Acabei ficando no hospital mais do que queria, a Inês é muito exagerada, em tudo...
Uma semana se passou, não sabia muitas coisas sobre a Lina, ela não me ligou e eu não tentei ligar, a Maria não deixou, disse que eu precisava dar um tempo e todas as vez s que ela conversava com a Maria eu estava perto e sempre perguntava sobre ela e a Maria sempre me respondia que ela precisava de um tempo.
Voltamos pro Brasil e fui procurar a Lina, já tinha dado tempo demais, mas quando finalmente vi ela eu me escondi, ela estava um pouco mais magra e com um semblante mais carregado, parecia que tudo tinha se tornado um pesadelo pra ela. Não queria mais ver ela daquele jeito e então resolvi que iria dar mais um tempo.
Todos os dias eu ia até o trabalho dela e ficava esperando ela chegar e sempre via ela do mesmo jeito.
Um mês se foi e descobri pela Inês que o casamento do filho dela estava próximo, acabei deixando o tempo passar demais e agora não sabia como iria me aproximar de novo.
As reuniões que elas tinham sobrenome contrato acabaram sendo sem a minha presença, mas sempre dava um jeito de ver ela de longe.
Sabe aquela história?? Tão perto, mas tão longe?? Esse era o meu caso.
Na sala de reuniões tinha um espelho falso, meu pai tinha colocado pra ver os convidados como se portavam antes dele entrar, meu pai e suas loucuras.
E eu estava usando pra poder olhar pra ela. A Inês sabia, mas pedi pra não contar pra Maria, não custava ela ficar com remorso e contar pra Lina.
Eu sei que não estava certo o que estava fazendo, mas não conseguia ficar longe, ver ela já me bastava, não olhava pra nenhuma outra, só me interessava por ela, só ela me fazia querer respirar. Nunca em minha vida tinha pensado em me apaixonar e agora não me vejo mais sem, ela completa a minha vida.
Estava tendo mais um encontro delas e eu mais uma vês estava atrás do espelho e a algo estava errado.
Vi a Lina sair correndo e eu saí atrás, a Maria me viu sair da sala e eu não me preocupei com nada.— O que está acontecendo Maria?? — Ela estava parecendo perdida.
— O que está fazendo aqui Pedro??
— Fala logo Maria!!! — Acabei falando mais alto do que pretendia.
Ela negou com a cabeça, e saiu atrás da Lina e a Inês parecia querer soltar fogo pelas narinas.
— Pensei que ia ficar escondido Pedro!!
— Eu sei!!! Eu sei!!! Mas ver ela passar mau me deixou preocupado e não pensei.
— E se a Maria contar pra ela?? Tudo vai acabar.
— Eu falo com ela e me explico, tudo vai dar certo, agora me fala o que está acontecendo??
— Eu não sei... Parece que ela está com uma virose...
— já foi em um médico??
— Eu não sei Pedro!!!
— Vai lá e descobre Inês!! Quero saber o que está acontecendo!!
E ela sem pensar saiu da sala e foi até elas. Voltei pra sala e me sentei, demorou uma eternidade pra elas voltarem, a Lina estava muito pálida e a Maria estava preocupada.
Olhei pra Inês e ela pareceu saber o que eu estava pensando e com cuidado fez sinal pra que eu esperasse.
Esperar não é muito o meu forte e saber que ela poderia não estar bem me deixava mau.
A reunião foi mais um tempo e a Lina conseguiu se segurar, a Inês pediu algo pra Lina comer e ela pareceu negar. Algo estava errado e eu não queria esperar.
Estava me levantando pra sair da sala quando a Lina saiu correndo de novo da sala e dessa vez eu não consegui sair, fiquei tão preocupado que acabei paralisando, só de pensar que ela poderia estar passando por algo e eu não estar perto dela me deixou paralisado.
A Maria mais uma vez foi atrás dela e a Inês veio até a sala.— Parece que ela pegou uma virose no casamento do filho.
— Entraram em contato com o buffet??
— Eu não sei Pedro, elas não me dizem muitas coisas.
— Eu não quero nem saber se ela vai ficar brava, eu estou indo lá.
E foi nesse momento que a Maria entrou na sala.
— Eu preciso de ajuda!!! Ela desmaiou!!
Eu não esperei, sai correndo e quando entrei no banheiro vi ela causa no chão.
Peguei meu celular e liguei pra emergência e pedi urgência.
Ela não demorou muito pra voltar e eu estava lá.— O que está fazendo aqui?? — Ela parecia perdida.
— Não se esforce, uma ambulância está chegando. — Ela olhou pra Maria e depois pra Inês.
— O que ele está fazendo aqui?? — Ela falou mais alto.
— Ele está ajudando Lina!! Não se preocupe, apenas espere deitada a ambulância está chegando. — Ela se levantou de uma vez e eu tentei segurar, ela ainda estava tonta.
— Quero ir embora Maria, pode me levar??
— Lina!! Você não está bem já faz um bom tempo, precisa de um médico.
— Espera aí??? Faz quanto tempo que não está bem?? — Eu perguntei.
— Desde... — A Maria começou a responder, mas ela foi mais rápida
— Não importa!!! Quero ir embora!! — Se soltou de mim e começou a caminhar em direção a Maria e mais uma vez tive que segurar ela. — Me solta!! — Ela gritou.
— Não está bem, precisa ir no médico!! — Eu disse já ficando furioso..
— Não te interessa nada da minha vida, agora me deixa!!
— E escutamos os médicos entrarem e começarem a examinar ela e com muito custo ela deixou ser examinada e foi levada ao hospital.
A Maria foi com ela na ambulância e a Inês e eu fomos no meu carro.
Ela foi levada a uma sala e nos fomos juntos.
Todos entramos e os médicos nos pararam na porta.— Apenas a paciente por favor!! — O médico disse e fechou a porta.
— O que estava fazendo na sala Pedro?? — A Maria parecia brava. Ela estava com os braços cruzados esperando uma resposta.
— Eu sempre estou lá Maria, em todas as reuniões.
— Fez isso de propósito??
— Em todas as reuniões eu faço isso Maria, não é só com vocês.
— Colocou o espelho falso pra nós vigiar!?? — Ela parecia inconformada.
— Não!!! Aquilo está desde a época do meu pai. — Ela olhou pra Inês esperando uma confirmação.
— Isso é verdade Maria, foi o meu pai e ele só continuou a tradição. — A Inês tentou brincar um pouco, mas a Maria não entrou na brincadeira.
Ao invés disso ela bufou e se sentou, fazendo com que todos se sentasse e esperasse.
O tempo foi passando e depois de esperar muito o médico saiu da sala. Olhou pra todos e disse...— Ela está grávida!! — Eu apenas sai e fui embora...
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Evidências
RomanceEm uma vida em que os pais poderiam lhe dar tudo, tudo não era o suficiente. Em uma escolha que seria a certa, não foi a acertada. Uma adolecente que tinha tudo pra ser uma mulher extraordinária escolheu o errado e foi excluída pela família e teve q...