Monique narrando:
Vamos descendo a rua lado a lado, ruas com pouca iluminação mas mesmo assim dá pra ver os diversos marginais que passam pela gente me olhado, olhando meu corpo principalmente. Uns dizem "nem mexe é a mina do cara" ou "tá acompanhada", mas encaro firme sem medo nenhum.
Continuamos andando até entrarmos em um pedaço com maior iluminação, muito mais luz, casinhas coloridas e um som, diferente do da boate, começa a aumentar mais e mais.
Monique: Que isso?
Rodrigo: Gosta de pagode?—me olha sorrindo.
Monique: Gosto.
Rodrigo: Aqui é onde tem as melhores noite de pagode desse morro, mais conhecido como felicidade!—sorri grande.
Sorrio olhando o jeito que ela fala
Rodrigo: Vamos dançar.—me puxa pro meio da multidão.
Era gente diferente, muito diferente da boate. Parece aquelas cenas de novelas, eu fiquei fascinada.
Estamos nos acabando de dançar e ele canta como se fosse cantor e me abraça. Já dançamos mais de cinco músicas, começo a me cansar.
Monique: Tô cansada.
Rodrigo: Vou pegar cerveja.—beija meu rosto.
Vou até o meio fio e me sento ali mesmo já que as mesas estão todas ocupadas, com gente que não tira o sorriso do rosto um segundo.Ele se senta ao meu lado e me dá uma latinha de Skol, abro a mesma e dou um gole.
Monique: Geladinha.
Rodrigo: E é —ri.— e tu dançou dançou e não saiu de cima do tamanco em.—fala olhando pro meu salto.
Monique: Se você soubesse quanta coisa já fiz em cima de um salto.
Rodrigo: Uii.
Monique: —rio.— Mora aqui?
Ele afirma com a cabeça.
Monique: Deve ser bem conhecido, todos te cumprimentam e sorriem pra você.
Rodrigo: Do lado de cá é só vibração de paz, a treta é lá na onde nois tava, lado leste do bagulho.
Afirmo com a cabeça. Meu celular toca e vejo que é a Leandra, me levanto rápido e ele me olha.
Monique: Minha amiga tá loca atrás de mim, já são quatro da manhã nem vi a hora passar.
Rodrigo: Tu já tem que ir?—me puxa firme aproximando nossos corpos.— Poxa fica mais um pouco nem deu pra nois se conhecer direito.
Coloco as mãos nas costas dele e aproximo a boca de seu ouvido.
Monique: Espero te ver mais vezes.
Me solto dele e vou andando pra trás, ele me olha rindo.
Rodrigo: Não faz isso comigo mulher
Sorrio pra ele e ele passa mão no cabelo me olhando. Me viro de costas e corro até a boate de volta.
Leandra: Onde você estava? Te procurei um monte.
Monique: Ah fui dar uma volta.
Leandra: Uma volta de duas horas?
Monique: Ai vai vambora que trabalho amanhã.—entro no táxi.
Leandra: —entra comigo.— Quem era o gato?
Monique: Ninguém eu não peguei ninguém, é sério.
Encosto a cabeça no banco, viro o rosto pra janela e sorrio lembrando..Chego em casa e vou direto pro banho, sinto o cheiro dele na minha roupa e me lembro de cada toque seu.. bobagem Monique, larga de achamento, nem beijou ele.. ou melhor, ele que não beijou né. Deve mesmo é ser viado.
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𝐎𝐇𝐀𝐍𝐀
Teen FictionE uma hora o amor chega, sem pedir licença e sem muita cerimônia. Ele chega, ocupando todo o espaço do coração, criando necessidades dentro da gente. E devagarzinho ele vai se instalando cada vez mais , até se transformar em algo vital. O amor nos e...