POV Marinette
Ok, pois é, sabe o primeiro dia de aula depois das férias? Então, hoje é esse dia! Dia que você está animado para rever todos os amigos (mesmo tendo conversado com eles durante todo o período das férias), ver os professores e ouvir todas as fofocas possíveis.
Hoje seria um dia animador, caso minha escola não fosse do tipo que o professor te passava mil trabalhos para as férias.
E não, eu não havia deixado para a última hora! Sério! Ok, talvez alguns! Mas somente algumas questões de química e biologia, e talvez eu tivesse passado boa parte da noite acordada enquanto terminava elas e maratonava alguns episódios de The Queen, porém nada além disso!
Agora, eu estou levemente desesperada, tentando me organizar e tentar não esquecer nenhum material, enquanto visto minhas roupas e penteio meu cabelo. Felizmente, não estou tomando meu café da manhã enquanto realizo essas tarefas, ou com certeza já teria esparramado leite por todas as folhas!
Soltei um suspiro rápido ao perceber que terminei de organizar tudo isso, ja estava vestida e só precisava descer para tomar meu café e depois voltemos ao colégio!
Puxei minha mochila, joguei-a nas costas e estava pronta para começar o dia! Peguei minha pasta, onde estavam os benditos trabalhos e desci para tomar meu café da manhã, se bem que eu não precisaria comer muito, a meia garrafa de café que eu tomei já me ajudou.
Me ajudou a ficar acordada e fodeu meu organismo, porém quem liga? Eu não, não agora.
Cumprimentei minha mãe com um beijo, e me deliciei com as delícias que minha mãe havia preparado. Havia basicamente tudo o que eu gostava, e lá se foi o "não preciso comer muito". Acho que comi de tudo um pouco, parecendo uma esfomeada. Minha mãe me olhou com a sobrancelha arqueada.
— Nervosa? — Me perguntou, com um tom curioso. Eu sorri, com um pedaço de pão com Nutella na boca. Puta merda! Onde estão meus hábitos de mocinha? Acho que ficaram na cama junto com a minha vontade de voltar ao colégio.
Engoli rapidamente antes de responder.
— Claro que não mãe! Nervosa pra que? — Murmurei antes de tomar um gole do suco. — Pra ver aquele bando de cara feia logo as sete da manhã? Bom, tirando Alya e Nathan, claro. E também outros colegas, mas o resto? Ah, tanto faz.
— Filha, eu não entendi nada, entretanto, espero que tenha um bom dia. — Ela riu, enquanto me via levantar. Me deu um beijo na testa e apertou minhas bochechas antes de me estender meu lanche, embrulhado em uma das sacolas da padaria. — Boa sorte querida!
— Obrigada, mãe! — Murmurei antes de sair correndo, com minha pasta nos braços e a mochila nas costas.
Passei correndo pela padaria, só parando para abraçar meu pai. Corri em direção ao colégio, que para a minha sorte, era do lado da minha casa. Subi as escadas correndo, com um imenso cuidado para não tropeçar em meus próprios pés, e por fim, cheguei em minha sala. Joguei tudo sobre a minha carteira e me sentei. Alya não tardou em aparecer, com um sorriso enorme no rosto e o celular na mão. Ela correu em minha direção, somente colocando seu celular sobre a mesa antes de me agarrar. Sou praticamente amassada por um abraço de urso.
— MARINETTE! AÍ QUANTO TEMPO GAROTA! — Me levantou da carteira e me girou. Puta merda! De onde esse ser tirou essa força toda? — Ah! Tenho tanta coisa pra contar! Principalmente sobre as viagens que eu fiz, te contei que quase me afoguei na praia? Pois é!
— Ok, calma Alya! — Eu ri e por fim, suspirei. — Uma coisa de cada vez.
Alya assentiu e começou a falar, quase se atropelando com o tanto de coisa que tentava contar e parecendo não conhecer o ponto final. Enquanto ela falava, resolvi checar minha pasta e ver se esta tudo em ordem. Pelo visto, tudo parecia estar ali menos...o trabalho da Mendeleiev! Aí.meu.Deus!
— Eu preciso ir para casa! — Gritei, enquanto tentava ao máximo organizar minhas folhas (que eu havia espalhado sobre a mesa durante a busca pelo bendito trabalho), ou acabaria perdendo coisa a mais. Alya me olhou com o cenho franzido. — Esqueci a lição da Mendeleiev! Ela vai me matar!
— Ela vai te matar ainda mais se chegar aqui e você não estiver presente para a aula! — Alya disse, colocando as mãos na cintura em sua famosa "pose mamãe". — Se começar o ano se atrasando..
— Eu sei, eu sei! Ela vai me comer viva! — Murmurei, indo em direção a porta. — Não vou demorar! Prometo!
Não deixei Alya terminar de falar, sai correndo como um verdadeiro furacão. Talvez fosse cômico para algumas pessoas me ver correr, eu com certeza parecia uma anã de jardim ambulante! Nunca atravessei uma rua tão rápido como eu havia atravessado naquele momento.
— Marinette..? — Minha mãe perguntou ao me ver entrar pela porta da padaria.
— Oi mãe, oi pai! — Murmurei, antes de subir escada acima. Ao menos parei na cozinha, fui direto para o meu quarto. Aquele trabalho só poderia estar lá!
Comecei a revirar o quarto, jogando tudo para o alto, mas não achava aquela folha. Olhei até embaixo do computador, e nada! Já estava prestes a ter um colapso quando encontrei-a entre alguns esboços que eu nem lembrava de ter feito. Quase beijei a folha de tanta emoção, todavia me contive.
Desci correndo, quase tomando um tombo e rodando escada abaixo. Eu estava um verdadeiro perigo naquela manhã. Soltei um suspiro enquanto descia com cuidado para a padaria. Voltei a correr quando me vi num plano liso novamente.
— Tchau mãe, tchau pai! — Eu disse, antes de sair pela porta. Estava prestes a atravessar, quando vi um senhor do outro lado da rua.
Vi que ele tentava atravessar, e quando estava na metade da faixa, um carro vinha em sua direção. Corri até ele e o puxei, me senti em uma verdadeira cena de filme quando caímos na calçada. O ajudei a se levantar.
— O senhor está bem? — Perguntei, enquanto o olhava. Ele sorriu.
— Estou sim, minha cara. — Seu sorriso era sincero. Sorri de volta. — Acho que isso é seu.
Apontou para o lado, onde a folha saia voando. Me dei um tapa na testa, e quis chorar quando o sino soou alto indicando as sete e meia da manhã.
— Eu preciso ir! — Eu disse, e sai correndo atrás da folha. Por sorte, voava em direção ao colégio.
Estava prestes a pega-la, mas ela estava alta demais. Comecei a correr e pular, mas não adiantava em nada. Bufei, pulando novamente mas me surpreendi quando uma mão pegou a folha antes de mim.
— Aí, obriga... — Comecei a dizer, mas minha voz parou na garganta quando percebi quem havia pego.
— Que bela maneira de começar o dia, Cheng. — Ah não, aquela voz não.
Não precisei levantar o rosto para saber que quem estava ali era Adrien Agreste.
Eu devo ter jogado pedra na cruz pra merecer começar o dia desse jeito!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Bad Habits.
Fanfic━━━━━━━━ ❝𝘛𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘯𝘰𝘴 𝘵𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘰𝘴 𝘮𝘢𝘶𝘴. 𝘖𝘴 𝘥𝘦𝘭𝘦 𝘦𝘳𝘢𝘮 𝘦𝘹𝘢𝘵𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘰𝘴 𝘳𝘶𝘪𝘯𝘴 𝘥𝘦 𝘶𝘮 "𝘨𝘢𝘳𝘰𝘵𝘰 𝘮𝘢𝘶", 𝘫𝘢 𝘰 𝘮𝘦𝘶? 𝘌𝘳𝘢 𝘵𝘦𝘯𝘵𝘢𝘳 𝘮𝘦 𝘢𝘧𝘢𝘴𝘵𝘢𝘳 𝘥𝘦𝘭𝘦 �...