Capítulo 9 - Yo-yos e bastões.

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POV Marinette

- A cara dele, com certeza, foi a melhor! – Murmurei, olhando para a kwami que se divertia ouvindo tudo o que eu dizia, enquanto comia formidavelmente um macaron.

Porra, aquele bendito... bicho? (Não sei classifica-la. Alguém poderia reviver Darwin? Preciso de uma mãozinha!) Enfim, aquele bendito ser sabia se alimentar de uma maneira muitíssimo mais educada que muitos humanos que eu conhecia por aí!

Não que eu ligasse muito, mas...

- Eu vi, Marinette. – A kwami riu, de uma maneira fofa, antes de arrematar o resto do macaron rosa. – Você também não aliviou muito a situação, não é?

- Claro que eu não aliviaria! – Revirei os olhos. – Estamos em uma guerra! E pode ter certeza, serei o pesadelo dele! Serei como o frio russo é para os alemães!

- Você é muito exagerada, ao mesmo tempo que culta. – Tikki arregalou os olhinhos, parecendo surpresa. Me levantei.

Talvez esse comentário tivesse elevado o meu mínimo ego alguns degraus acima.

- Vamos. – Suspirei. – Temos um role pelos céus parisienses, Tikki.

Ela sorriu, como se me alertasse que estava pronta. Me transformei, e rapidamente saí pelo alçapão.

Eu ainda estava aprendendo a usar o yo-yo. Por mais que parecesse, aquele bendito objeto não era nada fácil de se ser usado! Cada hora eu era jogada para um canto onde eu não gostaria de estar, e aquilo me irritava.

Se eu quero ir para a direita, eu quero a direita e não a esquerda, porcaria!

Acabei, novamente, voando pelos ares e dando de cara com uma enorme janela.

Não precisei checar para saber que meu nariz sangrava. A marca de sangue no vidro havia sido prova suficiente. Soltei um grunhido, enquanto me segurava no yo-yo (que por sorte havia se prendido no telhado daquela casa). Ajeitei minha postura, e passei o dedo sobre o nariz. Choraminguei baixo pelo sangue que saía. Merrrrrda, por que eu não conseguia agir como uma pessoa racional e não me machucar com as coisas que eu pegava?

Era tão horrível! Tudo o que eu ganhava de interessante me causava um machucado!

- Ladybug? – Voltei a realidade quando uma voz me chamou, e tomei um susto quando a janela fora aberta. Adrien tivera que me segurar para que eu não caísse. – O que faz aqui?

- Eu... bem... – Limpei a garganta. – Vim te ver? Digo, saber se você está bem?

- Isso foi uma pergunta ou uma resposta? – Seu tom foi provocante, e eu revirei os olhos. – De qualquer modo, entra aí. Vou buscar alguma coisa para limpar o sangue que tá escorrendo do seu nariz.

Assenti, e entrei. Woah, faziam tempos que eu não pisava no quarto de Adrien, mas ele ainda mantinha o jeito surpreendente de sempre. Tão espaçoso e enorme, recheado por inúmeras atividades. Era de deixar qualquer adolescente ou criança doido.

Com um quarto desses... céus! Eu seria tão feliz!

- Aqui! – Me entregou uma gaze, e eu sorri de um modo que deveria ter parecido adorável, antes de leva-lo até o nariz. – Como isso aconteceu?

- Nada... interessante. – Dei de ombros. – Sabe como é, essa vida de heroína tão... surpreendente e emocionante!

- Não sabia que meter a cara na minha janela era algo surpreendente e emocionante. – Ele murmurou, e eu lhe olhei feio.

Bad Habits.Onde histórias criam vida. Descubra agora