Capítulo 7 - O Livro de Thoth

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Na faculdade Dr. Lau prossegue sua rotina na sua sala de aula e seus alunos, entre eles sua amada Zoira, sua paixão secreta.
— Hoje vamos passar um pouco pelo antigo Egito, o inicio da civilização, os seus mistérios e tesouros que inda se encontram em suas ruínas em algum lugar perdido.
Nas pirâmides de Gizé impenetráveis câmaras e maldições. Entre elas, Tutancâmon e Semirames a rainha.
Descendentes de Can, filho de Noé, o povo egípcio foi abençoado pelo seu rio Nilo que o historiador Herodoto uma vez disse: "O Egito é um presente do Nilo". O mesmo Herodoto que estudou a fundo os povos do oriente, mas, só em 1822 que Champollion, um francês que decifrou a tão enigmática "Pedra de Roseta" os mistérios egípcios começaram a ser decifrados.
Além de grandes faraós que deram nomes as três principais pirâmides, houveram outros tão importantes e soberanos, Tutmés III, Ramsés II, Psamético I, porém o antigo Egito ainda guarda em algum lugar soterrado entre suas ruínas o mais enigmático e sagrado de todos os mistérios: O livro de Thoth, a chave que abre a porta para os dois mundos.
Onde ele se encontra agora, que fique para sempre bem guardado, onde nenhum ser maligno possa pôr as mãos.
— Zoira - Dr. Lau, este livro é real ou apenas mais uma lenda mitológica?
— Assim como o Santo Graal alguém viu, alguém tocou, só não se sabe onde estar e quem pode confirmar.
O que Dr. Lau desconhece é que neste exato momento um arqueólogo anônimo, escava a base escura de um dos famosos tempos construído pelo faraó Ramsés II.
A procura pelas relíquias da antigüidade egípcia fez com que os homens descobrissem maravilhas para a humanidade, mas, muitos morreram pela ambição e pelo poder que alguns elementos podem ofertar muitos dos quais caem em mãos erradas e são usadas para aterrorizar o homem, nem sempre é bom revelar os mistérios soterrados do antigo Egito.
Múmias, amuletos e hieróglifos já foram usados para essa finalidade, mas, sempre o mal se volta contra o malfeitor e o mistério continua até outro poder encontrar.
Morgan é um desses curiosos e ambicioso que escava a muitos anos a procura de um desses elementos, só encontrou pedras e mais pedras, agora parece que sua sorte vai mudar, pra melhor? Não se sabe ao certo sua consciência mostrará o seu destino.
Numa dessas tantas pancadas em pedras e paredes, Morgan com seus martelos e cirzais acerta em uma pedra que abre o chão despencando a vários metros abaixo de onde estava, o escuro é intenso, mas, de repente tochas se acendem do nada nas paredes em corredores estreitos e baixos.
Morgan assustado não sabe bem o que aconteceu, atordoado e perdido, um outro mundo surge embaixo dos seus pés, sem volta e sem saber para onde ir, só um jeito continuar e seguir as tochas nos corredores escuros, curvas e mais curvas, entradas e mais entradas.
O medo torna mais difícil sua estadia no inferno, vultos começam a deslizar nas paredes feito sombras, Morgan já não suporta mais tanto medo e pavor, mas, medo é o que eles querem as criaturas se tornarem mais forte.
— Meu Deus! onde estou? Tire-me daqui pôr favor eu imploro!
Logo uma voz vindo do além ecoando um berro assustador proclamando o seu nome.
— Morgaaannnnn!!! Deixando o pobre arqueólogo petrificado e sem movimento no corpo.
— O que é isso? Quem me chama?
Morgan não nota mas quanto mais anda mais desce as profundezas.
Surge então a grande Câmara do Rei, o túmulo aberto, a sala de julgamento do fim da humanidade o mistério escrito no Livro dos mortos.
Sarcófago no canto da parede que dá de frente para a entrada baixa de apenas um metro de altura, empoeirada a séculos, ali imóvel guardando talvez o seu construtor ou descendente, ou então algo mais valioso.
Morgan se aproxima o chão desmorona mostrando uma enorme fenda escura e sem fim, o caixão continua no mesmo lugar erguido pôr uma coluna de pedra suspendendo-o feito troféu.
Blocos de rochas suspensos dão acesso ao misterioso espetáculo, Morgan precisa de coragem para andar sobre os blocos até o local e desvendar aquele mistério, enfim voltar não seria mais possível.
Qualquer desequilíbrio o infinito negro será pra sempre a sua morada, qualquer descuido será o seu fim, mas, não! Morgan não pode deixar passar sua descoberta que o fará famoso no mundo inteiro e respeitado, afinal ele é arqueólogo e esse é seu oficio.
— Este é o meu destino, afinal não tenho outra opção, tenho que prosseguir.
Morgan se controla e tenta várias vezes dar o primeiro passo, algo o excita para continuar a aventura.
— Meu Deus! o que me aguarda? - o que devo fazer?
Enfim o primeiro passo foi dado, o bloco suspenso e firme acolhe Morgan em sua caminhada.
Morgan pensa...
— ...e se um desses blocos despencar comigo?
Depois de vários passos Morgan chega ao sarcófago, ao abrir a tampa nenhuma múmia, uma escada para o subtérreo que não se sabe aonde vai dar.
— Isso é uma provação? Murmura Morgan.
Morgan desce degrau pôr degrau com medo e cautela, as tochas se acendem como quisesse guiá-lo. Ao fim da escada uma ampla câmara intacta com bastante espaço, no canto uma espécie de estante na própria parede, uma biblioteca com vários pergaminhos, esculpido a pedra numa parede alguns dizeres que Morgan decifra com muita precisão.

Lard - O EclipseOnde histórias criam vida. Descubra agora