Monique narrando:
Entro na sala do Coronel e lá estão os generais e alguns soldados.Ele começa a falar, falar e eu vejo ao ponto que ele está chegando.
Coronel: Todos aqui presentes estão escalados para servir no combate do Iraque. A partir de hoje, entraremos em 4 meses de treinamento absoluto. Os escalei pois sei que são os mais bem treinados e os mais preparados para qualquer desafio. Isso é de extrema importância para todos...
Ele começa a estipular os valores que cada um irá receber e vejo que o meu é muito alto. Depois que voltarmos será um mês de repouso em casa, se voltarmos. Se trata de um combate. No Iraque.
Coronel: 6 meses. Exatamente 6 meses. Espero poder contar com todos vocês. Muito obrigada.
Todos saem da sala mas eu continuo lá, parada.
Coronel: Tenente? A senhora tem alguma objeção.
Me viro séria e o encaro.
Monique: Perdão Coronel, mas eu não posso.
Meu tio se aproxima.
Pedro: Perdão minha sobrinha. Acho que eu não te entendi.
Coronel: Não é uma questão de escolha tenente Monique. A senhora foi convocada. Recusar essa tarefa de grande porte seria uma vergonha para todo o batalhão.—diz nervoso.
Fico em silêncio e abaixo a cabeça.
Coronel: Espero que tenha entendido Tenente.
Faço postura e o olho sério.
Monique: Sim senhor.
Ele vira as costas e sai da sala.Meu tio vem até mim
Pedro: Que isso? Enlouqueceu?
Monique: Tio..—apoio a mão na mesa e fito o chão.
Pedro: Nunca a vi recusando se quer uma operação quanto mais um combate em outro país, isso é de extrema importância e só fará crescer sua posição nesse mundo Monique. São 52 mil reais Monique, você sabe o que é isso para apenas 6 meses?
Monique: Dinheiro tio. Dinheiro, isso é dinheiro, só dinheiro. 52 mil não paga o tempo que eu vou ficar longe de casa, longe do Rodrigo. Não paga não poder aniversário de 1 ano da minha filha. Não paga perder 6 meses do crescimento dela.
Pedro: Mas o que aconteceu com você? Cadê a minha sobrinha valente, responsável.
Monique: Continua aqui, mas agora com uma criança pra cuidar.—o encaro.
Viro as costas e saio.
Trabalho até as oito da noite e então vou pra casa.Passo direto pela cozinha onde está o Rodrigo dando comida pra Maria e sigo pro quarto.
Vou direto pro quarto, tiro a roupa e me jogo na cama apenas com a roupa íntima.Esfrego as mãos no rosto pensando, preocupada, aflita.
Uma meia hora depois o Rodrigo entra no quarto e vai direto ao banheiro. Ouço o barulho da água na banheira mas continuo deitada.
Ele vem até mim e me dá a mão.
Rodrigo: Vem.—diz calmo.
Vou com ele pro banheiro e entro com a roupa que estava mesmo, e ele de cueca.Entro na banheira junto com ele, jogo a cabeça pra trás enquanto ele massageia meus pés.
Rodrigo: O que aconteceu?
Monique: Você não vai entender.—falo fitando o teto.
Rodrigo: Olha pra mim.
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𝐎𝐇𝐀𝐍𝐀
Genç KurguE uma hora o amor chega, sem pedir licença e sem muita cerimônia. Ele chega, ocupando todo o espaço do coração, criando necessidades dentro da gente. E devagarzinho ele vai se instalando cada vez mais , até se transformar em algo vital. O amor nos e...