Raíssa narrando:
Tá cada dia mais difícil, o Raul não para em casa pois está com uns problemas pra resolver no morro, e o Guilherme pode nascer a qualquer momento. Em dois dias ele vai ter uma operação contra a polícia e contra um morro rival, isso está colocando a vida dele em perigo e ele está ansioso, nervoso mas não quer me preocupar.
Raul: Raíssa, arrume suas coisas.—entra em casa no tiro.
O olho sem entender.
Raíssa: O que?
Raul: Pega uma mala só, sua e do bebê. Preciso te tirar daqui até amanhã.—fala abrindo o guarda-roupa.
Raíssa: Espera aí Raul o que tá acontecendo?
Raul: Bateram um rádio de que até amanhã cinco hora da tarde o Complexo da maré tá colando aí.
Raíssa: Você tá falando que aquela..
Raul: É porra —me interrompe.—adiantou o bagulho. Era pra ser só daqui dois dias, os viado quis me pegar de surpresa mas fui mais rápido.
Raíssa: E o que você vai fazer comigo? Raul, o seu filho vai nascer em no máximo 5 dias!—grito nervosa e desesperada.
Raul: Eu sei caralho, é por isso que eu tô te tirando daqui merda e não grita comigo, aqui quem grita sou eu porra -fala se alterando.
Raíssa: Não —falo alto.— comigo você não vai gritar. Experimenta pra você ver se eu não saio daqui e não deixo você ver teu filho nunca na sua vida.—o enfrento.
Vejo ele fechando o punho de raiva o que faz eu ter medo, mas não abaixo a cabeça, ele não seria louco de fazer mal pra mim, sou mãe do filho dele além de esposa.
Raul: Desculpa.—vem até mim.
Ele deita a cabeça no meu ombro e eu o abraço forte.Nos sentamos na cama e ele continua abraçado comigo
Raul: Foi mal pelo que eu falei, eu tô nervoso. Quando me falaram, a primeira coisa que eu fiz foi vir te tirar daqui. Se acontece alguma coisa contigo eu piro, mulher.
Beijo o rosto dele e acabo chorando.
Raul: Não chora não.
Raíssa: Só por favor, volte pra mim.—suplico chorando.
Raul: Te prometo que vou.
Continuamos trocando carinhos.
Raíssa: Vou arrumar minhas coisas.
Ele vai pro banho e eu faço duas malas pra mim e pego 4 bolsas pro neném, vai que acontece né, não sei até quando irei ficar afastada do morro. Sinto falta de ar a todo momento e sinto muito cansaço.
Raul: Tá pesando?
Afirmo com a cabeça.
Monique narrando:
Monique: Sai —empurro forte eles.— vou correndo pra fora.
Rodrigo: Monique.—grita.
Paro e fecho os olhos fortes, ele me chamou, ele falou o meu nome.Me dá vontade de virar as costas e olhá-lo bem, mas então saio apressada.
Vou correndo até o carro e limpo a chave no vestido, pois estava molhada com cerveja.Entro no carro e o vejo no começo da rua, acelero ameaçando a passar por cima se ele não sair.
Rodrigo: Desce desse carro.—grita.
O que me assusta é vê-lo daquele jeito, parecendo um marginal, com um fuzil nas costas, sem camisa e com cara de drogado.
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𝐎𝐇𝐀𝐍𝐀
Teen FictionE uma hora o amor chega, sem pedir licença e sem muita cerimônia. Ele chega, ocupando todo o espaço do coração, criando necessidades dentro da gente. E devagarzinho ele vai se instalando cada vez mais , até se transformar em algo vital. O amor nos e...