Capítulo 3

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Monique narrando:

Vamos descendo a rua lado a lado, ruas com pouca iluminação mas mesmo assim dá pra ver os diversos marginais que passam pela gente me olhado, olhando meu corpo principalmente. Uns dizem "nem mexe é a mina do cara" ou "tá acompanhada", mas encaro firme sem medo nenhum.

Continuamos andando até entrarmos em um pedaço com maior iluminação, muito mais luz, casinhas coloridas e um som, diferente do da boate, começa a aumentar mais e mais.

Monique: Que isso?

Rodrigo: Gosta de pagode?—me olha sorrindo.

Monique: Gosto.

Rodrigo: Aqui é onde tem as melhores noite de pagode desse morro, mais conhecido como felicidade!—sorri grande.

Sorrio olhando o jeito que ela fala

Rodrigo: Vamos dançar.—me puxa pro meio da multidão.

Era gente diferente, muito diferente da boate. Parece aquelas cenas de novelas, eu fiquei fascinada.

Estamos nos acabando de dançar e ele canta como se fosse cantor e me abraça. Já dançamos mais de cinco músicas, começo a me cansar.

Monique: Tô cansada.

Rodrigo: Vou pegar cerveja.—beija meu rosto.

Vou até o meio fio e me sento ali mesmo já que as mesas estão todas ocupadas, com gente que não tira o sorriso do rosto um segundo.Ele se senta ao meu lado e me dá uma latinha de Skol, abro a mesma e dou um gole.

Monique: Geladinha.

Rodrigo: E é —ri.— e tu dançou dançou e não saiu de cima do tamanco em.—fala olhando pro meu salto.

Monique: Se você soubesse quanta coisa já fiz em cima de um salto.

Rodrigo: Uii.

Monique: —rio.— Mora aqui?

Ele afirma com a cabeça.

Monique: Deve ser bem conhecido, todos te cumprimentam e sorriem pra você.

Rodrigo: Do lado de cá é só vibração de paz, a treta é lá na onde nois tava, lado leste do bagulho.

Afirmo com a cabeça. Meu celular toca e vejo que é a Leandra, me levanto rápido e ele me olha.

Monique: Minha amiga tá loca atrás de mim, já são quatro da manhã nem vi a hora passar.

Rodrigo: Tu já tem que ir?—me puxa firme aproximando nossos corpos.— Poxa fica mais um pouco nem deu pra nois se conhecer direito.

Coloco as mãos nas costas dele e aproximo a boca de seu ouvido.

Monique: Espero te ver mais vezes.

Me solto dele e vou andando pra trás, ele me olha rindo.

Rodrigo: Não faz isso comigo mulher

Sorrio pra ele e ele passa mão no cabelo me olhando. Me viro de costas e corro até a boate de volta.

Leandra: Onde você estava? Te procurei um monte.

Monique: Ah fui dar uma volta.

Leandra: Uma volta de duas horas?

Monique: Ai vai vambora que trabalho amanhã.—entro no táxi.

Leandra: —entra comigo.— Quem era o gato?

Monique: Ninguém eu não peguei ninguém, é sério.

Encosto a cabeça no banco, viro o rosto pra janela e sorrio lembrando..Chego em casa e vou direto pro banho, sinto o cheiro dele na minha roupa e me lembro de cada toque seu.. bobagem Monique, larga de achamento, nem beijou ele.. ou melhor, ele que não beijou né. Deve mesmo é ser viado.

𝐎𝐇𝐀𝐍𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora