Capítulo 18

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Sento em uma das cadeiras em frente à meu pai, Paloma e Bruna estavam ao meu lado. Ruan e mais um professor se encontravam na sala caso a conversa saia de controle, eles estavam em pé próximo da porta, ou seja, atrás de nós três.

_ Vamos lá, me contem o que aconteceu. _ Bruna e Paloma começam a falar sem parar se fazendo de vítimas _ Meu pai pede irritado e elas se calam _ Uma de cada vez. Paloma, comece.

_ Eu e Bruna estávamos conversando no banheiro quando a Isabella entrou e começou a nos culpar pela pichação que fizeram no banheiro. A gente disse que não tinha nada a ver com isso e ela quis nos obrigar a confessar algo que não tínhamos feito. Por isso nos bateu. _ Termina de falar quase chorando.

_ Tudo bem, Bruna agora. _ Meu pai suspira.

_ Foi exatamente assim como Paloma disse. Ela bateu primeiro nela, eu fiquei assustada, não sabia o que fazer. Quando se deu por satisfeita, veio até mim. Pedi que não fizesse isso, que nós não tínhamos feito nada, falei para pensar no que o senhor, como pai dela, acharia. Mas Isabella nem me deu ouvidos. Começou a me bater e foi quando Paloma recuperou a força e foi pedi ajuda. _ Bruna completa a história da amiga. Assim que ela termina de falar, meu pai me olha.

_ Sua vez, Isabella. _ O encaro por uns instantes _ Não vai falar nada?

_ Você já tirou suas próprias conclusões, ainda quer me ouvir? _ Pergunto.

_ Não me venha com essas suas provocações, achei que essa fase já tivesse passado. _ Reviro os olhos _ Pode começar a falar. _ Suspiro.

_ Vocês me conhece a quanto tempo? _Pergunto o deixando surpreso.

_ Dezesseis anos, nove meses, duas semanas e três dias. _ Sorrio.

_ Se me encontrasse naquela situação, sem ouvir as duas únicas testemunhas, o que pensaria? _ Arqueia a sobrancelha.

_ Que você teria uma ótima explicação para tudo.

_ Não era essa a resposta que eu esperava. _ Falo baixo.

_ Pode começar, não me faça perder o resto da minha paciência. _ Suspiro.

_ O que quer que eu fale? O que todos querem ouvir, ou o que realmente aconteceu? _ Pergunto.

_ O que aconteceu, rápido Isabella.

_ Entrei no banheiro, lá estavam elas conversando e o recado escrito no espelho. Nós discutimos, quanto eu estava saindo do banheiro Paloma falou algo a mais que me fez perder toda a noção e voltar para lhe dá uma surra. _ Suspiro.

_ E o que foi que ela disse? _ Pergunta meu pai. Olho para Paloma, ela imaginou que eu não falaria a verdade, já que sempre foi assim.

_ Ela disse que esqueceu de escrever que a mãe do filho de Ruan mora com ele e que são uma família perfeita. _ Falo.

_ E isso te irritou ao ponto de bater na Bruna e na Paloma? _ Meu pai questiona.

_ Não, só em Paloma. _ Olho para Bruna, me encarava confiante _ Bruna ficou paralisada, quando falei com ela, a "ameacei", se foi isso que ela pensou, Bruna me disse que Ruan terminaria comigo assim que percebesse a selvagem que eu sou. _ Sorrio _ E que ele assumiria o namoro com a ex, se casaria com ela e formariam uma linda família junto com o filho deles. _ Olho para Ruan atrás de mim e logo volto o olhar para meu pai _ Não satisfeita com isso, Bruna falou que me entendia, que eu sou uma selvagem porque matei minha mãe. Foi por isso que bati nela.

_ Isso é tudo invenção dessa garota para nos prejudicar. _ Diz Bruna e reviro os olhos.

_ Você vai acreditar nela, pai? _ Paloma pergunta e todos olhamos para ele com expectativa.

_ As três estão suspensas por uma semana. _ Diz _ Bruna e Paloma vão para a enfermaria cuidar desses machucados, Carlos acompanha elas. _ As duas meninas levantam e vão acompanhadas pelo professor _ Ruan senta aqui ao lado de Isa. _ Meu pai pede e ele vem _ O que acham dessa situação toda?

_ Não acho nada. _ Respondo.

_ Eu sinto muito ter ocasionado essa situação, não era a minha intenção. _ Diz Ruan.

_ Sei que não era, ninguém aqui está te culpando de nada. _ Meu pai diz _ Eu só peço que evitem misturar os problemas pessoais com a escola. Vocês sabem como foi difícil convencer os pais que um relacionamento entre uma aluna e um professor não interferiria em nada na escola.

_ Tudo bem, não vai mais se repetir. _ Levanto para sair.

_ Não vai mesmo. Aliás, a porta do banheiro vai ser trocada com a sua mesada. _ Saio da sala sem dizer mais nada.

A Filha Do Diretor (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora