Capítulo 2

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O galo cantou e o despertador tocou. Era 6 horas da manhã, uma quinta-feira.

Acordei e fui ao banheiro com uma vontade imensa de voltar para cama. Escovei os dentes, mais sonolenta do que o normal. Resolvi tomar um banho, para que pudesse despertar o sono e por incrível que pareça, acabei dormindo em pé no banheiro.

Minutos depois, ouvi alguém batendo na porta sem parar.

─ Espera só um pouco. – Disse em voz alta, resmungando.

Terminei meu banho mais rápido que pude e coloquei uma roupa. Meus pais não estavam em casa para que pudessem atender pra mim. Trabalhavam o dia todo, só ficavam em casa a noite, já tarde. Meu pai era policial e minha mãe médica.

─ Ah, é você Lyon. – Eu disse abrindo a porta. Era meu melhor amigo!

─ Como sempre você atrasada, já era para estar pronta. – Lyon disse entrando em minha casa.

─ Pelo amor de Deus, cala boca. Vou pentear o cabelo e pegar minha mochila. – Eu disse rinchando da cara dele.

Ainda bem que eu não era o tipo de menina em que me preocupava com maquiagem, ou me atrasaria ainda mais. Peguei uma maçã e fomos conversando da minha casa até a escola, enrolando apesar de já estarmos extremamente atrasados.

(...)

Eu e Lyon sempre fomos muito amigos, sempre gostei muito da amizade dele! Sem ele não sei o que eu faria, eu sofria com baixa autoestima e Lyon sempre esteve ali disposto a me ajudar nas horas difíceis.

Meu cabelo era liso, da cor preta. Eu tinha olhos castanhos, e a minha pele, era clara. Eu não me achava muito bonita.

─ Bom dia Denise e Lyon, como sempre, muito atrasados. – Disse minha professora Lara de filosofia, assim que chegamos.

─ Bom dia. – Eu respondi sorrindo, sem graça.

Sentei-me na cadeira à frente e estavam todos comentando sobre um certo aluno novo. Curiosa, perguntei a uma colega quem era.

─ Arianne, quem é esse aluno novo da quais todos estão comentando aqui na sala?

─ Nome dele é Charry, ele foi ao banheiro. Quando ele voltar te mostro quem é.

─ AI MEU DEUS. – Disse pausadamente. Quando olhei para ao lado, ele entrou na sala já dando um olhar fuzilante a mim, acompanhado de um sorriso galanteador. Eu retribuí com um sorriso, meio sem graça. Ele se sentou, e com vergonha a aula toda eu o ignorei.

(...)

O sinal tocou, e já era hora do tão esperado intervalo.

─ Olá Denise. – Charry disse, vindo em minha direção com aquele maldito sorriso estampado no rosto!

─ Oi Charry. – Eu disse com um sorriso de canto.

Ficamos conversando o intervalo inteiro, e na hora que já íamos para a sala de aula, ele me convidou para ir ao cinema com ele. Eu claro, aceitei.

Ficamos a manhã toda estudando e num piscar de olhos o sinal tocou e já era hora de ir embora.

Chegando em casa, tomei um belo banho, me joguei no sofá e liguei a televisão. Depois de alguns minutos vendo televisão, resolvi esquentar a comida e ir comer.

Depois do almoço, fiz às unhas, o cabelo, a pele. Quando menos esperei, já era hora de me aprontar para sair com Charry. Tomei banho, coloquei um vestido preto brilhoso, uma argola, e passei maquiagem, o que era milagre! Liguei para meus pais, e avisei que iria sair com Charry esta noite.

TOC TOC

Ouvi alguém batendo na porta. Quando abri, era Charry! Abri a porta com um sorriso super sedutor.

─ Está linda! – Charry disse, admirado.

─ Muito obrigada, Charry. – Eu disse envergonhada.

Saí, tranquei a porta e fomos. Quando chegamos lá, vimos um filme romântico e durante o filme, ele passou o braço em volta de mim e me deu um beijo! Não qualquer beijo, o melhor beijo da minha vida. Quer dizer, o único né, deixei de ser boca virgem agora.

Depois do filme, ele me levou para casa. Chegando lá, agradeci e dei um selinho de despedida nele. Entrei e fechei a porta, envergonhada. Quando me virei

─ Olha ela, linda demais! – Disse meus pais, olhando a cara de assustada que eu fiz quando me deparei com eles tão cedo em casa. Envergonhada, soltei um sorriso de canto e subi rápido para o meu quarto atrapalhadamente.

Me joguei na cama, passei a noite maratonando séries, já que no outro dia era sexta e era feriado.

Minha primeira decepção amorosa, e a última!Onde histórias criam vida. Descubra agora