Capítulo 35

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Jack: ALICE!

Jack chutava, e gritava Alice na porta do seu quarto, eu sentia uma dor muito forte nos olhos, e meu nariz começou a sangrar sem parar no colo de Jack.

Alice: MAS O QUE VOCÊ ESTA....meu Deus...

Jack: vermelho.

Alice: vermelho? Coloca ela na cama, rápido!

Jack me colocou na cama e eu senti que não conseguia mais mexer os olhos, meu corpo começou a se contorcer e se debater na cama.

Alice: ela está convulsionando.

Jack se sentou em uma poltrona e não moveu mais nem um músculo.

Lola: apoia a cabeça dela.

Carlos: Jack ajuda aqui cara.

Alice: porra, como isso foi acontecer.

Jack: já se passou 30 minutos e ela não morreu ainda...

Assim que voltei ao normal, olhei em volta e me sentia perdida, Alice apareceu com um balde, e sem conseguir segurar um jato de sangue voo no chão.

Alice: Lola, molha uma toalha e traz ela para mim.

Lucy: Maria...não, mãe? Pai? Não morram por favor...

Alice: ela está delirando.

Lola: ok, ok, ok.

Olhei para Alice, agarrei o braço dela pois a dor era insuportável, e em delírios eu vi minha mãe ela sorria para mim enquanto estava na cama, e mais uma vez eu vomitei.

Lola: ela não para de vomita, ela não para DE VOMITA!

Alice: Lola sai daqui! Carlos a leva!

Eu soava e tremia na cama.
Minha respiração estava totalmente descontrolada, o pouco que conseguia ver era Lola sendo tirada do quarto do hotel por Carlos, Jack sentado totalmente perplexo sem reação e Alice coberta se sangue que eu vomitei nela.

Alice: droga ela não para de vomita.

Meu sangue ficava preto a cada vez que vomitava, eu sentia a dificuldade do meu coração em continuar batendo.
Eu esticava a mão na direção de Jack, mas ele não se movia.

Alice: Jack...os órgãos dela estão parando, ela está lutando, mas...

Alice foi ao banheiro jogar o sangue do balde fora, voltou segurando o balde no meu colo, e eu voltei a encher ele de sangue que estava ficando grosso e estranho.

Alice: temos que ligar para a resistência Jack.

Jack: você sabe que eles não poderão fazer nada.

Alice: precisamos tentar Jack.

Jack: NÃO VAI ADIANTA!

Alice: ...ela vai morrer...

E então ela voltou para o banheiro e foi procurar mais toalhas, eu olhei com lagrimas nos olhos para Jack esticando a mão na sua direção, ele levantou os olhos tentando não chorar ao me ver.

Lucy: Jack...não...me deixa.... morrer.

Eu não podia morrer com Crizar ainda vivo.
Quando ele ouviu isso, se levantou rapidamente para porta do banheiro, trancou Alice lá dentro e amassou a maçaneta para ela não sair.
Ele olhou para mim suando, e totalmente estranho, minha visão começou a ficar escura, era difícil enxergar o que Jack estava fazendo.

Alice: Jack? O que você está fazendo?

Jack: o que é necessário.

Alice começou a socar a porta, Jack rasgou a camisa, ele estava nervoso e de repente começou a grunhir, a rosnar, seus músculos ficaram maiores, os ossos cresceram deixando-o maior e ele caiu no chão. Alice começou a bater mais forte na porta e a gritar.

Alice: NÃO! NÃO! NÃO FAZ ISSO! ELA VAI MORRER, JACK!

Vomitei mais uma vez sobre mim, meu sangue estava muito mais preto, e eu fiquei paralisada com o que eu vi se levantando do chão.
Enormes músculos, listras pretas no rosto como uma tatuagem, e presas na fileira debaixo e na de cima de dentes, e um líquido vermelho nos lábios.
Jack.
O meu Jack.
Era um híbrido.
E com uma voz monstruosa e rouca ele subiu em cima de mim na cama.

Jack: me perdoa.

Alice: JACK! ELA NÃO VAI AGUENTAR! PARA!

Eu não conseguia mais me mexer.
Meu coração não estava mais tentando bater, e então Jack, sem dó nem piedade, cravou os dentes encima do ferimento do estalador, a dor foi terrível, meu grito foi agudo e aterrorizante, as luzes começaram a piscar e os espelhos quebraram, eu podia sentir o veneno de Jack, entrar em mim, ele enfiava a língua no buraco do ferimento espalhando seu veneno em mim.
Ele me soltou com a boca suja com meu sangue, segurou meu corpo até o seu, olhou nos meus olhos e eu ainda conseguia ver os pontinhos verdes dos seus olhos, ainda era o meu Jack.

Jack: tem que dar certo...não morre.

Então tudo foi escurecendo, tudo foi ficando lento, Jack voltou ao normal, Alice apareceu socando o braço dele e me olhando desesperada e a escuridão me abraçou.
Mas ainda pude escutar uma súplica.

Jack: fica comigo...

Alice: o que tínhamos prometido um para o outro?

Jack: Alice...

Alice: nada de transformações!

Jack: eu quebrei o acordo, ponto final.

Alice: e se ela não acordar.

Jack: você queria que eu ficasse assistindo ela morrer? Qual é Alice, não deu para perceber que ela é diferente, ela aguentou mais de uma hora com o veneno do estalador.

Alice: eu percebi isso, normalmente as pessoas morrem em um minuto.... Temos que entrar lá dentro e ver se ela sobreviveu.

Jack: quando saímos de lá ela ainda respirava.

Alice: chama aquilo de respirar? os pulmões dela estava borbulhando sangue.

Jack: ela ainda tinha batimentos.

Alice: nem um estetoscópio no planeta ouviria aquilo se não fosse nossa audição aguçada.

Jack: Alice...

Alice: o que Jack?

Jack: se aquela garota de cabelos pretos, olhos escuros, sorriso meigo e lábios rosados não levantar da cama...esse é o último dia do coração do seu irmão bater.

Alice: não seja...

Jack: PONTO FINAL, agora eu vou ver se o amor da minha vida, está viva.

BRUTAL-Enquanto  Eu SobreviverOnde histórias criam vida. Descubra agora