Dias depois|
Rodrigo narrando:Eu levei a Aline ao médico, fizemos todos os exames, ela já está de três meses e meio então foi possível fazer o teste de DNA. Resultado? O filho é realmente meu.
Estou feliz por certo lado, mas estou com um peso gigante nas costas. Ainda não contei pra minha namorada.
Eu a Mo estamos totalmente ligados a Maria. Estamos quase conseguindo (legalmente) a guarda legítima dela, com documentos, a registando com nossos sobrenomes.
Ainda está muito recente e a Monique acabou de se acostumar com a ideia de "ser mãe", então pedi a Aline que não contasse nada para ninguém, pelo menos por enquanto. Vou esperar mais alguns dias e então contarei a Monique.
Vejo o baque que ela vai levar, estou chateado por isso, infelizmente ela vai sofrer muito com o fato de que eu vou ter um filho de outra mulher, filho de sangue, que eu fiz. Não posso culpar a Aline e nem a criança por que a irresponsabilidade foi minha, e agora eu devo arcar com as consequências.
Meu pai me deu muitos conselhos, do jeito dele, mas ele me ajudou muito a ter calma e não pirar. Além do mais, ele conheceu a Maria e gostou muito da menina, já até a chama de neta.
Aline: Eu não posso mais morar com a Raíssa. Ela tem o Gui e a vida dela com o Raul, nós teremos o nosso filho e..
Rodrigo: Não Aline, você vai ter o nosso filho. Eu tenho a minha vida com a Monique e a Maria minha filha. Eu vou ser um pai ausente, vou ver a criança todos os dias, ensinar tudo que um pai ensina pro filho, dar de tudo que precisar, mas nós não iremos ser uma família se é isso que você tá pensando.
Aline: Eu odeio o fato de pensar que o nosso filho vai ter pais separados. Ele não tem culpa disso Rodrigo.
Rodrigo: Realmente, mas já conversamos sobre isso. A guarda vai ser compartilhada.
Aline: Tudo bem. E você já decidiu quando irá contar pra sua mulher?
Rodrigo: Vou esperar aí mais uns três ou quatro dias.
Aline: Ah sim.
O Raul desce a rua.
Raul: O Rodrigo.—me chama.
Rodrigo: E aí.
Raul: O pai vai dar uma janta lá na casa dele hoje. Eu, você e nossas mulheres.
Rodrigo: Tá.
Raul: Vai levar tua filha de mentira?
Raíssa: Raul, para com isso.
Raul: Ué, ele que fez?
Subo na minha moto e saio.
Monique narrando:
Monique: Oi minha princesa.—pego ela no colo.Ela aponta pra garrafinha de água e resmunga.
Monique: Água? —pego o copinho e dou na mão dela.
Tive a sorte de que ela não é tão novinha. Com sete meses ela já engatinha pra lá e pra cá e já sabe resmungar o que quer.
Monique: Cadê seu pai em que não chega? Sabe quem me ligou hoje? O vovô.
Ela sorri, solta um gritinho e bate palminhas.
Monique: É, vamos ir papar la na casa dele hoje.
Ela continua sorrindo.
Monique: Então vamos tomar um banho, deixa eu ver o chulé—ela ergue o pezinho.— aaaa que cheiro ruim.—brinco e a dá risada.
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𝐎𝐇𝐀𝐍𝐀
Teen FictionE uma hora o amor chega, sem pedir licença e sem muita cerimônia. Ele chega, ocupando todo o espaço do coração, criando necessidades dentro da gente. E devagarzinho ele vai se instalando cada vez mais , até se transformar em algo vital. O amor nos e...