Capítulo 5 - Dracor: O Cavaleiro do Mal

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      Ao retornar através do portal dos seus anéis Lard aparece em seu laboratório, Nozek dá boas vindas ao seu chefe, mas, logo que Dr. Lau toma sua aparência, as novas como sempre não são nada boas.
     — Diga Nozek o que está acontecendo?
     — Alguma coisa está acontecendo a alguns séculos atrás, Senhor
     — O que pode ser Nozek?
     — Não sei Dr. Mas, algo ou alguém está aterrorizando um vilarejo humilde nas montanhas altas da Escócia, pode ser um espectro do mal, algo sem vida ou semivivo.
     — Só há um jeito de descobrir Nozek!
     — Sim Dr. Sinto muito, só Lard pode descobrir e pôr fim a este malfeitor.
     — Vamos Nozek estas pessoas não podem sofrer mais.
Sem descanso, Lau entra no portal saltando nas terras altas da Escócia no ano de 1692, num vilarejo ao pé das montanhas sem intenção alguma de crescimento, gente simples e trabalhadores, lavradores por gerações. A agitação toma conta do lugar, de longe Lard observa e nota da fraqueza daquela gente, toma o medo e o pânico que devora a tranqüilidade do lugar, os pobre-diabos afugentados pelo medo e o medo é ainda maior a noite.
      Aos poucos a noite vai surgindo e dando vida a Lard que surge com as sombras da lua, a essa altura todos já se trancaram em suas cabanas, Lard caminha pelo lugar, quando do alto do monte uma visão diabólica aparece em cima de um cavalo. Uma criatura de capa vermelha sobre os ombros e uma luz nos olhos, como se estivesse morto ou quase, pálido e esquelético o que poderia ser aquilo? Um grito horripilante a criatura ecoa dando o sinal da sua chegada e a galope o tal cavaleiro desce o monte em direção ao vilarejo. Um senhor já velho atravessa em sentido a um lugar seguro, mas, o cavaleiro negro não dá sossego, o pobre velho se apavora ao ver a criatura, cai de joelhos a espera da morte que vem a galope naquele monstro faminto, a criatura da um vôo por cima do seu cavalo e com suas garras penetra o pobre velho; com os dentes em seu pescoço deixa-o pálido caído sem vida e sem sangue estendido no chão. O berro do velho parece o fim de todos ali, no alvoroço apavorados esperando quem será o próximo. A ira e o ódio salta aos olhos de Lard.
      — Esta criatura terá o seu fim, agora!       Pare com isso cavaleiro sanguinário!
      A criatura de olhos brilhantes, levanta a cabeça em direção a Lard, suas presas sangrando sente o gosto daquele que pode ser sua próxima vitima, mas, o pobre sangue suga não tem idéia do que vai enfrentar.
Quem é você cavaleiro? Grita Lard!
       —  Eu sou o mestre, o senhor da lua.
       — Seja quem for não fará mais nenhum mal a estas pessoas. — Eu sou Lard!!!
Mas, antes que Lard possa dar fim ao seu inimigo, surge por entre as matas, um ser de longos cabelos loiros, grandes músculos, vestindo apenas uma espécie de calção de couro e uma  espécie de coifa na mão.
       — Eu sou Zan e esta luta é minha forasteiro! Afaste-se e deixe-me por fim a este morcego mordedor de gente.
       — Não se esqueça Zan você nunca foi páreo suficiente para enfrentar Dracor e hoje será seu ultimo insulto.
De longe Lard assiste a tudo.
       Dracor voa feito fumaça tomando forma em frente a Zan, sua capa é diabólica fazendo com que seu corpo flutue por sobre o guerreiro, seus olhos brilhantes, solta um raio forte jogando Zan para longe em cima dos arbustos onde ficam os currais. Dracor parte novamente para cima de Zan.
       Furioso Zan com sua goifa reluzente dá vários golpes no ar a procura do seu inimigo. A coifa brilha na escuridão fazendo um arco de luz por onde passa, num gesto soberano Dracor cai aos seus pés, uma vez só, num golpe misericordioso a piedade veio naquela lâmina, um golpe certeiro e incisivo, mortal, Dracor perde a vida, mas, ainda vive... seu corpo se transforma em névoa que aos poucos vai dando forma a criatura esquelética.
Lard sente que é o momento de dar uma mãozinha ao guerreiro valente.
      — Espere Zan deixe-me ajudá-lo!
      De joelhos Dracor se transforma num enorme lobo carnívoro a fim de devorar seus inimigos a todo custo. A fera parte pra cima de Zan que caído é alvo fácil para a fome de Dracor. Zan luta incansavelmente com o animal, mas, suas forças já não suficiente para derrotá-lo.
      Lard chama a atenção do bicho, antes que ele venha faminto ao seu encontro, Lard empunha sua espada prateada vinda dos seus anéis mágicos ultrapassando o peito do bicho, o infeliz cai lentamente rosnando como pedisse perdão ao próprio diabo, sua vida esvai-se e          Dracor aparece no chão com a espada enfiada no coração.
      Antes que Lard empunhe novamente a sua espada...
      — espere Lard, grita Zan ainda caído — a espada não pode ser retirada. Rapidamente Zan enfia uma estaca no peito de Dracor. Agora sim pode tirar a sua espada.
      Zan, explica que tipo de criatura é Dracor e agradece ao seu novo amigo pela a ajuda que lhe deu.
      Zan vive nas florestas e protege aquele lugar a qualquer custo dos perigos que são muitos, mas, Zan é um guerreiro forte e luta contra o mal, por isso Zan é abençoado e sempre cumpre com   o seu dever.
      Agora o guerreiro das florestas tem algo mais a seu favor...
      Lard! o seu amigo no tempo...

Lard - O EclipseOnde histórias criam vida. Descubra agora