Capítulo 16 " Caminhos de volta"

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  Algo a desperta, algo a toca na mão enfaixada, e algo está trocando seu curativo, mas seus olhos que tendem a mante-se-em fechados como se tivesse uma pedra em cima de suas pálpebras, fazendo com que se fechem a todo o momento e deixando suas vistas confusas.  Esse algo, era alguém, cujo usava uma blusa escura,parecia não ter rosto, ela não conseguia vê-lo, e a escuridão voltava a todo momento, o breu, como se tivesse uma venda em seus olhos. Ela adormece novamente, e a cada despertar, sua visão ainda não se estabelecera. 

 — Você precisa se alimentar — Disse uma voz doce feminina, que ela Helena não reconhece. — Se levante um pouco, querida.

— Quem é você? — Helena pergunta, enquanto tenta se sentar e tocar suas costas na parede da cabeceira, sentindo o corpo pesado e lento.

— Por ora isso não é importante, querida, mas pode me chamar de Naná, é assim que me chamam por aqui.

— Onde estou?

— Está em lugar seguro e sendo cuidada, só isso você precisa saber. Está sentindo dor?

— Um pouco na mão e na cabeça. O que aconteceu?

— Você caiu na neve, bateu a cabeça contra uma árvore. Não se lembra de nada?

— Só me lembro de ter caído...

— Pois agora está sendo bem cuidada aqui, não se preocupe. Agora coma essa sopa, você está fraca.

— Tinha uma pessoa aqui mais cedo, acho que era um homem. Quem era ele?

— Depois você saberá. Apenas coma agora e depois conversaremos.

Suas vistas ainda estavam confusas, como uma névoa á sua frente que a impedia de ver com nitidez tudo o que estava ali, conseguia apenas ouvir o tilintar dos talheres e sentir os toques da mulher que lhe servia sopa quente.

— Vou diminuir a luz do quarto, vejo que incomoda a sua visão.

— Por que minhas vistas estão assim?

— Não sabemos. Um médico veio aqui para avalia-la, disse que isso poderia acontecer devido a sua queda, você bateu a cabeça na árvore, pode ser uma sequela temporária, não sei. Vou relatar isso ao chefe.

— Chefe, quem é o chefe?

— Coma primeiro, depois você terá a oportunidade de saber tudo o que quiser.

— Eu saí de uma casa de campo, havia um invasor, ele me seguiu então eu corri... foi onde eu caí. O que aconteceu com eles, os caseiros? O chefe é o invasor? Preciso saber, Naná...

— Se acalma, logo saberá tudo o que precisa. Coma tudo e depois peço ao chefe para falar com você, confie em mim. Você precisa se alimentar, está fraca e se recuperando.

Helena obedece à mulher, e quando termina com a sopa, insiste que Naná peça para o tal chefe falar com ela, contar o que aconteceu na casa de campo, se ele era o invasor e porque estava ali. Naná promete que atenderia ao pedido dela, se despedido e fechando a porta do quarto que rangia sutilmente.

Horas se passam, e ela se deita, cansada de esperar. Tinha esperanças que o homem misterioso aparecesse mais rápido, mas parecia que isso não iria acontecer naquela noite. Passa mil coisas em seus pensamentos, várias possibilidades, várias cenas possíveis e sentia preocupação com os caseiros, a Sra. Claire e Sr. Lincon. "O que será que aconteceu com eles?" Só queria acreditar que estavam bem, precisava acreditar nisso.

Quando seu corpo não consegue mais se manter desperto e seus olhos começam a se entregar ao cansaço, o silêncio da noite é interrompido com o rangido da porta se abrindo e fechando, ela tenta abrir os olhos com a mesma névoa em suas vistas tentando enxergar e saber quem estava ali, apenas ouvi os passos e sente alguém próximo a tocando na mão.

Meu milionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora