Capítulo 49

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Lucy: tem alguém aqui?

Estava frio.
O vento era muito forte.
Eu estava em um lugar que não se podia ver o céu.
O chão no meu pé eram as nuvens, que corria parecendo água no chão, o vento fazia eu me encolher e andar sem rumo.

Lucy: Jack?! Alguém?

Era como se estivesse andando sobre o firmamento.

Maria: estamos aqui.

Olhei para trás assustada, e Maria estava atrás de mim, me olhando com um lindo sorriso no rosto.

Lucy: eu morri? Você é real?

Maria: eu não sei se morreu..., mas eu sou real... pelo menos aqui.

Então nos abraçamos.
E eu desabei a chorar em seus braços. Eu sentia o peso de não poder ter salvado ela.

Lucy: me desculpe...me perdoa Maria.

Maria: xiiiii...está tudo bem meu anjo, não foi culpa sua, está tudo bem.

Lucy: tudo o que tenho feito é lutar, lutar...estou cansada Maria...eu pensei que só os originais podiam fazer contato comigo.

Maria: sim, mas ele me deu permissão.

Bruce: sei que é duro lutar, mas isso faz parte da nossa família.

Olhei para trás e lá estava ele.
Forte, barbudo, olhos meigos e um ar de felicidade no rosto.

Bruce: olha para você, como você cresceu...está linda.

Fui andando lentamente até chegar perto dele, meu pai segurou meu rosto e aquilo era real, e me abraçou com força me fazendo sentir, pela primeira vez a sensação de sentir a proteção do abraço de um pai.

Bruce: eu não pude te salvar...não pude salvar sua mãe...me culpo por isso...

Lucy: está tudo bem...está tudo bem...

Bruce: você é a cara da sua mãe.... tão meiga e forte.

Lucy: não chora pai...

Angel: vocês dois são tão sentimentais.

Então olhei para Angel, ela sorriu e estendeu o dedo na minha direção, de primeiro eu não entendi, mas então eu estendi o dedo tocando no dela.
E de repente ela se transformou, ela cresceu e virou uma linda mulher aparentemente mais velha que eu.
E nós nos abraçamos, o abraçado carinhoso e amoroso de irmãs, que não se conheceram, mas estavam conectadas pela vida.

Angel: eu estava com você esse tempo todo, minha alma não pode descansar enquanto você não o matasse.

Lucy: eu queria tanto ter vivido com você.

Angel: eu também, eu queria ter cuidado da minha irmã caçula.

Lucy: eu consegui matar ele, mas....eu não sei se consegui me salvar.

Nos afastamos e ela segurou meu rosto, limpando minhas lagrimas me olhando entusiasmada.

Angel: tem uma pessoa aqui que pode te ajudar com isso, ela está extremamente ansiosa para te ver.

Então os três se afastaram, e de longe alguém com muita força se aproximava, junto a essa pessoa vinha um vento muito mais forte.
De repente tudo parou e ela se aproximou bem perto de mim, e pela primeira vez nossos olhos se cruzaram.

BRUTAL-Enquanto  Eu SobreviverOnde histórias criam vida. Descubra agora