vez do changgie narrar s2
[ 🐺 .*+ ]
Eu estava escorado em um carro aleatório no estacionamento da escola. Havia acabado de mandar uma mensagem para Kihyun, para matarmos aula e que eu explicaria para ele no caminho.
Funcionou tão bem que eu já vi fumaça saindo de suas têmporas quando ele se aproximava de mim.— Como diabos você tem meu celular? — ele praticamente enfiou o aparelho em meu rosto e eu afastei seu braço de mim — temos mesmo que matar aula? Acho bom ter uma boa desculpa pra isso. Vai ser minha primeira vez.
— Se acha a ideia tão ruim, por que está aqui?
Kihyun ficou sem fala e vermelho de raiva, o que me fez rir.
— Aonde vamos? — ele desconversou.
— Sonsang.
— Esse carro é seu?
— Não — dei a volta no veículo e joguei a mochila para o lado antes de tirar a jaqueta. Enrolei-a em minha canhota e soquei a janela do carro, o qual disparou o alarme. Kihyun me olhou incrédulo e quase gritou. Mas eu fui mais rápido e liguei o carro da forma que meu pai me ensinou quando eu era mais novo. Peguei minha mochila, a joguei no banco de trás junto da jaqueta e sorri para Kihyun — vai ficar aí?
— Você é maluco? Saia desse carro, Changkyun!
— É isso ou ir a pé.
Ele olhou para os lados e para trás, vendo se tinha alguém por perto. Estava claramente desesperado, e aquilo foi engraçado.
— Entre, vamos.
— Isso é errado, Changkyun — Kihyun disse entredentes.
— É um errado bom — dei-o uma piscadela. Kihyun finalmente se deu por vencido e entrou no carro. Mas claro que no caminho todo até Sonsang eu ouvi poucas e boas.
Kihyun só foi parar de falar quando estávamos no centro e fechou os olhos, pegando no sono. No semáforo mais à frente, freei o carro com cautela e puxei minha jaqueta do banco de trás para cobrir Kihyun com ela. Ele se remexeu um pouco, se ajeitando, e voltou ao sono profundo em que estava.
[...]
Quando chegamos na parte oeste de Seoul, a tão temida pela maioria dos cidadãos, acordei Kihyun com empurrões leves. Ele se espreguiçou e assustou-se tanto ao ver minha jaqueta em seu colo que deu um pulo. Ri alto daquela reação e puxei minha jaqueta de seu corpo.
Assim que fechei a porta do carro roubado, vesti a jaqueta e acenei para Jackson, um dos trabalhadores do ferro-velho.
— Matando aula? — o Wang aproximou-se enquanto limpava a chave de fenda — ainda não aprendeu, Chang?
Rolei os olhos e joguei a chave do carro para ele, que a pegou com desajeito.
— Trouxe um carro novo — apontei para trás — pode usar as peças dele.
Quando Jackson viu Kihyun sair do carro, esbugalhou os olhos, não acreditando no que via.
— Não estamos juntos, se é o que está pensando — disparei e suspirei após — não precisa se preocupar se alguém vai vir procurar o carro. Ele estava em vaga pra cadeirantes, é bem comum tirarem carros de lá.
— C-Certo — Jackson estava realmente maravilhado com Kihyun, o qual observava o ferro-velho.
— Cuidado pra não se apaixonar por ele — brinquei. Assobiei para Kihyun aproximar-se e antes de ele vir, me xingou — Yoonho está em casa? — perguntei para o Wang, que assentiu — vem, Kihyun.
O Yoo acenou para Jackson e me seguiu.
— Você já sabe o que vai fazer com Cheol? — ele me perguntou após um tempo andando pela terra arenosa.
— Já está feito, por isso você está aqui.
Kihyun não perguntou mais nada, parecia confiar essa tarefa a mim à sete chaves. Foi bem fácil, na verdade. Fiz durante as aulas e antes de mandar mensagem para o Yoo para virmos para Sonsang, enviei para o colégio inteiro.
Kihyun aproximou-se de mim e, graças ao vento, esfregou os braços, tentando se aquecer.
— E o que você fez?
— Veja por si mesmo — entreguei meu celular para ele — fiquei sabendo que Cheol já está saindo com outra pessoa, um cara da faculdade. Então hackeei a conta desse cara e olhei a mídia da conversa — Kihyun deu um grito de nojo e me devolveu o celular — e então mandei esse nude comprometedor de Cheol pra todo mundo. Fiz mal?
Kihyun negou.
A foto era realmente comprometedora, e devo admitir que duvidei da masculinidade de Cheol: ele estava com uma cueca rosa que tinha um rabo de coelho atrás, e tirava a foto de frente para o espelho, fazendo uma pose esquisita. Quando vi isso, quis jogar sal nos meus olhos, porque foi realmente difícil de esquecer.
— Obrigado — Kihyun havia parado de andar e abaixou a cabeça ao me agradecer. Molhei os lábios e olhei para o lado, devia admitir que fiquei sem graça com aquilo.
Aproximei-me dele e tirei minha jaqueta outra vez, para a pôr sobre suas costas. O Yoo levantou o rosto rapidamente, assustado.
— Eu já estou acostumado com o frio de Sonsang. Pode ficar.
Kihyun, com a destra, segurou a jaqueta e voltamos a andar até a casa de Yoonho, o qual estava no quintal pondo as roupas no varal.
— Yoonho! — o bradei. Seus olhos se encheram de brilho e ele correu até mim. O dei um abraço e apontei para Kihyun — ele vai te dar algumas aulas de como se maquiar.
Kihyun acenou para Yoonho.
— Sério? — ele deu pulinhos de felicidade e aproximou-se de Kihyun, que sorriu para ele — você é tão bonito — o mais novo estava boquiaberto.
Yoonho começou a falar e não parou enquanto não entrou em casa junto de Kihyun, que o ouvia atentamente. Antes de fechar a porta, Kihyun olhou para mim e deu um sorriso sem mostrar os dentes. Instintivamente, mordi meu inferior e sorri de volta. Só ao perceber o que havia feito, senti meu rosto queimar.
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PAPER CROWN 「 Changki, 2Won, Joohyuk 」
Fanfic"Nós, adolescentes, temos a mania de colocar uma coroa de papel sobre nossas cabeças e fazer de conta que somos reis, quando na verdade não somos nada além de camponeses querendo a atenção da nobreza." Ou "Construímos barreiras, a fim de descobrir q...