🏨O que fazer??⚜️ cap. 28*

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Os cinco dias se passar em passos de tartarugas, sem contar que eu sempre estava seguindo a Lina. Não consegui ficar longe dela.
No dia combinado eu fui até o médico, ele estava me esperando com o resultado.
Entrei, me sentei e ele me mostrou um envelope.

— Aqui está o resultado do seu exame, quer abrir ou eu abro??!! — Ele ainda balançava o envelope.

— Não sei se vou conseguir ver, pode abrir doutor. — Eu estava me sentindo muito ansioso e não sei se conseguiria entender o que estava escrito.

Ele abriu e pareceu olhar tudo o que estava escrito, mas a minha ansiedade estava tipo Harvard, não consegui esperar.

— Então doutor??? O que diz aí??? Posso ou não posso ter filhos.— Ele sorriu.

— Você pode ter filhos sim Pedro. — Eu não sabia se sorria ou se chorava.

Me levantei e com os olhos arregalados e perguntei.

— Sério??!!

— Sério!!!

Fui até ele e tirei todas as minha dúvidas, inclusive eu queria saber como isso seria possível??
Ele me explicou que como eu tive a doença ainda quando estava na puberdade, pode ser que quando o processo terminou tudo se regularizou.
Estava de consciência tranquila em relação as outras mulheres que me acusar de estar grávida, eu sempre me protegia e mesmo assim fazia o teste de DNA. Mas com a Lina tudo era diferente, eu queria esse filho e estava feliz em ter certeza de que era meu.
Peguei o papel e fui até a minha irmã, ela teria que rever o conceito sobre a Lina.

— O que faz aqui?? — Ela estava em sua sala resolvendo as coisas da empresa.

Coloquei com cuidado o papel em cima da mesa, parecia que se eu jogasse pelo ar ele iria desaparecer. Fui até uma das vidraças enormes da sala dela e olhando pra fora disse.

— Fiz o exame Inês... — Escutei ela se mexendo.

— E??!! — Me virei pra ela e revelei sem respirar.

— Posso ter filhos!!! — Ela arregalou os olhos e se levantou.

— Como é que é?!!!

— Isso mesmo o que você ouviu!!! Eu posso ser pai!!! — Ela parecia desacreditar.

— Não pode ser!!! É verdadeiro isso!!??

— Pode olhar se quiser...

Ela pegou o papel em cima da mesa e correu os olhos por todo o papel.

— Parece ser verdadeiro.

— Pode ter certeza que é... — Fechei meus olhos e não poderia esperar mais pra saber. — Alguma vez você alterou o resultado dos DNAs que eu fiz??!! — Abri meus olhos e esperei. Ela respirou fundo.

— Não, isso eu nunca precisei fazer, sempre pensei que você era estéril e nunca precisei fazer nada a esse respeito. Não posso negar que já dei muito dinheiro pra algumas pra poder te deixar em paz, mas os exames sempre foram verdadeiros!!

Eu estava aliviado. Saber que ela nunca fez nada ilegal pra me ajudar me deixou mais tranquilo.

— Sabe que vai ter que pedir desculpas pra Lina, não sabe??!! — Ela se virou de costas e suspirou.

— Eu sei... Mas não pense que está livre de fazer mais um exame.

— Vai querer que a Lina faça o exame do meu filho!!! Sabe que ele é!!! —Ela se virou pra mim e me deu um sorriso sem graça.

— A Lina não, dela eu sempre soube que era seu, não sei como, mas eu sempre soube.

— Então o que está acontecendo??? — Ela começou a torcer os dedos.

— A Cassandra me procurou e disse que está grávida e que é seu!! — Eu estava sem o meu chão e caindo em um abismo sem fundo.

Passei minhas mãos em meus cabelos.

— Ela disse!!! — E ela mais uma vez assentiu.

— Disse... E quer que você se case com ela, por ter usado ela e a deixado no hotel.

— Isso é um absurdo!!!

— Eu sei... Mas vai ter que fazer outro exame de DNA e dessa vez eu vou estar de cima pra não ter problemas.

Eu saí do escritório sem rumo e quando vi estava na porta da casa da Lina.
Bati e então tudo mudou, ela estava recebendo um cara que se diz primo e eu nem sabia que ela tinha família.
Acabei sendo expulso e se já estava atordoado, imagina agora.
De início pensei que ele poderia ser alguém que tinha entrado na vida dela e estava tentando me tirar os dois da minha vida, mas depois que ele disse quem era eu tentei falar com ela, mas era tarde demais.
Fui até o meu apartamento e tentei relachar, estava sendo difícil saber que deixei a Lina sair da minha vida por causa das armações da Cassandra, mas também estava doido pra desmascarar ela, se o exame toxicológico estiver certo a Cassandra não poderia estar grávida de mim, não poderia ter como a gente ter transado, segundo os médicos a quantidade de remédio não conseguiria matar nem uma tartaruga.
Pensei muito e então uma ideia me surgiu.
Liguei pra Inês e contei pra ela e ela parecia ter gostado da ideia.
O meu exame não tinha vazado e pelo o que eu sei todos sabiam que eu era estéril, iria usar isso com ela.
Os dias passaram e várias vezes me peguei em frente a  porta da Lina tentando me explicar, mas não conseguia.
Em um desses dias estava ensaiando pra bater e ela abriu, parecia que a Maria estava de saída e me pegaram em frente a sua porta.
Vi que a Maria sorriu e que a Lina bufou, mas aproveitei a chance e sem esperar falei.

— Eu preciso falar com você. E antes que me diga que não tem nada pra dizer eu te digo que não quero que me diga nada e sim que me ouça.

— Deveria ouvir o que ele tem a dizer Lina!! — A Maria acabou dizendo e se virando e dando um beijo no rosto da Lina e se despedindo. — A gente se fala amanhã, não quero te atrapalhar. — A Lina segurou em seu braço.

— Você não vai fazer isso comigo Maria, não vai me deixar com ele, já tentou isso e sabe que não deu certo da outra vez. — A Maria pegou na mão em que a Lina estava segurando o seu braço e com um sorriso ela disse.

— Sabe que sou sua única amiga e sabe que eu quero só o que é bom pra você, não sabe?? — A Lina assentiu. — Sei que você não quer falar com ele e tem toda a razão, mas também sendo sua amiga sei que você precisa disso, precisa dar um fim a esse assunto. — Ela alargou o sorriso. — Ou um começo novo.

A Lina tirou sua mão do braço dela e suspirou e assentiu.
Com isso ela passou por mim e sem dizer nada a Lina me deu passagem pra entrar em sua casa.

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