Capítulo 55

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Monique narrando:

Entro na sala do Coronel e lá estão os generais e alguns soldados.Ele começa a falar, falar e eu vejo ao ponto que ele está chegando.

Coronel: Todos aqui presentes estão escalados para servir no combate do Iraque. A partir de hoje, entraremos em 4 meses de treinamento absoluto. Os escalei pois sei que são os mais bem treinados e os mais preparados para qualquer desafio. Isso é de extrema importância para todos...

Ele começa a estipular os valores que cada um irá receber e vejo que o meu é muito alto. Depois que voltarmos será um mês de repouso em casa, se voltarmos. Se trata de um combate. No Iraque.

Coronel: 6 meses. Exatamente 6 meses. Espero poder contar com todos vocês. Muito obrigada.

Todos saem da sala mas eu continuo lá, parada.

Coronel: Tenente? A senhora tem alguma objeção.

Me viro séria e o encaro.

Monique: Perdão Coronel, mas eu não posso.

Meu tio se aproxima.

Pedro: Perdão minha sobrinha. Acho que eu não te entendi.

Coronel: Não é uma questão de escolha tenente Monique. A senhora foi convocada. Recusar essa tarefa de grande porte seria uma vergonha para todo o batalhão.—diz nervoso.

Fico em silêncio e abaixo a cabeça.

Coronel: Espero que tenha entendido Tenente.

Faço postura e o olho sério.

Monique: Sim senhor.

Ele vira as costas e sai da sala.Meu tio vem até mim

Pedro: Que isso? Enlouqueceu?

Monique: Tio..—apoio a mão na mesa e fito o chão.

Pedro: Nunca a vi recusando se quer uma operação quanto mais um combate em outro país, isso é de extrema importância e só fará crescer sua posição nesse mundo Monique. São 52 mil reais Monique, você sabe o que é isso para apenas 6 meses?

Monique: Dinheiro tio. Dinheiro, isso é dinheiro, só dinheiro. 52 mil não paga o tempo que eu vou ficar longe de casa, longe do Rodrigo. Não paga não poder aniversário de 1 ano da minha filha. Não paga perder 6 meses do crescimento dela.

Pedro: Mas o que aconteceu com você? Cadê a minha sobrinha valente, responsável.

Monique: Continua aqui, mas agora com uma criança pra cuidar.—o encaro.

Viro as costas e saio.

Trabalho até as oito da noite e então vou pra casa.Passo direto pela cozinha onde está o Rodrigo dando comida pra Maria e sigo pro quarto.

Vou direto pro quarto, tiro a roupa e me jogo na cama apenas com a roupa íntima.Esfrego as mãos no rosto pensando, preocupada, aflita.

Uma meia hora depois o Rodrigo entra no quarto e vai direto ao banheiro. Ouço o barulho da água na banheira mas continuo deitada.

Ele vem até mim e me dá a mão.

Rodrigo: Vem.—diz calmo.

Vou com ele pro banheiro e entro com a roupa que estava mesmo, e ele de cueca.Entro na banheira junto com ele, jogo a cabeça pra trás enquanto ele massageia meus pés.

Rodrigo: O que aconteceu?

Monique: Você não vai entender.—falo fitando o teto.

Rodrigo: Olha pra mim.

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