Capítulo 9 "Acreditar"

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  Seis da manhã, e a cidade já está alerta com seus bips sonoros de ambulâncias e policiais na redondeza. O seu novo apartamento pouco decorado e despreparado para receber qualquer visita ainda guardava o cheiro das paredes recém pintadas. Caixas por todo lado, roupas espalhadas no quarto de hóspedes, que esperavam serem guardadas com mais cuidados no novo closer, pequeno, mas o suficiente para todas as suas coisas. Helena toma um banho e toma o seu desjejum. Olha para o relógio e pega sua maleta com os documentos do trabalho, abrindo a porta e e a fechando em seguida, e vai para o elevador. Enquanto o elevador desce, ela se olha no espelho. Seus cabelos presos em um coque, os olhos verdes fixos em seu reflex. Ela ajeita seu blazer e concentra sua atenção na sua maleta. 

  Ela segue para a garagem, seu novo carro recém comprado com a ajuda do Sr. Alex Davis que fora atencioso durante as negociações, além de toda a mudança do apartamento. Sim, os dois estavam mais próximos. O detetive era uma homem atraente, com seus 40 e poucos anos, parecia solitário e isso poderia ser uma característica da sua profissão. Ela abre a porta do carro e entra, dando partida no motor e sai do prédio. A sensação de liberdade era algo que ela não sabia descrever, mas ainda se sentia insegura. Se mudara de apartamento com a esperança de ter a segurança de volta mas sempre sentia que estava sendo observada, isso a deixava um pouco nervosa.

  Ao se mudar para o novo apartamento, o detetive lhe presenteara com um spray de pimenta. Cogitara dar uma arma a ela, mas achou que fosse inviável, já que ela não sabe usar.  Esperava que isso fosse suficiente para mante-la segura por algum tempo. No entanto, o detetive disponibilizara alguns policiais a paisana para deixa-la protegida.

  Em sua sala na Intense, ela senta enquanto deixa sua maleta na mesa, e sua secretária logo bate a porta.

  — Bom dia, Helena. 

  — Bom dia. 

   — Aqui está todos os seus horários de hoje. E uma pessoa te ligou logo pela manhã, assim que cheguei ao escritório. 

  — Quem ligou?

  — Não se identificou, mas foi algo esquisito.

  — Como assim?

   — Era um homem, de voz um pouco abafada, não sei... quis saber se você já tinha chegado. Eu respondi que ainda não. Depois desligou.

  —  Estranho.

  — Sim. Se voltar a ligar eu te aviso. O detetive que veio aqui outro dia também te ligou, disse que viria mais tarde. 

   — O Alex Davis?

  —  Sim.

  — Está bem. Obrigada. 

  Assim que a secretária sai da sala, Helena se concentra nos papéis que camila lhe entregara. Depois volta a sua atenção para o detetive Alex. O que será que ele queria dessa vez? Não adiantava mais brincar de adivinha, parece que ele mesmo gostava de brincar com sua mente toda as vezes que a visitava ou a procurava. 

  O dia segue tranquilo, as reuniões emergentes sendo realizadas. Notícias na mídia sensacionalistas sobre o desaparecimento de Daniel  fez  com que a revista deixasse de ser anônima em alguns países, tornando- a mais famosa do que antes. Isso a incomodava. Surgiam boatos maldosos em relação ao desaparecimento do seu amado.

  Assim que sai da última reunião da tarde, Camila lhe avisa que o detetive está em sua sala. Helena entrega alguns papéis a ela e segue direto para seu escritório. O detetive Alex estava sentado, analisando algumas anotações em seu bloco de forma mais concentrada do que nunca. Ela nunca o vira tão tão distraído como agora.  Assim que ele percebe a sua presença, se levanta para cumprimenta-la.

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