Jack: já vai fazer duas horas que ela está ali.
Alice: respeita o momento dela.
Jack: ela não para de chora...
Alice: e você está preocupado.
Jack: cala boca, eu tenho namorada, falando nisso fiquei de sair com ela, então temos que fazer isso esta noite...
Eles achavam que eu não podia ouvir eles conversando, estava deitada no sofá da casa de pessoas que nunca vi na vida, chorando, com medo, e muita dor, eu pensei que não teria que passar por tanto sofrimento depois de tantos anos, deixar Maria pra sempre, de um modo que ela nunca mais vai lembrar de mim.
Lucy: vamos, eu...aceito as condições.
Eles olharam pra mim assustados, e Alice me levou até o carro me sentei na parte de trás, e eles dois na frente.
◇
Maria: querida você chegou.
Lucy: desculpe se acordei você.
Maria: não, tudo bem, nossa você de vestido? Está linda.
Lucy: quando você me adotou, e viu que eu só dava problema, porque não me devolveu pra adoção.
Maria: como assim?
Fui até ela, me sentei na cama e ela também.
Segurava as lagrimas com tanta força que minha garganta doía, respirei fundo e repeti a pergunta.Lucy: quando comecei a dar problema, porque não me devolveu?
Maria: por que todos merecemos uma chance, de mostrar como somos de verdade.
Ela sorriu para mim, coloquei as mãos no seu rosto e olhei aquele rosto meigo pela última vez.
Lucy: obrigado, obrigado por tudo, por não me deixar quando eu precisei, por me acolher, obrigado Maria, eu te desejo toda felicidade do mundo, você merece e saiba que eu te amo muito.
Maria: eu também te amo, mas querida porque está falando assim?
Lucy: te amo...
Maria: não chora...
Lucy: pode começar!
Ele pulou a janela, entrou no quarto colocando as mãos na cabeça dela, que foi adormecendo aos poucos.
Jack: isso vai demorar um pouco, Alice já arrumo suas coisas, pode esperar no carro.
Então comecei a chorar sem parar, coloquei as mãos no rosto pra que ele não vice minha dor, e Alice entrou no quarto me tirando dali, me tirando daquela casa, me colocando no carro.
Alice: eu sei...
Lucy: ela está segura agora?
Alice: vai demorar 3 dias no máximo para o seu cheiro sair dali por completo.
Lucy: a meu Deus espera, e a dona Glória ela também pode ser morta.
Alice: não, seu cheiro não está tão próximo dela.
Lucy: tem certeza?
Alice: sim, pode ficar calma.
Jack então voltou, ele parece ter ficado mais, triste e ligou o carro para irmos embora.
Eu fiquei ali encostada limpando as lagrimas, olhando as luzes da rua batendo no vidro.
O que estava acontecendo com a minha vida? Porque todos que ficam comigo por um tempo vão embora? E é nessas horas que eu tenho vontade de parar de respirar, que meu coração pare de bater pra sempre, quem sabe assim eu encontro um pouco de paz.◇
Quando chegamos na casa deles, eu, Jack e Alice nos sentamos na sala, Jack mexia no celular e provavelmente falava com a namorada, pois Alice revirava os olhos.
Lucy: então como será daqui por diante?
Alice: existe mais uma parte que você deve saber.
Lucy: se for uma má notícia, deixa pra amanhã, pois minha cota de desgraça está completa hoje.
Alice: é sobre seus pais.
Jack: alo? Alo, oi bebê você não retornava minhas ligações fiquei preocupado.
Alice: DA PRA VOCÊ SAIR DAQUI!!
Ele olhou pra ela e depois saiu, Jack era obcecado pela namorada, mas parecia que ela não fazia o mesmo.
Lucy: sobre meus pais?
Alice: como você era pequena, e o trauma foi muito grande você não se lembra nem da casa? Ou como seus pais eram?
Lucy: eu...apenas me lembro do cheiro do perfume dela, e a barba dele pinicando meu rosto.
Alice: bom...
Lucy: sem enrolar Alice, diz logo o que tem meus pais?
Alice: você e a herdeira de bilhões de dólares, seus pais era bilionários, assim como eu e Jack temos a herança de nossos pais.
Meu corpo todo começou a tremer, bilionária? Eu?
Aquilo só poderia ser brincadeira...Lucy: não...não você deve estar enganada.
Alice: Lucy Peckiston. Esse é o nome que está aqui, no testamento onde tem a assinatura dos seus pais.
Peguei o papel da sua mão e olhei os nomes, Lindsay Peckiston, Bruce Packiston...
Minha mente queimou no mesmo momento, são eles, meus pais.Lucy: são eles mesmo, eu...eu lembro desses nomes, são meus pais.
1.000.000.000,00
Lucy: MEU DEUS!!!
Alice: é eu sei.
Lucy: mas, de onde vem todo esse dinheiro?
Alice: quando o governo descobriu a gente, pensaram que seriam uma ameaça, mas na verdade somos a solução, somos os únicos que podem matar os híbridos, por isso eles nos pagam para ir atrás de novos brutais, e ir atrás de indícios de híbridos, é uma divisão do governo chama resistência.
Lucy: então essa tal resistência, é quem paga pra vocês acharem pessoas como nós, e pra gente matar os híbridos?
Alice: sim.
Lucy: como sabe tanto assim?
Alice: é o que a resistência diz.
Lucy: bilionária...acho que não consigo me acostumar com isso.
Alice: sua casa fica em Londres, é onde você deveria estar morando, mas por enquanto se você quiser pode ficar com a gente.
Lucy: vocês moram aqui a quanto tempo?
Alice: a um ano, estávamos aqui para achar você. Agora até os dados de outro brutal chegar, você deve treinar e ficar rápida, forte, como nós.
Lucy: treinar onde?
Alice: amanhã todos nós iremos pra lá, assim você pode começar. Mas agora vamos descansar, foi um longo dia para você.
Lucy: ok, eu preciso mesmo de um tempo. Onde fica, é...
Alice: seu quarto? Vem comigo.
Ela me levou para o quarto, era grande e maravilhoso. O único problema, quando fui fechar a porta para dormi, vi Jack no quarto da frente, completamente molhado de suor sem camisa, de novo senti meu coração a celebrar e fechei a porta no mesmo momento.
Me joguei na cama, me lotei de remédio e rezei para amanhecer morta, eu não era uma pessoa feliz, metade do que eu sinto ninguém pode ver, eu sinto falta dos meus pais desde aquele dia, e nada pode os trazer de volta.
Nada.
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BRUTAL-Enquanto Eu Sobreviver
ActionA RAIVA. Sentimento que te motiva ou te destrói. Sentimento que te mantém vivo ou te mata. Sentimento que quando menos se espera vira amor. Sentimento que tira o sono, da insônia e leva a paz. A RAIVA...é o combustível dos BRUTAIS.