Betrayal |Dinah

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Notas: só pra vocês saberem o Noah que eu falar aqui é aquele do filme "para todos os garotos que já amei".

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Pov Dinah

Essa semana foi difícil, tivemos muitos casos de incêndio, contudo não reclamo, pois amo salvar vidas, mas graças a Allyluia vou conseguir descansar esse final de semana com Noah, já que o mesmo me convidou para ir ao cinema hoje. Entro em meu carro, logo coloco a chave na ignição.

(...)

Assim que chego em meu apartamento vou direto ao banho. Saio do banheiro, e visto uma roupa leve. Vou apenas comer algo e ir diretamente para casa de Noah. Hoje ele disse que chegaria um pouco mais tarde, pelo fato de ter uma aula extra na faculdade.

Como eu tenho roupas no apartamento dele não preciso me preocupar. Já devidamente alimentada dirijo-me ao meu quarto, escovo meus dentes e pego o molho de chaves em cima da cômoda juntamente com minha bolsa.

(...)

Após estacionar meu carro em frente ao grande prédio, saio do mesmo e vou em direção a portaria. O porteiro libera minha entrada, e logo me informa:

- Boa noite, Noah chegou a um bom tempo, senhorita.

Agradeço pela informação, mesmo estranhando o fato dele ter me dito que teria aula mais tarde hoje... não reclamo, já que ele talvez tenha feito uma surpresa para mim. Chego no elevador, aperto o botão do oitavo andar e espero calmamente.

Assim que o elevador chega ao devido andar, saio, indo em direção a porta de Noah, que estava... destrancada? Entro no apartamento, fechando a porta com calma. Guardo minhas chaves na bolsa, já que elas não tiveram utilidade nenhuma. Assim que viro meu corpo, sinto cheiro de um perfume desconhecido por mim. Escuto barulhos no andar de cima. Me pareciam... gemidos? Não pode ser, ele não faria isso comigo.

Meu desespero bate, fazendo com que eu suba rapidamente os degraus que me levarão ao segundo andar. A cada degrau que eu subia os gemidos em meio aos palavrões ficavam mais altos. Minhas lágrimas já eram inevitáveis. Assim que eu chego no corredor vejo roupas espalhadas, sei que elas são de Noah. Pois a camisa que dei ao mesmo, em seu aniversário, estava juntamente embolada com um vestido vinho e um pouco mais longe uma bolsa preta.

Assim que chego na frente de seu quarto escuto mais e mais gemidos, minha mão que ia em direção a maçaneta tremia, pois eu já sabia exatamente o que estava acontecendo atrás daquela maldita porta. Assim que abro a porta vejo Noah, fazendo movimentos de vai e vem, no meio das pernas de uma mulher qualquer. Os dois estavam de olhos fechados, meus soluços ficavam cada vez mais altos, fazendo com que os dois abrissem os olhos e me vissem ali. Noah se levanta, vindo em minha direção.

- Amor, calma não é nada disso que você está pensando. - Ele iria continuar falando algo, porém o interrompi.

- AMOR? EU TE PEGO NA CAMA COM UMA VADIA, E VOCÊ ME CHAMA DE AMOR?! E AINDA PEDE CALMA? - Vou em sua direção, desferindo socos em seu peito, apenas raiva e mágoa faziam parte de mim nesse momento.

- Dinah me desculpa. Eu errei, não sei o que ocasionou isso. - Noah diz com calma, como se não estivesse sentindo meus socos.

- QUER SABER O QUE OCASIONOU ISSO? SUA FALTA DE LEALDADE E CARÁTER! - Assim que termino de falar, ele segura meus pulsos. Me impedindo de continuar com os socos.

- Dinah eu sou homem.- Não me diga. - No mundo dos homens, não tem isso de lealdade e caráter. Nós homens pensamos com a cabeça de baixo tá ok? - Fala com um sorriso no rosto, enquanto eu me debulhava em lágrimas.

- VOCÊ É UM MOLEQUE! SUAS ATITUDES NÃO SÃO DE HOMEM. PORQUE NEM TRATAR UMA MULHER DA FORMA CERTA VOCÊ SABE. TUDO QUE FIZEMOS E CONSTRUIMOS ESTÁ NO LIXO. ACABOU NOAH! - Grito me soltando do mesmo, e em seguida lhe dando um tapa no rosto, que logo fica vermelho. Saio de perto dele, indo em direção a porta.

- VOCÊ TÁ LOUCA? ACHA QUE É ASSIM QUE VOCÊ DEVE SE COMPORTAR? - Me viro. Noah estava com a mão do lado direito do rosto, e rapidamente anda em minha direção. Assim que ele levanta o braço para me bater, dou um chute em sua partes, fazendo o mesmo cair de joelhos no chão.

- Vamos ver, se você vai conseguir pensar com a cabeça de baixo agora. - Sussurro, indo em direção a porta novamente. Porém paro observando a mulher que estava na cama. Ela estava me olhando com os olhos arregalados. O que me fez rir.

- Cuidado, porque se não, você vai ser a próxima.

(...)

Eu estou decidida que não irei chorar por um babaca que só me usou, e que nunca me deu valor. Decido passar a noite na boate, então, escolho um vestido vermelho que valoriza minhas curvas.

(..)

Assim que chego no local, olho para meu pulso, vendo a pulseira neon com o nome da boate. Vou direto ao bar pedindo uma tequila. Assim que o barman me estende o copo, pego o mesmo, e viro. Sinto o álcool descer pela minha garganta, me fazendo suspirar em satisfação. Começo a pensar na cena mais cedo. Porque caralhos, eu namorei Noah sem o amar?

Eu apenas sentia carinho por ele, bom... sentia, antes dele me trair com uma vagabunda qualquer. Meu verdadeiro amor sempre foi S/n. A forma que ela me trata desde que nos conhecemos, como ela pode ser sempre tão atenciosa? Sempre arrumando tempo para mim, mesmo estando ocupada com seu trabalho. Eu só não segui meu coração, pelo medo do que minha família iria pensar. Só s/a, e as meninas sabem da minha sexualidade.

Decido tomar um copo de whisky. Assim se repetia o ciclo vicioso, em uma tentativa idiota de esquecer o belo par de chifres que levei, e provavelmente estava levando a um bom tempo. Observo a grande pista de dança, que estava lotada de pessoas, balançando seus corpos ao som de Habits.

(Play: Tove lo: Habits)

Bebi tanto, que não conseguia mais ter controle dos inúmeros copos, com diversos tipos de bebidas, que estava ingerindo ao decorrer do tempo. E é essa a hora que tudo já parecia estar em câmera lenta. As lágrimas desciam, me fazendo lembrar do qual fraca eu fui o tempo todo. Desisti de quem eu amo, pelo medo da rejeição.

Vou em direção do banheiro, e no caminho, esbarro em um casal praticamente se comendo. Assim que chego ao banheiro, pego uma folha do lenço, que estava no puxador, secando as lágrimas. Parece que eu já previa isso, pois coloquei maquiagem a prova d'água. Assim que olho meu reflexo no espelho, vejo o quão cansada eu aparentava estar. Ok, que eu bebi uns dois, três, quatro... ou mais, copos de diversas bebidas, e algumas até mesmo misturadas. Assim que volto ao bar, me entrego novamente as bebidas de forma inigualável. Só queria tirar o medo, e a dor que eu sentia.

O medo, da rejeição dos meus pais. Já a dor... por amar minha melhor amiga, mas não poder olhar em seus olhos e confessar isso. Dor também... por ter sido enganada sei lá quanto tempo. Eu estava deitando com um homem que jurava me amar. Mas não pensou duas vezes antes de foder uma qualquer, na mesma cama em que me fazia sua.

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Notas: Tenho a segunda parte pronta, porém só posto se tiver 25 votos, ok?

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