Evidências

💐 Descobertas cap. 11*

Acordar e ver que ainda estava no quarto do estranho me fez sorrir, depois do Antônio nunca mais dormi a noite toda com alguém na mesma cama, tirando o meu filho Bruno, mais nenhum homem.
Foi estranho me sentir assim de novo e estava com um sorriso bobo no rosto, até que me virei e encontrei um bilhete. Ler ele me fez ver o que realmente foi nossa noite e acabei me levantando em um pulo, juntando as minhas coisas e indo embora, eu pedi isso e não era justo ficar brava ou chateada com ele.
Entrei no quarto e a Maria já estava pronta pro café e me ver vestida com as roupas da noite anterior fez ela sorrir.

— Vejo que você não dormiu em casa mocinha!!??- Ela disse isso no tom de um pai, mas sorria.

— Me desculpe mamãe, estava trepando com um gostosão. — Ela gargalhou.

— Faz tempo que não vejo você dormir com alguém Lina, está tudo bem??— Ela pareceu ficar seria.

— Está sim Maria, vou tomar um banho rápido e vamos descer pra tomar o nosso café.— Ela assentiu e sem dizer mais nada eu fui rumo ao meu quarto.

Já sozinha no banheiro parei pra pensar na noite que tive e mais uma vez sorri. Não poderia negar que ele tinha feito a minha noite diferente, um homem mais novo do que eu me surpreendendo em relação ao sexo?? Sempre esperei isso dos mais velhos, mas nem sempre eles me davam e agora um mais novo me deu, era surpreendente como ele se portou a noite, pelo visto ele era bastante entendido do assunto.
Tomei um banho rápido e sai, a Maria estava me esperando e eu não poderia deixar ela esperando mais.
Descemos e ela me fez contar tudo, tudo mesmo, mas eu acabei me reservando ao direito de algumas coisas não contar.
Rimos bastante e comemos muito mais.
Resolvemos que iríamos ficar nas piscinas do hotel e acabamos relaxando em um SPA, depois de uma noite de vários orgasmos uma massagem daria o toque final.
Passamos o dia curtindo e relaxando e a noite combinamos que ela iria fazer parte do jogo comigo e lá estavamos na mesa do Black Jack e pra nossa sorte estavamos ganhando.
Depois de um bom tempo um lindo rapaz se aproximou e pareceu se interessar por mim, claro que eu não deixei passar e a Maria também não.
Ela acabou indo pro quarto e eu mais uma vez fiquei sozinha, mas dessa vez iria aproveitar.
Ele me levou até o bar e eu pensei que a noite seria uma criança, só que mais velha, se é que me entendem??!!
Sentamos em uma mesa e começamos a conversar, o ruim foi que ele só falava o quanto ele era bom em tudo e não me perguntava nada, nada mesmo. O assunto era apenas sobre ele e isso já estava me deixando cansada.
Debrucei na mesa e de tempos em tempos eu apenas balançava a cabeça nem olhava mais pra ele.
E o pior era que ele não percebeu que estava entediada com a conversa dele, várias vezes eu tentei me levantar pra sair, dei várias desculpas, mas ele dava um jeito de me fazer sentar. Minha noite tinha acabado de se tornar um desastre.
Me levantei e disse que estava apenas indo no banheiro e ele se levantou e foi comigo, queria saber qual era o problema desse cara.
A fila estava grande, o que não era nenhuma novidade. Pensei que poderia dar a desculpa de estar passando mau, mas essa eu tinha certeza de que não iria colar.
Ele ficou todo tempo se esfregando em mim e todas as vezes que ele dava sinal de que iria me beijar eu virava o rosto. Pensem em um cara mala!!! Ele era pior... Onde eu tinha encontrado ele?? Nem eu me lembrava mais.
O pior de tudo era que eu ainda estava sã.
Voltamos pra mesa e mais uma vez ele veio com o mesmo assunto... Ele... Bufei, me virei, escondi o rosto debruçada na mesa, o meu tédio estava em escalas Harvard, se é que isso existe.
Foi aí que tudo mudou, escutei alguém dizendo com uma voz bastante afetada.

— Menina!!! Não acredito que te encontrei aqui!!!— Levantei meu rosto e vi o Estranho fazendo pose de gay e olhando pro idiota sentado na mesa com fome. Tive vontade de rir, mas ele continuou.

— O que foi??!! Não se lembra mais de mim??!! Depois que eu peguei seu último ficante, não vai mais falar comigo??!— Ele colocou as duas mãos na cintura e esperou que eu respondesse.

— Que isso!!! Claro que não!! Ele era apenas mais um, sabe disso querida!!! — Puxei bem o querida. Me levantei e abracei ele e ele sussurrou.

— Vim te salvar, só vai na minha que eu te tiro dele.

Eu queria dar uma grande gargalhada, mas não podia e então ele continuou, se virou de frente pro idiota e disse...

— Quem é esse gostosão Colina!!!— E lá estava o apelido de novo, teria que descobrir o que significava esse negócio.

— É meu novo peguete, o que achou??— Ele deu volta na mesa chegando bem perto e disse.

— Gostei muito!! Estou pensando que vou tirar ele de você!!— Ele se abaixou e cheirou o idiota. Isso mesmo cheirou, se levantou e continuou.— E cheiroso ainda!!! Perdeu Colina!!! — E começou a passar a mão em seu ombro, em seu peito e o idiota se levantou em um pulo.

— Não vai fazer nada!!??— Ele me perguntou parecendo desesperado.

— Me desculpe, mas quando ela coloca os olhos em alguém que gosta ninguém segura, nem mesmo eu!!— Ele arregalou os olhos enquanto o Estranho passava a mão nele.

— Me desculpe gata, mas me lembrei que já tinha um outro encontro marcado. — Ele saiu correndo da mesa e eu olhei pro Estranho e caímos na gargalhada.

—Você não existe estranho.— Ele parou de rir e me olhou sério.

—Estranho??!! — Eu dei de ombros.

—Você me chama de Colina, nada mais justo. — Ele sorriu.

— Justo... Ainda sem apresentações??

— Eu ainda quero manter o clima de enigma. — Ele alargou ainda mais o sorriso.

— Por mim tudo bem Colina, eu gosto de mistérios.