Capítulo 12

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Um dia depois abri os olhos, incomodada com a claridade.

- Olá Denise, sou o Dr. Marcos. Você está sentindo alguma dor? - Ele disse assim que acordei.
- Oi, não sinto nada. Já estou bem melhor.
- Te darei Alta, ok? Tome cuidado da próxima vez. - Assim que ele disse, dei meio sorriso.
- Rhum. - Ele disse dando um sorriso.
- O senhor sabe onde está aquele homem que estava ontem aqui comigo? - Perguntei.
- Ah, ele desceu pra tomar café. Jajá está aí.
- Denise? Meu amor, finalmente acordou. - Chegou Charry com uma expressão animada.
- Falando nele. - Eu disse rindo, o médico riu e se retirou.
- Charry, você ligou para Lyon?
- É...sim, liguei. Várias vezes, infelizmente ele não atendeu. - Ele disse coçando atrás da orelha.
- Ah, tudo bem então. - Eu disse decepcionada.
- Mas então, o que o médico disse? - Ele disse, cortando o assunto.
- Me deu alta.
- Então, vamos?
- Vamos sim. - Assim que respondi, ele me deu um sorriso.

Me levantei, peguei minhas coisas e fomos saindo do quarto rindo e conversando sobre vários assuntos.

(...)

Entramos no carro dele, e ele deu partida.
Ele me deixou em frente a minha casa.
- Está entregue, moça bonita. - Ele disse com um sorriso galanteador estampado no rosto.
- Obrigada meu amor. - Eu disse sorrindo.
Trocamos um selinho, saí do carro e entrei dentro de casa.
Chegando em casa, fui direto para o banheiro me banhar, dessa vez sem choque, graças a Deus, eu já não aguentava mais.

(...)

Depois do banho tomado, penteei os cabelos, desci as escadas com cuidado, me sentei na varanda e fiquei lembrando que foi exatamente alí em que tudo começou, as mensagens, os beijos, carinhos trocados.
Pensei bem e vi que mal nos conhecemos, falamos de assuntos totalmente aleatórios, mas nunca de nós mesmos, com esse pensamento em mente, mandei uma mensagem pra ele da qual dizia;
Já parou pra perceber que já falamos sobre tudo, menos sobre nós mesmos?
5 minutos depois.
Bem pensado, senhorita Denise. Que tal começar falando sobre?

Depois dessa mensagem pensei bem no que eu queria, e resolvi respondê-lo com;
Hoje a noite aqui em casa, topa?
2 minutos depois.
Claro que eu topo.

(...)

Fiquei de repouso a tarde inteira, vendo séries, comendo. Neste exato momento me sinto uma obesa.

Já era hora de Charry chegar, meu estômago parecia que haviam borboletas, meu coração acelerado. Eu amava ele, sem sombra de dúvidas, isso nunca poderei negar.

TOC, TOC
- Quem é? - Perguntei mesmo já sabendo quem é, pois já sabia qual seria a resposta, e irei amar ouvi-la.
- O amor da sua vida! - Sorri com a resposta dele.
- bobo! - Eu disse sorrindo.
- Entra. - continuei.
- Oi minha linda, está bem?
- tô sim. - dei meio sorriso.
- Podemos? - Ele disse gesticulando para o sofá.
- ah, claro. - Sorri por ter ficado que nem idiota o admirando e nem percebi.
- Então, como estou ansioso, vou já começar. Meu nome é Charry Menezes, Nasci em Curitiba. Tenho 19 anos, meus pais morreram quando eu tinha 14 anos, com isso, me atrasei na escola. Fui criado por meus dois tios, Estevão e Emanuel. Vim pra São Paulo, no dia em que nos vimos pela sua varanda, era meu primeiro dia aqui.
- Uau.
- Bom, sua vez.
- Denise Richards, Nasci aqui em São Paulo mesmo, meu melhor amigo que tive a vida inteira se chama Lyon. Fui criada a maior parte da vida pelos meus pais, meu pai era policial e minha mãe médica. Ah, tenho 18 anos. Agora era pra minha tia estar comigo nessa jornada, mas ela não é muito boa da cabeça. - Começamos a rir.
- Qual o nome dela?
- Regina. Por que a pergunta?
- Ah, nada ué. Quantos anos ela tem?
- 23 anos.
- Nada mal, não é?
- É... - Eu disse meio encucada com essas perguntas.
- Eu tenho visto ela sempre na rua, muito bonita.
- Quer café? - Perguntei querendo mudar de assunto.
- Aceito.

Fui até a bancada da cozinha, coloquei café na xícara e me voltei para Charry.
- Cê acredita que até agora não liguei para Lyon, e ele não ligou pra mim. Estou preocupada.
- Preciso ir gatinha. - Disse ele cortando o assunto, dando três goladas no café.
- Mas e o café?
- Bebi um pouquinho já.
- Então tá, vem, te acompanho até a porta. - Disse gesticulando.

O acompanhei até a porta, trocamos um selinho rápido, e ele foi embora. Tipo, a velocidade da luz.

Minha primeira decepção amorosa, e a última!Onde histórias criam vida. Descubra agora