capítulo 5

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No dia seguinte , me arrumei e voltei para casa. Lyon já estava bem melhor do que antes e eu havia passado vários dias com ele.

(...)

Resolvi ligar para minha mãe e dizer que já estava em casa e contar as novidades.

Quando liguei,
ela me parecia estranha. Incomodada já com isso, perguntei o que havia acontecido e ela me disse que teria que viajar a trabalho e que meu pai iria com ela, pois teria que resolver umas coisas por lá também.

Fiquei triste, pois havia ficado dias sem ver ela. Mas enfim, não havia outra opção.
-É, eu acho que irei ficar bem. - Eu disse a ela , enquanto escorria uma lágrima pelos meus olhos.
- Eu sei que vai. É só uns dias. - Ela disse com uma voz de choro, entretanto, tentou disfarçar.

(...)

Ficamos por uns minutos conversando e nos despedimos.
Passou-se um tempo e eu fiquei em casa todos esses dias deitada em minha cama , vendo série e comendo.
Eu conversava com Charry um pouco, Mas não todo dia. Dizia ele que era muito ocupado.

(...)

Quando chegou o dia da volta dos meus pais, eu arrumei tudo e fiz um bolo pra eles, eu estava muito feliz.
Entretanto, passaram-se as horas , chegou a tarde, a noite e nada. Nem uma sequer ligação. Eu já estava preocupada , Liguei umas três vezes, Nenhum dos dois atendia.
Eu chorava de desespero.

Até que, recebo uma ligação de um número diferente que dizia para mim ir em um hospital que tinha ali na região e que meus pais tinham sofrido um acidente. Eu muito desesperada liguei para Charry e chorando de soluçar perguntei se ele podia me dá uma carona, pois meus pais estavam em um certo hospital.

Ele me buscou em casa e me levou até lá, Quando cheguei , eles não tinham sobrevivido.
Eu fiquei em choque , quando a ficha caiu eu caí em prantos, Me ajoelhei ali mesmo e chorei , chorei até soluçar. Meus olhos ficaram inchados. Eu precisava deles.

- Minha mãe Charry , Minha mãe , Meu pai.. - Eu dizia sem forças.
Já era madrugada e eu estava horas alí, chorando.
-Calma menininha, Você vai ficar bem. - Ele viu como eu estava e deixou eu chorar em seu ombro.
-Vou levar você para casa.
-Não,Na-Não. - Eu disse sem forças e titubeei.
-Vem, você precisa descansar. - Ele me puxou e me levou para casa.

(...)

Quando cheguei, liguei para Lyon chorando sem parar e aos poucos fui explicando o ocorrido. Ele desligou rápido o telefone e quando menos esperei ele apareceu de bicicleta e parou em frente minha porta. Eu deixei ele entrar, ele me deu um Abraço forte e um beijo na testa.

- Calma, sei como é. Estou aqui contigo.

Ficamos um tempo ali abraçados e eu chorava. Tempo depois, ele foi dormir no quarto de hóspedes e eu fui para o meu quarto. Mas não dormi a madrugada inteira, Era tudo muito cinza.

(...)

Passaram-se dois meses e com o tempo, eu fui aceitando.

Depois desses meses, eu ainda sentia muita falta, eu ainda chorava é claro. A Casa estava só para mim. Era horrível sentar no sofá e não ter ninguém , não ter uma família. Minha tia ia me ver as vezes, dar uma olhadinha como dizia ela, Mas não era a mesma coisa.
"Você tem 18 anos Denise, sabe se virar''
Mas ela não tinha noção de como era horrível estar sozinha, meus pais faziam uma imensa falta.

(...)

Ouvi um som da campainha e fui abrir a porta, Quando abri, SURPRESA. Era o moço da floricultura com MUITAS flores e um cartão. E as me deu.
Eram de Charry.
''Olá Princesa, desculpa o tempo em que fiquei sem falar contigo. Estava resolvendo uns problemas, Eu amo você'' Estava escrito no cartão que veio com as flores.
Pulei e dei uns gritinhos desesperada.
A tela do celular ligou e logo vi uma mensagem de Charry.
"Espero que tenha gostado".
Dei um sorriso bobo,e o respondi.
''Eu também te amo Charry e Muito obrigada. Estava precisando mesmo!''.

Minha primeira decepção amorosa, e a última!Onde histórias criam vida. Descubra agora