capítulo 11

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Rebeca

Se me orgulho do que fiz?

Não, não mesmo, mas não é como se eu estivesse o iludindo. Entretanto ainda assim parece algo tão egoísta.

- Quem que você acha que vai sair hoje?

E por que esse sentimento de culpa me invade? fazendo me sentir tão angustiada.

- realmente não tenho ideia - falo distraidamente.

Eu deveria parar com essa palhaçada?

- sabe levando em conta que a Agnes quase saiu semana passada, me faz acreditar que dessa vez vai ser ela.

Com certeza onde já se viu, ficar com uma pessoa sem a mínima vontade.

- O que você acha ? - olho pro meu amigo.

- hã?

Ele suspira e balança a cabeça negativamente.

- você anda muito nas nuvens esses dias.

- Quem dera se fosse nas nuvens - digo melancólica.

Tay me puxa para um abraço desajeitado, estamos em sua cama.

- o que está acontecendo minha diva?

Penso em contar tudo, mas inevitavelmente sinto vergonha.

- não é nada Tay, só estou entediada não tem nada pra fazer nessa casa - o que não é de todo mentira - sem falar que os poucos livros que trouxe já li todos.

- se eu não te conhecesse acreditaria - bagunça meus cabelos carinhosamente- então me diz.

- não posso - digo baixo.

- nem se for em troca de uma barra de chocolate branco?

Saio de seu abraço e fico de joelhos em frente à ele, que está encostado na parede.

- você não seria capaz de fazer isso comigo - ele sorrir abertamente - não é?

- por quê você acha que eu trouxe tantos chocolates se nem ao menos gosto deles - pergunta com uma sobrancelha enguirda.

- por quê você me ama? - pergunto incerta.

- também, mas confesso que as coisas são muito mais fáceis em relação a você com eles por perto. - o olho incrédula.

- Isso é errado - digo chatiada - não se compra a melhor amiga!

- então quer dizer que você não quer o chocolate que você mais ama no mundo?

- não...quer dizer quero! - ouço sua risada contagiosa e acabo sorrindo também - me dê - exijo.

Tay balança a cabeça várias vezes ainda sorrindo.

- qual é o nome dos seus problemas? - pergunta ao me encara subitamente sério.

- o que lhe faz pensar que ele tem nome? - questiono enquanto sento em posição de índio e cruzo os braços, com uma feição emburrada.

- primeiro que nada te tira do sério tanto quanto pessoas - enquanto fala vai enumerando com os dedos - segundo a única pessoa capaz de tal proeza nessa casa tem nome e sobrenome.

Suspiro alto derrotada.

- promete que não vai surtar?

Seus olhos brilham de curiosidade, ao mesmo tempo em que melhor se ajeita sobre o colchão.

- prometo Becca - o olho incerta e ele cruza os dedos indicadores logo após os beijando.

- a Agnes...ela meio que...que me beijou- desembucho de uma vez.

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