duas horas brincando de pique-pega com um garoto que levou um fora e que queria espalhar o amor pela cidade em busca de conseguir o "amor da sua vida".

Me aproximei da joaninha, que me olhou com os olhos cerrados.

- O que aconteceu? – Franzi o cenho. Não nego minha curiosidade, era difícil ver aquela heroína da paz com tanto ódio. – O veneno tá até escorrendo pelo canto da boca.

- Se fizer outra gracinha, Paris vai ter apenas um herói. – Sua ameaça me fez sorrir.

- Que joaninha perversa. – Cruzei os braços, meu sorriso debochado fazia com que ela ficasse com uma expressão ainda mais raivosa. – Vai fazer o que? Me jogar da Torre Eiffel? De algum prédio? Conte-me seus planos de vingança.

- Vou cortar sua língua. – Cruzou os braços e bufou. Seu brinco apitou. – Teve sorte dessa vez.

- Para mim, tive azar. – Sua careta de curiosidade dedurava toda a sua postura séria. – Adoraria saber o que você ia fazer com minha língua.

Seu rosto ficou vermelho como um tomate, e me surpreendeu ao me dar um tapa no lado direito do rosto. Arregalei os olhos, mas ela já havia sumido. Pisquei algumas vezes.

Caralho, ela era forte!

E por sorte, nenhum repórter estava por perto, ou estaríamos muito fodidos na mão da imprensa.

Falando em fodido...

CARALHO A MARINETTE!

Puxei o bastão do meu cinto, e estiquei-o. Fui rapidamente para o metro, e me destransforme em um canto seguro. Plagg voou para o meu ombro.

- Hmmm, alguém tomou um belo tapa. – Murmurou.

- Não enche, ou te jogo nos trilhos. – Comecei a correr pelo metro, e Plagg se escondeu no bolso da minha calça. Porra, Marinette era a merda de uma cabeça dura, e eu estava fodido.

Fui até o banheiro, e destranquei. Ótimo, hora de encarar a máquina mortífera de um metro e cinquenta e poucos.

Como um leão irritado, vendo seu inimigo, ela me olhava. Estava sentada no canto do banheiro com uma cara de quem me mataria a qualquer momento. Fiquei ali, esperando-a.

- Não vai vir? – Murmurei, e em cinco segundos depois, ela estava na minha frente.

Plaft! Foi a única coisa que eu ouvi antes de sentir minha bochecha esquerda arder.

Mas o que porra está acontecendo com essas mulheres hoje, hein?!

- Porra! – Coloquei a mão no rosto. Aquilo doía pra caralho. – Que merda é essa?!

- Isso é por me trancar aqui, babaca! – Cruzou os braços. – Só não te dou outra na bochecha esquerda pelo fato que você parece ter se machucado, mas você merece por aquele beijo!

Bad Habits.Onde histórias criam vida. Descubra agora