BRUTAL-Enquanto Eu Sobreviver

Capítulo 26

Chuva.
Uma coisa rara de se ver no verão.
Chuva de verão, com raios poderosos, relâmpagos estonteantes e trovões que chegavam a tremer os vidros do meu quarto.
Meu quarto...

Jack: chuva...isso é uma coisa boa.

Ele se esticou na cama, colocando os braços atrás da cabeça, saltando os músculos dos braços e os do abdômen.
A cena fez meu corpo estremecer na cadeira onde eu estava e senti algo aquecer dentro de mim, já não sabia se foi uma boa ideia ficar sozinha com ele.

Lucy: entendo.

Me levantei da cadeira e fui rapidamente para o banheiro, coloquei as duas mãos na pia e me inclinei para frente tentando me acalmar.

Lucy: o que está acontecendo...

Sussurrei para mim baixinho enquanto meu coração disparava.

Jack: quando viemos para cá, eu recebi a lista com os brutais, por ser o chefe eu quem analisava a melhor forma de intimar.

Ele estava vindo para o banheiro, eu me recusava a me mexer e apenas tentava entender.

Jack: quando eu vi a sua foto...

Pude sentir a voz dele ficar mais grave por conta da acústica do banheiro, eu cruzei as pernas por me sentir sensível, e ele continuou se aproximando.

Jack: eu senti exatamente o que está sentindo agora, nunca em toda a minha vida algo me atingiu tão forte quanto você.

Abri os olhos bem devagar e vi por trás da minha cintura que ele estava atrás de mim, provavelmente na indecisão de me tocar ou não.

Jack: eu comecei a namorar a humana por medo, medo de me perder com o que você despertou em mim, mas aí você chegou, comecei a te ver todos os dias, o seu cheiro ficou por todos os lados...eu...

De repente as luzes apagaram.
Como uma sincronia fora do normal para tornar tudo atraente, eu levantei os olhos para olhar para Jack, minha visão noturna não foi ativada já que a luz da rua ainda insistia em entrar, e em um forte relâmpago eu vi o corpo com todo a sua sensualidade ser iluminado.
Sua boca estava próxima do meu ouvido, eu podia sentir seu peitoral tocar nas minhas costas.

Jack: eu não tenho mais força, não tenho juízo, não tenho escrúpulos para ficar longe de você.

Jack o chefe bravo e sem educação que todos conhecíamos, e que por dia me tirava a paciência, em uma situação que eu nunca poderia imaginar se declarava para mim.
Meu peito acelerado, minha respiração ofegante, e nossos olhares focados um no outro pelo espelho.

Jack: desculpa despejar isso...

Lucy: então não fique longe.

Eu disse corajosamente e ele olhou surpreso, sorriu soltando o ar quente nas minhas costas, eu vi suas mãos tocar minha barriga por trás e me apertar em seus músculos.
A boca dele começa a tocar minhas costas, em leves beijos me fazendo perder todo o ar e apertar a pia que em segundos trincou na minha mão, ele me puxou para trás para que os pedaços não cortassem meu pé, e tudo só ficou mais tenso.

Lucy: Jack eu...

Jack: está tudo bem...eu só quero um beijo.

Ele me virou de frente e apertou minha cintura na dele, logo meu sangue começou a borbulhar por sentir algo endurecido quando ele tocou em mim.

Lucy: um beijo? Não parece que você quer só isso.

Jack: alguns estímulos não se podem controlar.

Lucy: você disse, tudo ao seu tempo.

Jack: então diz que não quer, e eu paro, a gente vai para a cama, e dormimos.

Então ele subiu uma mão da minha cintura e a colocou na minha nuca, mais um relâmpago fez com que eu visse seu olhar de desejo.

Jack: diz Lucy.

Lucy: eu não consigo dizer não para você Jack.

Ele respirou fundo como se eu tivesse tirado várias toneladas das suas costas, e de um leve sorriso a sua expressão mudou como se eu fosse uma presa, e ele o predador.
Levantei as mãos acariciando do seu peitoral até o rosto, com calma e carinho ele fechou os olhos procurando aproveitar cada toque meu, e levemente me colocou em seu colo passando minhas pernas em sua cintura.

Lucy: só um beijo?

Jack: por enquanto.

Ele foi caminhando até a cama com calma e eu me apertava ainda mais em volta dele.
Jack me colocou na cama e se ajoelhou com as minhas pernas abertas ainda em sua cintura, fechei os olhos esperando algo que eu já aceitei que aconteceria.
Sua enorme mão tocou meu cabelo entrelaçando os dedos fazendo um carinho, logo depois senti sua respiração bater na minha bochecha.
Foi quando eu senti a sua língua, passar nos meus lábios entre abertos pedindo permissão para entrar.
Então eu senti a sua boca encaixar na minha, levemente eu podia sentir os estalos que nossos bocas davam enquanto o beijo rolava.
Meu primeiro beijo...

Ainda sem soltar nossos lábios passei a mão na sua nuca, e depois passei as unhas em suas costas o fazendo suspirar na minha boca.
Ele levou a mão forte na minha coxa, mas não a apertou, quando chegou no meu glúteo eu senti a pressão da sua mão fechar na polpa e a massagear.
As sensações pelo meu corpo, o gosto de menta que ele tinha na minha boca, me enlouquecia.
Até que ele soltou meus lábios e respiramos ofegantes.

Lucy: foi...foi o meu primeiro beijo...

Jack: isso significa que você é minha para sempre.

Ouvir que eu era dele, me estremecia.

Lucy: a gente...

Jack: por mais que me doa e me dilacere por dentro. Ainda não.

Confirmei com a cabeça, e ele soltou mais o peso sobre mim e mordeu meu lábio inferior e logo depois distribuiu vários beijos pelo meu rosto.

Jack: mais seus lábios eu ainda quero.

Ele sussurrou contra meu pescoço, apertei minhas pernas ao seu redor e o puxei mais perto.

Lucy: eu também quero os seus.