Capítulo 10

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Alice: olha o que eu tirei.

Jack: você...como tiro essa foto?

Alice: eu entrei  escondida no quarto  dela, vocês  estavam tão  fofos.

Jack: sabe as cicatrizes no braço.

Alice: sim.

Jack: estilete e a outra com um tiro.

Alice: meu Deus, tadinha.

Jack: barra é  pesada.

Alice: alias, o que  foi fazer no quarto  dela?

Jack:  ouvi ela chorando  no quarto e fui ajudar.

Eu podia ouvir os dois cochichando, não  conseguia entende mas parecia  sério, eu não  conseguia  me concentrar, me lembrava  das palavras doce dele a noite, mas eu tentava esquecer, eu não  vou me apegar a nada, a vida sempre me tira  o que eu gosto.

Carlos: oi.

Lucy: oi.

Carlos: olha você  esta fazendo errado.

Lucy: estou?

Carlos: colocamos  esse saco de concreto  para simular o corpo de um hibrido, mas ele não vai estar parado, ele vem pra cima de você  sem pensar duas vezes, ainda mais se for um corredor.

Lucy: então  o que estou fazendo  de errado?

Carlos: seus pés  e pernas, devem sempre  estar meio inclinados, pra você  aguentar o impacto  e conseguir  reagir.

Lucy: entendi.

Jack começou a nos olhar, ele sorriu mas na verdade olhava o que Carlos  iria fazer.

Carlos: eu vou puxar e  soltar o peso  na sua direção, e você  tenta parar com um soco.

Lucy:  só  um?

Carlos: quanto menos energia você gastar com um híbrido você  vai ter mais tempo pra se livrar de outros, corredores aparecem   em dezenas e tem unhas  muito afiadas.

Lucy: ok, então  vamos.

Ele soltava o saco e eu parava, e assim nós  fomos, era divertido, eu e Alice,  aumentavam o peso do saco e eu e ela fizemos apostas, e estavam todos divertindo, até  que de repente o celular de Jack  toca.  Ele olhou franziu  a testa e atendeu.

Jack: eu não  disse pra você excluir meu numero.

Carlos: pelo jeito é a dona encrenca.

Jack: não, não, Vanessa  acabo,  se você  não  parar de ligar pra esse numero eu vou...

Alice: ela traiu ele, ele foi até a casa  dela e ela estava na cama com outro.

Lucy: sério?

Carlos: LUCY PRESTA ATENÇÃO!

Fiquei tão chocada com a notícia que quando vi o peso já estava no meu rosto, cai no chão rindo e meu nariz começou a sangrar.

Alice: CARLOS! seu imbecil.

Carlos: meu Deus, desculpa  mas você  tinha feito sinal pra mim soltar.

Ele me levantou  do chão e estava super preocupado, depois de alguns minutos  meu nariz  pararia de sangrar.

Lucy: não  tudo bem, eu estava distraída, ta tudo bem gente.

Jack: que inferno para de me fazer perder meu tempo!

E arremessou  o celular  na parede o deixando  despedaçado.
Para alguém que terminou ele ainda se irrita pelo fato dela o procurar, isso quer dizer que ele ainda sente algo por ela.

Alice: vamos parar.

Lucy: não tudo bem, vamos de novo.

Enquanto voltávamos Jack  se aproximou, e começou  a falar com Alice  em voz alta.

Alice: ela de novo?

Jack: sim.

Alice: não  sei porque você  atendeu.

Jack: ela jogou um ano no lixo  e agora  quer  minha atenção.

Ouvir Jack falando  dela me deixava brava, e eles estavam do meu lado falando.
Carlos  soltou o concreto, mas dessa vez, como eu estava brava, eu acertei um soco tão  forte e o saco explodiu jogando pedaço  de concreto pra todo lado, e todos olharam pra mim.

Carlos: nossa...estragou nosso brinquedo.

Jack: seu nariz ta sangrando?

Lucy: eu to bem, cansei, podemos ir para casa?

Jack: espera  deixa eu ver isso, como aconteceu?

Empurrei as mãos  dele, e me afastei, eu sei que eu e Jack  não  tínhamos nada, sei que é  errado descontar nele  algo que  criei na cabeça, mas por que esse desgraçado fico comigo durante a noite e foi tão gentil?

Lucy: quero ir embora.

Jack: eu ainda não acabei.

Lucy: mas eu já.

Jack: qual seu problema?

Alice: ei gente calma.

Lucy: eu só quero  ir embora, qual é o seu problema?

Jack: estava bem até  agora, e quer chamar atenção.

Carlos: você pode usar minha moto Lucy.

Lucy: obrigado.

Jack olhou bravo para Carlos e  saiu,  joguei as luvas no chão, e também  dei as costas. Troquei de roupa e sai de la, subi na moto e fui embora, não era minha intensão brigar, mas quando estou brava... é difícil.

O vento batia forte no capacete, eu estava a toda velocidade  com a moto, e as ruas estavam  um pouco vazias, pensando em tudo que vem acontecendo.
Quando notei que estava sendo  seguida, diminui  a velocidade e o carro  ficou paralelo a mim, então  o vidro abaixou e uma garota  muito bonita apareceu, ela sorriu  pra mim, mas de repente ela começou  a babar e de sua boca uma enorme língua  saiu, ela colocou o tronco pra fora do carro e quando eu ia me afastas, ela cuspiu  uma gosma branca  nojenta enorme no pneu da frente e se fastou com o carro.
Percebi então  que a gosma estava correndo a roda,  e quando  toda borracha  foi consumida a moto emperrou e me lançou  com muita velocidade  pra frente.
Pude ver o mundo roda até  que bati em um caminhão, e só tive tempo se segurar  com uma das mãos em um ferro das portas de trás.
E para o meu azar o caminhão  entrou em uma avenida movimentada , e fazia varias curvas, comecei  a balançar  e o carro com a garota veio atrás  do caminhão, ela estava  de pé  no capo do carro e dessa vez a beleza  sumiu,  sua boca era enorme  e a linguá ainda continuava pra fora.
Ela ia cuspir de novo...
Juntei  toda minha força  nós  braços  e subi na parte de cima do caminhão, não  demorou muito e ela também  subiu, rasgando a lataria com suas enormes  unhas e logo eu vi a cor esverdeada da unhas, ela era uma corredora isso quer dizer que ela e rápida, cospe acido, e tem unhas como navalha. E eu? Só a força.

- só  eu e você  agora.

BRUTAL-Enquanto  Eu SobreviverOnde histórias criam vida. Descubra agora