O professor novo que Minhyuk beijou

1K 178 102
                                    

minnie narrando chuchus 💕

[ 🐶 .*+ ]

Na noite anterior, eu deixei Hyungwon sozinho porque ele precisava esquecer Hyunwoo. Por mais que ele negasse, eu sabia que aquele coração frio dele amava o Son.
Quando eu subi para o segundo andar da boate, procurei meu alvo com o olhar. E devo admitir que sou bastante exigente quando o assunto é beijar umas bocas.

Avistei uma rodinha no canto esquerdo, pareciam brincar de verdade ou desafio, que logo evoluiu para algo como beija ou passa. E foi ali que eu vi minha chance: um rapaz de fios negros, extremamente sexy e lábios carnudos ria dos amigos que se beijavam. Timidamente, me aproximei e perguntei se precisavam de mais alguém, e sorri quando disseram que todo mundo era bem-vindo.

O garoto dos lábios carnudos sorriu para mim e eu senti meu corpo todo formigar. Seu corpo tinha a proporção certa, era um esguio belo. Eles giraram a garrafa que estava na mesa em nosso centro e gritaram quando ela indicou que eu e o garoto por quem eu estava atraído éramos os próximos.

Trocamos olhares antes de eu me aproximar dele sem timidez nenhuma e conectei nossas bocas em um selinho que tornou-se um beijo lento e gostoso. Sua destra foi para minha nuca, a qual ele acariciou e sorriu entre nosso beijo.
Quando nossos lábios estavam rentes, ele sussurrou:

— Daqui dez minutos, vá pro corredor à sua esquerda.

Como uma criança que havia acabado de receber um doce, eu assenti e me afastei de seu corpo. Continuamos o jogo e eu não o beijei mais, a garrafa parecia estar brava comigo pois não indicava que eu e ele devíamos nos beijar.

Depois de dez minutos e alguns quebrados, eu pedi licença e fui para o local que ele havia dito. Segundos depois ele veio e me puxou pela cintura sem cerimônias, apenas com um sorriso safado. Abracei seu pescoço e ataquei seus lábios. Nosso beijo que antes era lento, agora tornara-se lascivo e quente, em que tateávamos os corpos alheios e nos estimulávamos.

Ele abriu a porta que estava atrás de nós e depois de me sentar na pia, trancou-a. Enlacei sua cintura com minhas pernas e demos continuidade ao ósculo, parecíamos desesperados para sentir o gosto doce um do outro. E eu devia dizer que ele era realmente bom no que fazia.

Quando precisamos de ar, nos afastamos minimamente. Ele dispôs beijos por meu pescoço e depois mordeu meu queixo, seus fios caíam sobre seus olhos, o deixando ainda mais sexy. Por fim, ele me deu um selinho demorado e me deixou sozinho naquele lugar, pensando se ele era real ou não.

Mas acontece que ele era real. Tão real que estava parado na minha frente, com um livro e giz em mãos, dando aula de espanhol para minha classe.
Quando ele passou pela porta minutos atrás acompanhado do diretor e anunciou que era o novo professor de espanhol, foi como se o mundo caísse.

Olhei para Hyungwon, que estava sentado ao meu lado esquerdo e sibilei "é ele o cara que eu peguei". Os olhos de Hyungwon esbugalharam, e na hora que o sinal tocou, ele se levantou e me puxou para longe da sala, mais precisamente para o banheiro.

— Você tem certeza? — meu amigo perguntou. Abri a torneira e fiz uma concha com as mãos para jogar água em meu rosto, a fim de me acalmar.

— Tenho, Wonie. É ele.

Hyungwon cruzou os braços e escorou-se no mármore da pia.

— E o que você vai fazer?

Molhei os lábios ao me encarar no espelho. Essa era uma ótima pergunta, e eu gostaria muito de uma resposta.

— Amanhã eu falo com ele — sequei minhas mãos com o papel toalha e puxei Hyungwon pelo pulso para o refeitório — agora vamos comer, estou com fome.

O Chae e eu compramos apenas barrinhas de cereal e conversamos sobre coisas triviais que não envolvessem o professor de espanhol. Quando retirei a embalagem da barrinha, olhei para o lado e vi o professor passar pela porta e ser parado por algumas meninas. Ele não gosta dessa fruta, garotas.

— Minnie — Hyungwon me chamou, fazendo com que eu tirasse a atenção do professor — vamos voltar pra sala.

No caminho da volta, comecei a pensar no quão ferrado eu estava: eu queria muito beijá-lo, sentir o corpo dele próximo do meu, queria tê-lo. Mas eu não poderia por causa da maldita burocracia entre professor e aluno. Ao me aproximar da sala, dei um berro, como se aquilo me livrasse do problema que eu estava passando.

— Fiz merda, Wonie.

— Vai tudo se resolver — Hyungwon murmurou, parecia não saber o que dizer já que ele nunca passou por algo assim.

Quando puxamos a porta, vimos Kihyun sentado isolado em sua cadeira. Hyungwon e eu o olhamos como se fôssemos matá-lo por um bom tempo, e meu amigo me puxou para longe dali. Voltamos para o banheiro e Hyungwon me fez passar mais água no rosto e me acalmou com um abraço e uma piada sem graça.

PAPER CROWN 「 Changki, 2Won, Joohyuk 」Onde histórias criam vida. Descubra agora