Capítulo 45

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Monique narrando:

Gaúcho: Cadê o meu filho? Cadê?—entra desesperado.

Ele vem ate nós.

Gaúcho: Ma qui é que meu filho tá fazeno no chão? Tirem ele desse chão imundo agora!

Monique: Não dá pra tirar ele daqui!—grito com ele sem medo.— viu a guerra que está acontecendo lá fora?

Gaúcho: Não interessa! É a vida do meu tesourou precioso, eu é que não vou deixa ele morre anssim!—me afronta.

Monique: Tem um médico vindo...

Gaúcho: Médico vindo é o caralho, andem —chama seus soldados.—levem meu filho em segurança até um hospital!

Os homens pegam o Rodrigo e vão colocando ele em um carro, sem me deixarem falar nada.

Gaúcho: Se foi tu que deu um tiro...

Monique: Não fui eu.—falo irritada.

Gaúcho: Bom, muito bom.

Ele se vira pra sair e então volta e me encara bem.

Gaúcho: Se acontece alguma coisa com o meu menino, com o meu filho, meu Rodrigo por que antes de ser seu ele é meu.. Tu vai vive com essa culpa pru resto da tua vida, por que graças a tu que meu menino educado e perfeito, foi pra esse mundo.

Ele se vira e entra no carro com o Rodrigo, arrancando de lá.Encosto a cabeça na parede com vontade de chorar.

Soldado: Senhora eu cheguei com o médico!—entra correndo.

Olho pra ele acompanhado de um médico.

Monique: Obrigada mas não será mais preciso.

Soldado: Cadê ele?

Monique: Sabe quem é o pai dele? Dono dessa merda toda -falo com raiva- veio aqui levar ele pra um hospital e soltar os cachorros em mim.

Soldado: Jesus Cristo na cruz, a senhora é mais impressionante do que eu pensava.

Olho pra ele afirmando com a cabeça.

Monique: Quem disse que ia ser fácil.—respiro fundo e coloco meu uniforme de volta.

Monique: Vamos voltar para o nosso trabalho soldado.

Soldado: Sim senhora.—bate continência.

[...]

Conseguimos apaziguar a guerra depois de ruas lavadas com sangue, destruição de muitos lugares. Já se passa das quatro da manhã.

Foram exatamente 12 horas cansativas, agitadas, correndo risco de vida a cada segundo, perdendo companheiros, sem comer e sem beber uma gota de água a não ser a do nosso suor. Por diversas vezes tentei atirar no Raul, irmão do Rodrigo, mas ele é ágil e esperto.

Monique: Recuar—grito.—tudo sob controle.

Raul narrando:

Me jogo no chão cansado, morto, só o pó. Jogo a arma pro lado e abro os braços.

Raul: AH! -grito- TUDO É MEU PORRA TUDO É MEU! -olho pro céu rindo.

Abro o zíper do bolso na bermuda e tiro meu celular de lá de dentro, pra ligar pra Raíssa. Quando o disco o número meu rádio apita.

Xavita: Chefe, urgente.

Raul: fala aí

Xavita: Rodrigo levou dois tiros.

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