Capítulo 17

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_ Isa, Natan... Estão aí. _ Meu pai aparece antes que eu possa responder a pergunta de Natan.

_ Oi. _ Olho para meu pai sorrindo.

_ Por que estão molhados? _ Pergunta.

_ Estávamos na cachoeira. _ Responde Natan.

_ Na cachoeira? Que engraçado... Acabei de ir lá agora. _ Me olha desconfiado.

_ Sério? Não te vi... _ Falo e volto a andar _ Estou com fome, o que tem para comer? _ Mudo de assunto.

_ Nanda está fazendo o almoço. _ Diz meu pai me acompanhando, assim como Natan.

(...)

Estou evitando de todas as formas ficar sozinha com Natan, cheguei em casa ontem e agora estou no carro com meu pai indo para a escola.

_ Posso te fazer uma pergunta?

_ Vá em frente. _ Falo sem interesse.

_ O que houve entre você e Ruan no lago? _ Suspiro _ Não me diga que vocês...

_ Não. _ Falo rápido _ Quase... _ Meu pai para o carro na frente da escola.

_ Como assim, Isabella Mendes? Vocês namoram outras pessoas, como deixou isso acontecer? _ Me olha sério.

_ Já estou me sentindo culpada o suficiente, pai. _ Falo abrindo a porta do carro. Ao chegar em minha sala, sento no meu lugar de costume, Natan já estava.

_ Bom dia. _ Diz ele sorrindo.

_ Bom dia. _ Respondo suspirando.

_ Tudo bem? _ Pergunta.

_ Nem tudo. _ O sinal toca e o professor entra na sala.

No intervalo, demoro um pouco para sair da sala. Enquanto ando pelos corredores, percebo o olhar da maioria em mim e os cochichos inaudíveis de alguns.
Entro no banheiro feminino e lá estava Paloma e Bruna. No espelho, um recado.

" Sabiam que a filha do diretor - Isabella - é madrasta do filho do professor Ruan e ela detesta o menino"

Sorrio de lado e encaro as duas de braços cruzados.

_ Isso é falta de namorado para dá carinho, só pode. _ Falo sorrindo, mas por dentro queria esfregar seus lindos rostos rebocados no chão do banheiro.

_ Quê isso, Isa? Você é minha irmã, só queria que seus colegas soubessem da sua linda vida. _ Diz Paloma.

_ Se enxerga, garota. Você não é e nunca será minha irmã. _ Falo um pouco alto _ E você Bruna, não imaginei que fosse tão ridiculamente ridícula para chegar a esse ponto de baixaria.

_ Não vem querer nos culpar não. Vai gritar com o filhinho do seu namorado, vai. Desconta toda essa raiva nele, você nem gosta do garoto mesmo. _ Ela estava querendo me provocar e estava conseguindo.

_ Vocês não perdem por esperar. _ Dou as costas.

_ Ah, amiga. Esqueci da melhor parte. A ex do professor Ruan mora com ele, são uma linda família feliz. Pai, mãe e filho. _ Ouço a voz de Paloma e viro novamente para elas.

_ Não aguento mais você, Paloma. _ Vou para cima dela a puxando pelos cabelos, jogo a mesma no chão com toda a minha força e começo a lhe bater com toda a vontade. Pelo visto, Paloma não sabia se defender, apenas gritava. E Bruna não sabia o que fazer, achou que eu não chegaria a esse ponto.

Assim que me dou por vencida, saio de cima de Paloma a deixando encolhida no chão.
Arrumo meus cabelos bagunçados e olho para Bruna.

_ Vai continuar me provocando? Você é a próxima da minha lista. _ Falo ameaçadora.

_ Eu não tenho medo de você. _ Me enfrenta. Sorrio de lado _ Vou contar para todos o que você fez e que é uma chifruda. _ Ameça.

_ Você não seria capaz.

_ Duvida? _ Afirmo com a cabeça _ Ruan vai amar saber que a namorada dele é uma selvagem. Vai te largar no primeiro instante e assumir o namoro com a ex. Vai casar com ela e viver feliz com sua esposa e seu filho.

_ Eu não vou ficar aqui ouvindo essas suas baboseiras. _ Faço jeito de sair.

_ Espera aí, querida. _ A olho _ Quando isso acontecer, não se preocupe. Eu vou ficar do seu lado. Entendo que se comporte feito essa selvagem por ter matado a sua mãe. _ Agora ela pegou pesado.

_ Você não sabe do que está falando. _ Me aproximo dela.

_ Ah, desculpas. Você é traumatizada, não aceita o fato de ter matado a morte da sua mãe. _ Dá ênfase na palavra "matado".

_ Você não sabe do que está falando. _ Repito.

_ Sei sim, sei muito bem. _ Não aguento mais ouvir a sua voz.

_ Cala essa sua boca garota.

_ Vem calar. _ Pelo bem dela, não devia ter dito essa frase.

Seguro em seu pescoço com força, Bruna começa a ficar sem ar. A jogo em direção a uma das cabines que estava fechada, com a força que foi arremessada a porta se quebra.
Me aproximo dela, começo a chutar seu corpo sem nem me importar com seus gritos. Subo em cima dela e começo a bater em seu rosto, desconto toda a raiva que sentia por ela.

Estava tão cega de raiva que nem percebi que a Paloma havia se levado e ido chamar alguém. Só percebo quando meu pai me puxa para longe de segura meus braços para que eu me acalme.

Logo em seguida, Ruan entra no banheiro acompanhado de outros professores que me olham abismados. Me olhar se encontra com o de Ruan, me solto do meu pai e saio do banheiro não ligando para ele me chamando.

_ O que houve, Isa? Que alvoroço é esse no banheiro? _ Natan pergunta se aproximando de mim.

_ Ai que raiva, Natan. _ Cruzo os braços e olho para o nada.

_ O que foi? _ Ele quis saber.

_ Deixei a raiva me subir a cabeça e acabei dando uma surra em Bruna e Paloma. _ Falo e ele me olha surpreso.

_ Isso explica seu pai está vindo em nossa direção bufando de raiva. _ Natan diz e olho para onde ele olhava.

_ Poupe sua saliva, já sei o que vai dizer. _ Encaro meu pai _ Isabella Mendes, para a minha sala agora. _ Tento imitar sua voz, o que não sabe muito como esperado.

_ Sem gracinhas, você está encrencada demais. Vai logo. _ Reviro os olhos e sigo para sua sala.

A Filha Do Diretor (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora