Prólogo

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Silêncio! Era o único som que se ouvia naquele lugar. Mas ele estava lá, esperando a chegada do grupo na sala amarela, onde várias cadeiras se espalhavam pelo pequeno cômodo. Aos poucos homens iam chegando, atrasados, inventando desculpas como "foi o transito", "perdi o ônibus" e por aí vai.
A diversidade era grande, padeiros, advogados, arquitetos, aposentados, pobres e ricos de diversas cores e raças. Ele observava cada homem atentamente enquanto o responsável pela reunião começava a explicar o que aquele universitário fazia ali.

Eles o encaravam apreensivos, confusos e o burburinho estava prestes a começar. O estudante tentava demonstrar alguma simpatia e explicava novamente o motivo de estar na reunião. Não esperava aquela reação dos participantes. Sabia o que se passava dentro de cada um, mas vê-los dessa maneira era completamente diferente. Aquela realidade o chocou e ao mesmo tempo percebeu a verdade que ninguém enxergava.

Não eram monstros que estavam ali, eram homens que enfrentavam sérios problemas psicológicos e precisavam de ajuda.

Ele começou a escutar a história de cada um. Elas se chocavam entre si, os sentimentos, o descontrole, a raiva... Seus pensamentos voltaram ao dia em que nunca quis viver. A dor daquele passado ainda o perseguia, havia as consequências, lutava contra si mesmo todos os dias e ainda havia a esperança de reencontrar aquele a quem havia destruído. Não importava o tempo que passasse, apenas esse reencontro o libertaria. No entanto, o que aconteceria depois?


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