Rodrigo narrando:
Com tanta mulher nesse mundo, meu Deus, por que eu tenho que querer logo a mais complicada, a mais teimosa e a mais durona? Deve ter alguma de errado comigo, principalmente por eu estar pensando nela em uma noite de chuva como essa.
O Raul entra correndo todo molhado, ofegante e com uma metralhadora.
Raul: Os filho da puta invadiram tudo aí mano preciso da sua ajuda, pegaram nossos soldados de surpresa, eles vieram em peso irmão eu preciso de tu.
Droga! A Monique deve estar aí.
Rodrigo: Beleza arruma uma dessa pra mim.
Ele me dá um fuzil e eu coloco a camiseta, descemos correndo na chuva. Odeio me envolver com essas paradas mas meu pai tá doente e não tá indo mais para os confrontos, e quando é pego de surpresa assim eles destroem tudo.
Nos separamos e a troca de tiros fica cada vez mais intensa, até eu, Biel, Sergio e Marlon sermos cercados por 5 policiais e entre eles quem eu não queria ver: Monique.
Ela me olha assustada.
Policial: Larguem as armas.
Taco o fuzil no chão olhando pra ela que engole seco.
Policial: Torturamos ou levamos presos?
Ela me olha e depois olha pro policial.
Monique: Eles estão protegendo território...
Major: Está defendendo marginal, comandante?
Ela olha pra mim.
Monique: Longe disso, torture-os.
Um dos policiais entrega a ela uma arma, e com toda sua força ela primeiro acerta o Marlon dando um soco com a arma em seu rosto por ele não ter respondido a pergunta que o major fez.Ela faz o mesmo com os que estavam comigo, que caem no chão e os polícias avançam dando chutes e ponta pés.
Ela chega em mim e olha nos meus olhos.
Monique: Onde está o Siqueira?
Dou a mesma resposta dos meus amigos dizendo que não sei, então ela me olha balançando a cabeça negativamente e bate forte com a arma em meu rosto, me fazendo cuspir sangue.
Policial: Pergunte mais uma vez comandante.
Me levanto e então ela pergunta de novo.
Rodrigo: Não sei e mesmo que soubesse eu não falaria.—falo firme.
Ela mais uma vez bate forte com a ponta da arma em meu rosto, o que me faz cuspir mais sangue caindo no chão.Ela se vira de costas e então os outros policiais avançam em mim me dando socos e chutes que nem fizeram com meus amigos.
Monique narrando:
Pela primeira vez em minha carreira, eu desejo não estar aqui, desejo fugir e acabar com tudo isso.
Monique: Já chega.—ordeno.
Os policiais param de espanca-los e volto a subir o morro. Olho pro Rodrigo que está caído no chão.
Rodrigo: Bate mais.—diz com dor cuspindo sangue.
Balanço a cabeça negando e tento falar alguma coisa, mas não dá. Viro as costas e saio correndo.Continuamos trocando tiros mas a chuva está muito forte—o que pesa muito por causa dos coletes.— e estamos perdendo gente.
Major: Comandante não conseguimos mais.
Olho pra ele.
Monique: Conseguimos sim.
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𝐎𝐇𝐀𝐍𝐀
Teen FictionE uma hora o amor chega, sem pedir licença e sem muita cerimônia. Ele chega, ocupando todo o espaço do coração, criando necessidades dentro da gente. E devagarzinho ele vai se instalando cada vez mais , até se transformar em algo vital. O amor nos e...