Camile narrando:
Monique: O que, o que você vai fazer?—fala apavorada.
Pego a menina no colo e então alguém, que vejo que é o Raul, dá um tiro próximo ao meu pé, o que me faz desequilibrar e soltar a menina que cai rolando pela escada.
Monique: Maria.—grita.
Em um ato veloz o Rodrigo e o Vinicius correm pra pegar a menina e eu saio correndo pro quarto.Tranco a porta e empurro a cama e um armário para ninguém abrir.
Pego algumas malas e começo colocar minhas coisas dentro. Roupas, sapatos, jóias, maquiagens, meus óculos de sol, minhas peças íntimas. Coloco tudo que posso levar pra nunca mais aparecer por aqui.
Vou pro banheiro pegar meus objetos de higiene e me olho no espelho vendo meu rosto todo machucado de tanto aquela vadia me bater. Não ligo pra isso e corro pro meu cofre, pego todo o dinheiro de lá que era pra casos de emergência.
Coloco dentro da bolsa e pego a arma do dia do assassinato da Raíssa.Jogo minhas malas lá em baixo e depois pulo, o que faz eu me machucar mais.
Consigo entrar no carro e quando dou partida que ligo o farol o Raul está na frente do carro com a arma apontada pra mim.
Raul: Desce.—manda.
Aponto minha arma pra ele.
Camile: Também tenho.
Ele atira nos meus dois pneus da frente.Abro a porta do carro e desço irritada.
Camile: Vai pagar por isso.
Raul: Vai pagar pela vida do meu filho.—fala apontando a arma pra mim.
Camile: Não quero te machucar Raulzinho.—falo apontando a arma pra ele.
Quando termino de falar ele atira na minha perna e eu caio no chão.Coloco a mão na mesma e vejo o sangue.
Camile: O que você fez?—falo com dor.
Raul: Tá com dor?—se aproxima.
Ele atira no meu braço e eu taco a arma longe.
Camile: O que isso quer me matar, tá doendo.—grito chorando de dor.
Raul: Dor? Dor, Camile? Dor? —para na minha frente.— dor é perder a mulher e o filho que não tinha nem um ano. Dor é ser tratado como louco, dor é SER louco. Dor é achar que tem amigo—acerta a arma no meu rosto e eu cuspo sangue.— amigo falso, amigo assassino, amiga que se faz de vítima mas que matou O MEU —bate no peito.— O MEU FILHO!—grita.
Começo a chorar de dor e gritar.Todos em volta observam. Minha mãe, o Gaúcho, a Leandra, meu tio, o Vinicius.
Monique narrando:
Jamaica: Não machucou a coluna, só fez um galo na cabeça -beija o bracinho dela- ta tudo bem minha fadinha.
A Maria me abraça.
Maria: Você tá triste mamãe?
Monique: Tô filha, a sua tia fez coisas muito feias.
Ela volta me abraçar.
Maria: Vamos embora?
Ela vai no colo do Rodrigo e ele a leva pro carro.
Monique: Obrigada por tudo.—abraço meu irmão.
Ele deita no meu ombro e derrama suas lágrimas.
Monique: Vai ficar tudo bem, eu prometo.
Natália: Vem amor vamos subir.—passa a mão nas costas dele.
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𝐎𝐇𝐀𝐍𝐀
Teen FictionE uma hora o amor chega, sem pedir licença e sem muita cerimônia. Ele chega, ocupando todo o espaço do coração, criando necessidades dentro da gente. E devagarzinho ele vai se instalando cada vez mais , até se transformar em algo vital. O amor nos e...