Capítulo 29

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Eu olhei em volta e na parte de cima tinha um observatório, o vidro era preto, daqueles que só quem está na parte de dentro vê, mas de alguma forma eu conseguia enxergar quem estava lá dentro.
O secretário de defesa.
Homer andando para lá e para cá olhando para mim.
E Jack com um saco de gelo no rosto, e a bandeira na mão.
Uma sirene tocou e a luz diminui.

Dei dois passos para frente, e as placas de metal se abriram deixando um pequeno espaço para eu colocar o pé e de baixo tinham serras.

Lucy: mas que droga vocês acham...

Mal pude terminar de falar e fui atingida em cheio por um saco de concreto na barriga, quase caindo nas serras tendo que segurar com força no espaços que eu tinha disponível.
De repente as paredes começaram a lançar flechas na minha direção, pensei em usar o cristal para fazer um escudo, mas lembrei que tinha pessoas olhando.
Duas flechas atravessaram minhas pernas e sai correndo, porem era uma má ideia correr ali, o chão mais uma vez cedeu, e tive que me apoiar com as mãos para chegar em um lugar onde o chão não tinha cedido, procurei a bandeira ainda estava muito longe e nesse tempo que fiquei olhando uma bola de metal cheia de laminas passou por mim, no começo eu tinha desviado mas depois de alguns segundos eu vi meu sangue escorrendo, da barriga, nas pernas, do rosto.
O objetivo aqui nem era pegar a bandeira, era pensar rápido, fiquei no chão por alguns segundos, e pensei que talvez eu não conseguisse passar por esse teste, mas eu não daria esse gostinho para Valéria.
Senti meu cérebro queimar, todos os músculos do meu corpo ficaram rígidos, eu tinha que usar a raiva pra ficar mais forte esse era é o verdadeiro objetivo.
Fechei os olhos e pensei "o que Jack faria?"

Jack: quebra tudo.

Olhei para o vidro ele sorria para mim, sabia o que se passava na minha mente, olhei para a bandeira e juntei tudo o que me deixava brava na mente.

Sr. Defesa: por que ela ficou com essa cara de ódio de repente?

Jack: você vai ver.

Homer: sabia, sabia que ela era forte, como o pai.

Abri a porta totalmente destruída.
Uma perna quebrada, mas um sorriso no rosto, puxei a lança que estava atravessada no braço, olhei em volta e a situação de todo mundo era bem pior, bem pior mesmo, olhei assustada os outros me olharam impressionados.

De repente Jack veio na minha direção, sorrindo, mas um pouco machucado e eu o abracei.

Lucy: nunca te vi nem arranhado.

Jack: você apanhou bastante, eu pude ver de lá de cima.

Lucy: eu já estou me acostumando.

Jack: vem, o resto do pessoal estão todos no hospital.

Lucy: ai! ai!...espera, a minha perna está quebrada.

Ele olhou assustado e me pegou no colo, já estava virando rotina ficar no colo dele.
Entramos na enfermaria e logo um médico veio me atender, Alice estava deitada com o rosto completamente enfaixado apenas os olhos e boca para fora, Yuki estava só com as metades das pernas, Lola estava totalmente imobilizada e Carlos estava com um aparelho de respirar.

Lucy: FILHO DA PUTA!

Gritei quando o médico colocou o osso no lugar, porém sem nem um aviso prévio.
Fechei nos olhos sentindo meu corpo suar frio de dor, e deitei tentando não socar o médico.
Então ele começou a enfaixar pois não adiantaria nada engessar, já que daqui uma hora ou duas estaria normal, Jack deitou comigo encarando o médico querendo bater nele, mas apenas me aconchegou em seu colo e beijou minha testa, o médico saiu e ficamos todos lá se recuperando.

BRUTAL-Enquanto  Eu SobreviverOnde histórias criam vida. Descubra agora