Contrato Irreal

16. Manhã sombria

  Jongup saiu do quarto de Jess aliviado. Ela ia ficar bem, o tiro foi de raspão e ela ia despertar bem daqui algumas horas. Mas já não podia dizer o mesmo de Michelle e aquilo o deixava muito mal. Seus amigos estavam sofrendo e aquilo acabava com ele também.

Os Jang pareciam arrasados, mas nenhum estava como o Woohyun.

Ele foi até o amigo que continuava sentado no chão diante da entrada da sala de cirurgia e não disse nada, apenas se sentou ao lado ele e então abraçou o amigo que desabou em um pranto silencioso. Woohyun parecia em choque e quando Up esfregou suas costas solidário, ouviu baixo as primeiras palavras dele desde que o atirador invadiu o casamento.

— Se ela morrer... Eu não posso... Up, cara eu não posso...

— Ei, ela vai sobreviver ok? Ela é uma Campone Woo, ela é forte!

Dongwoo que estava sentado nos bancos laterais se voltou para ele com um olhar de dor que Up sentiu quebrar seu coração também. Podia ser ele e os irmãos, podia ser Jess lá dentro entre a vida e a morte se Michelle mais uma vez não salvasse sua mulher. Ele não sabia o que fazer... Mas não suportava ver a dor nos amigos de infância.

— E-ela...Faz tantas horas Up...

— Ela vai voltar para vocês ok?

Disse mantendo uma fé quase religiosa.

Ele não era o mais forte deles, mas precisava ser... Guk ainda não tinha voltado, mas ele sabia que não ia voltar de mãos vazias, seu irmão nunca voltava. Ele sabia que tinha sido falha da equipe do bufê, Siwon estava naquilo junto dos irmãos, iam pegar todos enquanto Yoongi, Jaeho e Guk estavam cuidando do Dong e dos irmãos.

Os Kim estavam limpando tudo o que precisava e os Min e os Im estavam caçando dentro dos convidados. Aquilo não ia ficar assim, não dessa vez.

Mas para Up, o mais importante era a vida de Michelle, nada daquilo seria suficiente se seus amigos perdessem a mulher deles.

Sungjong voltou para o andar que ocupavam com cafés e um olhar sinistro.

— O que foi?

Perguntou desconfiado. Ele devolveu seu olhar tenso.

— Zhoumi está com os gêmeos. Eles queimaram o bar e estão fazendo transferências de todos os bens para o fundo fantasma. Jaeho quer matar todos eles, mas Guk disse não – E Jong sorriu irônico – Não sabia que seu irmão era misericordioso...

— Ele vai destruir o que sobrar dos quatro. Não tem nada de misericórdia nisso, acredite. Aliás não sabia que Jongdae carregava as pistolas com ele, ainda estou surpreso.

Aquilo tinha o surpreendido mais do que tudo, assim que Hyunseong tinha atirado, o Kim tinha saído da multidão e fuzilado o mais novo sem piedade.

Ele tinha ouvido que Chanyeol era seguido sempre por um dos maridos desde que foi sequestrado um tempo atrás, mas daí ao Chen andar armado até os dentes já era outra coisa. O Kim deixou o irmão de Dong sem quase nada da cabeça para contar história. Up ainda estava meio chocado com o que viu a olho nu.

Ele e os irmãos eram do estilo socos, mas os Kim atiravam primeiro e perguntavam depois. Ele sempre soube, mas nunca tinha visto até noite passada. Era algo... Perturbador. Mas ele tinha contido o pior e todos estavam aliviados com isso.

A situação toda foi ruim, mas poderia ter sido pior. Bem pior.

Então Sungyeol entrou na sala de espera diante da entrada da sala cirúrgica acabado. A camisa meio aberta, amassada, o rosto perturbado e os olhos inchados.