Capítulo 36

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Rodrigo narrando:

Gaúcho: Tu que vá atrás dela e pare de pelejar pelos cantos. Agora que sabe a verdade, vai fica acumulando rancor sem precisão. A mina te ama e tu tamem ama ela, faz o certo porra.

Rodrigo: —olho pra ele.— E se ela já queria terminar faz tempo? Aí pegou um gancho com isso.

Gaúcho: Ó, eu não acredito que aquela policial maluca fale as coisa das boca pra fora, se até um dia antes de ela te dá um pé, ela tava falando que ama, então é porque ela continua amando. Ninguém para de ama duma hora proutra.

Fico pensativo até que pego a chave da moto.

Rodrigo: Tem razão, vou ir lá.

Gaúcho: Tá choviscando, vai com o carro.

Rodrigo: Não, eu coloco uma capa de chuva sei lá, vou de moto pra não pegar tanto trânsito.

Gaúcho: Vai devagar—me abraça.— boa sorte, o pai ama o cê, e mesmo ela não gostando muito de eu, eu torço pela tua felicidade meu garoto.

Sorrio e o abraço.

Rodrigo: Obrigada pai.

Subo na moto e vou descendo o morro, até chegar na entrada e ver alguém desesperada discutindo com o Carimbo.

Rodrigo: Ô.—chamo.

Os dois me olham e vejo que é a Aline.

Aline: Oi.—fala baixo.

Carimbo: Manda patrãozinho.

Rodrigo: Por que tu não quer deixar a moça subir?

Carimbo: Por que teu irmão disse pra não liberar a entrada de ninguém desconhecido, esse mês.

Rodrigo: Mas ela é conhecida, é amiga da mulher do Raul.

O Carimbo olha desconfiado.

Rodrigo: Vai sobe aí que eu te levo lá.

Ela vem até mim e sobe na moto.

Rodrigo: Tranquilo mano.—afirmo pra ele.

Carimbo: Tá suave chefinho.

Subo com ela até a casa do Raul,ela desce e me olha.

Aline: Valeu.

Rodrigo: Tá certo

Ela fica me encarando e então rapidamente me beija, ela se aproxima e acabo colocando minhas mãos em sua cintura e me deixo levar por algum tempo, até me dar conta do que eu estava indo fazer antes disso e paro.

Rodrigo: Pode entrar.

Aline: Tudo bem. Boa noite.

Sorrio e ela entra, saio e sigo meu caminho de volta. Não vou falar que a Aline é ruim, o beijo dela é muito bom, ela é gata, é baixinha mas tem um corpo filé e eu pareço adolescente falando assim.

Chego até o prédio e paro a moto em frente. Entro e vou até o porteiro.

Rodrigo: Oi.

Porteiro: Pois não senhor, dona Monique viajou, só volta daqui 6 meses.

Rodrigo: 6 meses?

Porteiro: Sim senhor, mas como eu já o conheço por ser o namorado de dona Monique, se quiser subir posso te dar a chave.

Rodrigo: É, é eu esqueci umas coisas minhas lá e precisava pegar.

Porteiro: Tudo bem.

Ele me entrega a chave e eu subo. Abro o apartamento dela que se encontra do mesmo jeitinho de sempre, a cara dela, com o cheiro dela.

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