Capítulo 6 - Pode vir quente que eu estou fervendo!

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POV Marinette

Alya olhou assustada para as janelas, assim como Nino e Adrien, já eu olhei para a porta. Desci da mesa em um impulso, quase escorregando e tendo um encontro direto com o chão.

Tentei sair de fininho, mas assim que passei pela porta, meu braço foi segurado. Olhei para trás, e vi o loiro me olhando com o cenho franzido.

— Onde você vai? — Perguntou, e eu revirei os olhos. Ele não deveria se importar.

— Não te interessa, me solta! — Disse, puxando meu braço. Ele bufou.

— Se fode então! — Esbravejou, e eu arregalei os olhos. — Pirralha mimada.

Saiu andando na direção contrária, e eu cruzei os braços. Do que ele me chamou?! Quem ele pensa que é?!

Calma, calma! Não posso matar ninguém! Eu sou uma heroína! H-E-R-O-I-N-A!

Mas eu vou socar aquele loiro um dia, ah se eu vou!

— Marinette! — Ouvi uma vozinha sussurrada e olhei para minha bolsinha, Tikki me olhava.

— Hã? — Perguntei, irritada. Ela suspirou.

— Paris, Marinette! — Ela disse, e eu fiz uma careta. — Marinette, Paris precisa de você! Vai logo!

— Ah, claro! — Murmurei, caindo na realidade. — Salvar Paris, saquei!

[...]

Céus!

Essa coisa de ser heroína na vida real é muito mais difícil do que vemos nos filmes!

Eu me sentia exausta, o vilão havia sido Ivan, um colega de turma, e ele havia se transformado em um puta vilão feito de pedra! Lutar com aquilo havia sido fodidamente cansativo, mesmo com a ajuda do tão galante e egocêntrico Chat Noir.

Meu "parceiro" que eu nem consegui conversar direito ainda.

Na verdade, eu estava assustada. Havia uma aglomeração de repórteres na minha frente, fazendo milhares de perguntas, e eu nem sabia o que dizer ou como reagir. A cada segundo, algum dos presentes enfiava um microfone na minha cara, o que era desconfortável.

— Ladybug, você poderia nos dizer como pretende derrotar esse vilão e quanto tempo pode levar? — Uma repórter perguntou.

— Ladybug, os danos causados a Paris serão sempre desfeitos pelo seu...hm... talismã? Tem alguma probabilidade que ele falhe? — Outro perguntou, e novamente, um microfone estava na minha cara.

— E sobre o seu parceiro, o cataclismo pode ser fatal em humanos? — Outra, eu vou ficar maluca!

— Calma, calma. — Tentei pedir, mas não ficaram quietos. — No momento, não tenho todas as respostas ma...

— Então quer dizer que vocês são novatos? — Alguém se pronunciou no meio. — Significa que estamos sendo defendidos por jovens inconsequentes, que podem se rebelar em algum momento?

— N-Não foi isso que eu disse! — Protestei, já irritada. O mesmo repórter se aproximou.

— Afinal, qual a idade de vocês? — Ele perguntou, um sorriso debochado estava em seu rosto. — Não deveriam estar aí, deveriam passar o trabalho para alguém mais velho e maduro, apto a tal trabalho.

Com certeza, eu já estava vermelha de raiva, e não me importaria em jogar o yoyo no rosto daquele babaca, mas fui atrapalhada quando uma mão pousou em meu ombro.

— Nossa idade ou qualquer outra característica pessoal não interessa a ninguém. Prometemos defender Paris, e independentemente de fatores pessoais, é isso o que faremos. — Chat disse, ao meu lado. Seu olhar era focado, e ele parecia calmo. As câmeras e microfones não o intimidavam, wow. — Pedimos a confiança de vocês, parisienses, não que nos aprovem. Gostando ou não, iremos defender essa cidade. E se nos der licença, eu e Ladybug temos assuntos importantes a tratar.

Bad Habits.Onde histórias criam vida. Descubra agora