Capítulo 12 - O Beijo

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        ...Durma Lard! em breve seu sono será para sempre e a terra será minha. Ah! Ah!
       — Arconk! você não me vencerá!
       Lau acorda assustado, um pesadelo interrompe-lhe o sono, Arconk seu arque-inimigo.
       — Que pesadelo, uma visão? Arconk estará vindo como prometeu para dominar a terra...
A batalha do dois Lau sabe que é inevitável, um dia terá que acontecer e pôr isso a terra corre grande perigo, nada é tão impiedoso quanto Arconk e o seu desejo de domínio é muito grande, ele virá e Lard terá que está preparado, Arconk não terá piedade e lutará incansavelmente a terra será o seu triunfo final.
Lau caminha ainda meio lento de sono na sua enorme morada, vai a Geladeira e toma um copo com água, se escora armário da pia e ver todo o angulo da desordem, seu apartamento uma caixa de cabeça para baixo.
O telefone toca Lau procura ouve a campainha e vai em sua direção até encontrá-lo embaixo de algumas roupas no angula da sala.
     — Oi, Lau sou Zoira.
     — Oi, Zoira, tudo bem?
     — sim, Dr. estou indo ai para rever alguma coisa  do trabalho de amanhã. Ok?
Lau com toda sua dedicação ao herói esquece as vezes de sua obrigação como professor.
     — Sim, Zoira, tudo bem
     — Ok! professor até já.
Lau mais do que nunca tem que dá um jeito na sua morada, mas, basta ele querer por em ordem tudo aquilo num instante com certeza não é nada difícil para quem tem o poder e a magia na palma das mãos e em todo corpo, num segundo tudo está como uma digna casa de receber a primeira dama.
     — Pronto tudo no lugar.
Alguns instantes o elevador de que está subindo, o barulho das engrenagens enferrujadas servem de campainha, as portas se abrem e Zoira sai em passos curtos e lentos, seus olhos adagas mortais no peito de Lau, aquela miragem diante seus olhos por um instante Lau petrificado despercebe-se do mundo.
     —  Oi, Dr. tá tudo bem?
     — Zoira! tudo bem, vamos, venha, sente-se e fique a vontade.
     — É muito grande aqui
     — É sim, aqui eu me sinto a vontade
Lau meio confuso, nunca esperaria que sua amada fosse estar ali, na sua frente iludindo ainda mais seus sentimentos.
     — Hoje de manhã foi muito bom Dr.
     — Dr. não! Apenas Lau, lembra-se?
     — Ah! sim, Lau
     — Gostei muito da sua palestra, mas, não só da suas palavras, algo mais me deixou feliz.
      — O que foi Zoira?
     — O poema, aquelas palavras não saem da minha cabeça, não me canso de vê-lo, por isso vim aqui, usando o pretexto do trabalho.
Zoira caminha até perto de Lau fintando-o nos olhos.
     — São realmente aquelas palavras que quis me dizer, ou é apenas um poema?
     — Zoira mesmo se eu escrevesse no firmamento tudo que sinto pôr você jamais chegaria ao fim as minhas palavras e meus sentimentos, este poema é apenas a centelha que se solta da labareda do meu coração.
       Zoira enfim se rende, não há mais como deixar em grades seus impulsos, levemente Zoira encosta seus lábios nos lábios de Lau, um leve beijo, um simples gesto,  um toque e um frêmito alarido no peito de Lau, Zoira timidamente assustada se volta e corre em direção a saída.
     — Desculpe Dr.! não devia Ter feito isso
     — Zoira, espere!
Parada Zoira não se atreve em virar o rosto, Lau pega sua mão e devagar os dois estão novamente em frente um do outro.
     — Zoira, Dr. não, apenas Lau.
Zoira ri e os dois dão um longo abraço apertado e a alegria cobre todo o ambiente.
     — Será que a aluna pode se apaixonar pelo o professor?
     — Só se o professor estiver mais apaixonado pela a aluna.
     — Até amanhã Lau, cedo nos veremos e não se preocupe o trabalho já está pronto.
      Zoira vira-se e o elevador novamente dá o sinal, agora de que está indo e levando sua amada e toda sua felicidade.
      Lau da um pulo de satisfação e de muita alegria.
      A ânsia de vê-la novamente deixa-o inquieto mas, Lau não é um ser comum, a noite está chegando e conflitos aparecerão e Lard surgirá.
      Noite das inventivas maquiavélicas, macabras, noite dos submundos, do terror, das crateras humanas, das dores, da solidão, noite! Noite dos covardes, prostitutas e ladrões, imbecis, dos ratos e esgotos, dos médicos de plantões, das sirenes afobadas, das constelações perdidas, ai vou eu! Lard! o vigilante das sombras, lutar para que o silêncio da noite sirva apenas para embalar as crianças que dormem e os inocentes que as velam.
      As sombras começam a se estender sobre a cidade, as luzes das calçadas e ruas se acendem, as pessoas se apressam para seus lares depois de mais um dia de luta e esperança... aos poucos as ruas se esvaziam, as casas se fecham, a cidade dorme... é nesse momento que a noite se revela.

No laboratório Nozek depois de um longo dia sem ver e saber o que aconteceu cumprimenta Lard com as boas vindas de sempre.
     — Como vai senhor? Espero que tenha tido um bom dia.
     — Nem queira saber Nozek por onde andei, seus portais não poderiam lhe mostrar.
    — Que lugar é este senhor!
    — O purgatório
    — O purgatório senhor! O famoso purgatório de Dante?
    — Sim, Nozek e é Dante quem manda agora.
    — O purgatório de Dante, mas, não era o inferno de Dante?
    — O purgatório por si, é um inferno, Nozek! Você já ouviu falar em Arnold Grow?
    — Não senhor, não que eu me lembre, mas quem é?
    — Deixe pra lá, vamos ao que interessa, Cedroville.
    — E Zoira senhor!
    — Sim! e Zoira!... está dando certo Lau está se aproximando dela e tenho certeza que ela também, Lard tem que se afastar para não prejudicar o Dr. logo agora que estão começando a se entenderem.
    — Que ótimo senhor, mas, será que ela quer  que Lard se afaste da sua vida?
    —  Ainda não sei Nozek, não será nada fácil.

Lard - O EclipseOnde histórias criam vida. Descubra agora