Capítulo 11

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A alegria me invadiu por inteiro quando escutei do médico que estava de alta. Queria tanto voltar para casa, para minha rotina normal. Nunca pensei que sentiria tanta falta de tudo.

Me jogo no sofá assim que entro em casa e meu pai sorri sentado ao meu lado.

_ Quanto tempo fiquei no hospital? _ Pergunto sem o olhar.

_ Quase duas semanas. _ Responde mexendo em meu cabelo.

_ Nossa...

_ Não sei se essa é a melhor hora, mas queria saber algo. _ O olho.

_ O quê? _ Pergunto.

_ Você e Natan, o que há entre vocês? _ Fico meio surpresa com a pergunta.

_ Bem... Nada, eu acho. _ Respondo.

_ Você acha? Quer dizer que não tem certeza?

_ Não sei... É, não... Nós não temos nada. _ Me olha desconfiado _ Por que a pergunta?

_ Por nada, só que achei estranho o jeito como ele te tratou durante esse tempo. Até esqueceu um pouco da namorada. _ Dou de ombros _ E Ruan?

_ Sei lá, pai. _ Suspiro _ Estou confusa. _ Ele beija minha testa.

_ Não vou mais te incomodar com esse assunto. _ Que bom _ Vai tomar uma banho, tirar esse cheiro de hospital horrível. _ Sorri divertido.

_ Você também não está cheirando bem. _ Falo levantando _ Olha que assim Fernanda não volta hein. _ Dou risada da cara dele e subo para meu quarto correndo.

Depois de um bom e relaxante banho, deito em minha confortável cama e durmo tranquilamente.
Acordo no meio da noite com minha barriga roncando. Faço um lanche rápido e volto a dormir. Acho que estava muito cansada mesmo.

(...)

_ Bom dia, Bella. _ Diz meu pai abrindo as cortinas do quarto.

_ Fecha isso, pai. Me deixa dormir. _ Peço sonolenta.

_ Nada disso, você já dormiu demais. _ Senta na minha cama e acaricia meus cabelos _ Anda vai, acorda. _ Suspiro irritada e sento na cama.

_ Feliz? _ Ele sorri.

_ Muito. Pode ir se arrumar, vamos para a escola. _ Diz levantando.

_ Mas já? Saí ontem do hospital.

_ Já sim. Ficamos quase duas semanas fora, temos que voltar a rotina o quanto antes. _ Bufo.

_ Tudo bem, você é quem manda. _ Levanto e vou até o banheiro. Depois de tomar banho, colocar o uniforme e tomar café da manhã, vou com meu pai para a escola.

_ Caso você se sinta mal, me procura tá? _ Diz.

_ Tudo bem, pai. _ Falo.

_ E nada de discussões, brigas, estresse, por favor. _ Pede.

_ Certo, pai. _ Respondo _ Não precisa se preocupar, ok? Eu posso me cuidar sozinha. _ Falo parando em sua frente. Meu pai acaricia meu rosto.

_ Eu sei que pode. _ Beija minha testa e sorri _ Vai para a sala, até mais minha princesa. _ Abro um sorriso em resposta e vou para minha sala.

Sento em meu lugar, como de costume. Não demora muito e Natan chega também.

_ Já voltou? Pensei que fosse descansar mais um pouco. _ Diz ele e beija meu rosto.

_ Bom... Sou a filha do diretor, não é? A escola precisa do diretor aqui e eu preciso do meu pai por perto.

_ Estou feliz que está aqui. _ Sorri.

_ Eu também estou. _ Ficamos nos olhando e sorrindo por poucos segundos, até que o professor entra na sala e nos interrompe.

_ Bom dia, alunos. _ Diz Ruan olhando diretamente para mim e para Natan.

_ Acho que ele não está de bom humor. _ Diz Natan baixo e sorrio de lado _ Mal sabe ele que não foi o único a beijar esses lábios apaixonantes que só você tem. _ Sussurra no meu ouvido e acabo engasgando com o ar.

Ruan se aproxima de mim rapidamente enquanto não paro de tossir.

_ Isa, se acalma. Respira. _ Sua expressão demonstrava preocupação. Consigo me controlar um pouco.

_ Está tudo bem, Mo... quer dizer, professor Ruan. _ Falo assim que paro de tossir.

_ Que bom. _ Se afasta voltando para sua aula, mas não tira os olhos de mim.

_ Cara de pau. _ Sussurro para Natan sem o olhar.

A Filha Do Diretor (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora