Capítulo 9 - O Baile

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       Sábado... o tão esperado baile enfim está prestes a acontecer, Dr. Lau inquieto, ansioso e muito preocupado, pois sabe que quando a lua anunciar a noite ele não será mais o Dr. Lau e sim o vigilante das sombras, não tem como esquivar da situação, Lard a levará ao baile mesmo sabendo que Dr. Lau não vai ficar em boa situação com Zoira.
       Impaciente esperando pelo seu acompanhante Zoira leva ao chão toda esperança que poderia existir em Dr. Lau. Definitivamente seria o fim. Mas, na penumbra da noite Zoira avista algo que não esperava.
     — Lard!!!
     — Oi, Zoira o baile já deve ter começado.
     — Mas como você ficou sabendo?
     — Eu sei de tudo esqueceu?
     — E o Dr. Lau, ele deveria estar aqui...
     — Você quer que o procure?
     — Não! não! Claro que não! Me desculpe... vamos?
     Lard com sua mãos erguidas faz surgir um portal prateado onde o leva ao lugar desejado.
    Toda faculdade parece estar ali, todas as figuras da História, da mitologia e até dos contos de Green estão presentes, inclusive sua amada que não poderia vir de outra forma, se não de Cinderela. A mais linda e meiga da noite.
    Nesse momento a cidade dorme, mas, Lard sabe que a noite não é tão tranqüila quanto parece, algo está acontecendo ou deve acontecer a qualquer momento, através de olhos de fogo Lard pressente o que ele ver, os sete espíritos enviam mensagens psicológicas, assim Lard sente e sabe o que pode acontecer mesmo não estando no local e nem perto. Sua percepção e seus sentidos são muito especiais, devido a sua parte meio espirito, pode ver e atravessar tudo que é sólido, sua magia, seu poder, seus anéis tudo controlado pela sua mente e vontade.
     As trevas lhe deram força e controle da escuridão.
     Luz e trevas juntos na mesma criatura dando poder, força, sabedoria e a responsabilidade de usá-los em função do bem, onde quer que seja a terra deve continuar e seus moradores não podem padecer.
     — Zoira! Quem é esse tal e onde comprou essa fantasia ridícula?
     Seu amigo Will fantasiado de Zorro, sempre debochando e encrenqueiro zomba de Dr. Lau agora vem zombar de Lard, mal sabe ele o que esta fazendo.
    Lard observa e vê que do outro lado no corredor que da para os fundos uma gang incomodando um jovem.
    — Me desculpe Dom Diego, vou pegar uma bebida para Zoira, você quer uma?
    Lard se encaminha até o corredor enquanto o pobre rapaz está sendo espancado. Atravessando a parede Lard surge diante da situação.
    — O que está acontecendo aqui rapazes?
    Assustados, um deles grita afobado...
    — De onde diabos surgiu esse cara?
    — Deixem o em paz e vão se divertir!
    Dos quatro rapazes três vem em direção de Lard.      
Lard levanta as mãos erguendo-os feitos bonecos infláveis.
    — Nos coloque no chão pôr favor!!!
quarto vem em socorro dos amigos, mas Lard não quer machucá-los, apenas dar uma lição. Os rapazes caem ao em cima do seu protetor, saindo todos correndo em direção a saída dos fundos.
     — Muito obrigado, eu sei quem é você. Você é Lard não é?
     — Sim! Vá se divertir e não se meta mais em encrencas.
     Depois de algum tempo Lard volta ao salão esquecendo totalmente o que foi fazer. Mas, Zoira atenta como de costume.
     — Você não foi pegar uma bebida?
     — Não encontrei refrigerantes, hei! Onde está o Zorro?
     — Atrás do sargento Garcia talvez.
     Ambos riem e saem pelo salão...
a máfia, a droga estão em todo lugar.
     A pouco Lard dispensou aquela gang que com certeza tinha droga no meio, aqueles jovens todos alvo do mal, presas fáceis.
     A noite passa lentamente e ambos aproveitam o pouco tempo que tem juntos e o resto da noite não será suficiente.
A turma toda agitada no salão, todos parecem felizes e satisfeito, menos Lard que mesmo com Zoira ao seu lado não consegue ficar desatento as situações. Lard tem razão, dos esgotos que passam por debaixo do prédio as criaturas do mal sabem muito bem acabar a alegria de alguém, de repente as sombras começam a penetrar e a aterrorizar o baile, lustres começam a cair, no palco o som sai faiscas por todos os lados, Lard sabe que chegou a hora resta saber quem está por trás disso tudo.
      A multidão se apavora e se acotovelam tentando sair do salão em vão as portas se trancam ficando o local totalmente lacrado para quem está dentro. Quando no palco surge o generoso do mal, o Calícula de Hor... "Targ" mais um filho das sombras que persegue seu inimigo imortal.
     No  palco Targ  com uma aura cintilante  soltando uma espécie de serpentes carnívoras mastigando e rasgando quem encontra pela frente. Zoira apavorada se perde de Lard na multidão tropeçando e escorregando no sangue que se derrama pelo  chão.
     Lard ergue sua espada prateada corta em pedaços as víboras famintas, mas surge mais e mais e Lard acaba com todas sem piedade, a multidão descontrolada tem que  ser feito alguma coisa para controlar a situação. Targ aos berros de alegria se contenta com a cena e desafia seu inimigo para mais um confronto, aquelas pessoas assustadas não são nada para ele, o que interessa é Lard.
— Lard! o que fazer para salvar essas pobres gente? Targ grita tentando absolver o ódio de Lard.
As  sombras se misturam entre as pessoas tornando a situação ainda mais apavorante, porém Lard paira por sobre as pessoas e com a magia do anel das sete estrelas solta um raio no peito de Targ deixando fora de controle e recolhendo suas víboras, com o mesmo raio lard rompe as portas dando passagem para os estudantes saírem do prédio, aos poucos todos conseguem deixar o salão ficando apenas os dois representantes do bem e do mal.
      Lard tem que dominar a situação antes que chegue as ruas da cidade.
— Você é a vergonha de Hor e um dia tem que ser eliminado pela honra do mestre. Grita Targ
  — Não se preocupe eu sei muito bem como lidar com quem se diz meu pai.
     A batalha continua dos dois duelistas, mas, como sempre o bem tem que vencer o mal.
    Targ insatisfeito é mais mortal ainda e não há honra numa mente diabólica e maligna, tudo que ele pode querer é destruição e lágrimas. Ao surgir novamente Targ vem mais furioso indo de encontro a Lard num vôo rápido e tenebroso se encontrando no ar num abraço quase mortal, o confronto continua, Targ abraça Lard pela cintura tentando  acabar de vez, mas, Lard não é nada fácil, desfaz do abraço com um soco na face do vilão, separado Targ forma uma espécie de esfera prendendo Lard no seu interior como um campo de força magnético.
      — Ha! Lard! Preso como um abutre indefeso e sem asas, esse escudo vai minar sua magia até não ser absolutamente nada, uma simples criatura sem força, logo, logo estará acabado.
      Lard aos poucos vai percebendo que seu inimigo não está blefando, a reação do campo é quase instantânea, sua força está enfraquecendo e sua magia não tardará em desaparecer.
      Com Lard fora de ação Targ estará sozinho saciando a fome num banquete de gente inocente e indefesa.
      As sombras se espalham e se confundem na noite. No pátio os estudantes não sabem o que aconteceu e o que é aquela criatura.
      Muitos feridos, a polícia chega e encontra um verdadeiro caos no campos da faculdade. Uma explosão vindo do prédio do ginásio surgindo uma coisa dentre os escombros, como feito uma lâmpada fluorescente, um fluido luminoso. A confusão se espalha, a policia tenta em vão parar aquela criatura, mas, Targ não é um simples bandido, um comum ladrão que se prende apenas com um mandato e um par de algemas, os tiros não fazem efeito e muito menos os atingem, mais e mais viaturas chegam se abalroando atormentadas para efetuar aquilo que é impossível para qualquer humano comum; a prisão de Targ.
      Targ tem consciência da fraqueza dos homens da terra e por isso sabe que eles não lhes trás nenhuma ameaça. As balas atiradas em sua direção Targ devolve todas como se elas obedecem  ao seu comando. Apenas com um aceno de mão no ar Targ faz os carros flutuarem e explodirem no ar.
O comando da policia percebe enfim que não há nada o que fazer para deter aquilo.
     — Comandante como podemos algemar essa criatura?   Pergunta um pobre soldado indefeso e assustado.
comandante Harry tem certeza que suas forças não é páreo para a situação...
     — É soldado só tem uma pessoa capaz de deter esse monstro. Lard! Mas, onde ele está?
Comandante Harry que sempre conta com a ajuda do vigilante em suas prisões de mafiosos e ladrões comuns.
      — Soldado precisamos de reforços e armas pesadas - ordena o comandante.
      —  Sim, senhor! Imediatamente...
      A noite já é madrugada e o desespero e destruição tendem em aumentar e se espalhar pela cidade, Targ ainda quer mais, os carros da policia chegam é inútil pois Targ destrói todos como uma lama negra ácida que solta das mãos, a lama devora o que toca, os pobres são sugados como se fossem de borracha se desfazendo numa gosma Maligna como se tivesse vida. Não há mais o que fazer as armas não fazem efeito e os feridos aumentam.
      A cidade toda já está em pânico, a situação é de calamidade. Targ faz a gosma espalhar pela cidade destruindo tudo que estiver na frente.   Dessa vez a criatura das trevas está mesmo disposto a massacrar Cedroville.
—  Ah! Ah! Como é bom o sabor da vitória e da destruição, agora eu mando e vocês obedecem seres fracos, eu sou Targ e vim para dominar e destruir. Targ parece estar com o controle da situação.
      Enquanto isso dentro do que restou do salão Lard vai enfraquecendo dentro da esfera de Targ. Que força poderosa capaz de eliminar o vigilante das sombras e sua magia como pode desaparecer feito fumaça. Que pode ter de tão maligna esta esfera? Uma energia impenetrável capaz de deter qualquer força.
      — Então é isso! Essa energia não é magnética são fragmentos solares, gases do sol minando minha magia da escuridão, o sol me deixa sem força e elimina toda minha magia.
      Como todo herói poderoso Lard também tem seu ponto fraco: o sol. Os gases solares anula toda sua magia herdado por Hor deixando-o sem poder e fraco, porém não afeta sua capacidade de raciocínio e Lard tem que pensar numa saída antes que se transforme num ser comum e sem vida.
      —  Não posso abrir os meus portais, mas posso me comunicar com Nozek no laboratório...
Lard usando toda sua força que resta para entrar em contato com Nozek seu assistente, Nozek já sabe da situação e rapidamente tenta ajudá-lo de alguma forma.
      —  O senhor tem pouco tempo o que devo fazer para reverter a situação?
Lard já como desfalecido, o corpo já se entrega ao cansaço e a fraqueza, Lard se concentra para sua cartada final.
     — Tenho que sair daqui e agora, você tem razão Nozek reverter a situação. Tenho que usar o pouco que resta da minha magia e agora!
     Lard evoca o anel do elementos fazendo com que se forme uma nuvem envolvendo o núcleo da esfera isolando os gases solares do nosso herói, dando assim força suficiente para sua força destruir a esfera como pétalas ao chão. Novamente livre Lard se recompões para por fim ao massacre de Targ.
      Lá fora o terror toma conta do lugar, Targ se diverte, mas, por pouco tempo, sem esperar Targ é pego de surpresa.
      — Espera por mim Targ?
Lard de volta dos escombros para devolver seu inimigo ao lugar de onde veio.
      — Lard!!! como conseguiu sair da minha esfera?
      Targ espalha a gosma por toda a cidade e ordena que devore o seu rival. Lard envoca Laudicéia o anel dos quatro elementos fazendo cair uma chuva de gelo deixando a coisa gosmenta totalmente em blocos gelados.
Com a gosma fora de ação agora é a vez de Targ.
      Targ novamente tenta aniquilar com sua magia, mas, dessa vez Lard está preparado.
Targ aos poucos se desfaz da sua luz cintilante, se transformando numa criatura horripilante de lama negra borbulhante, se espalhando pelo chão vindo ao encontro de Lard, rastejando rapidamente envolve todo o corpo de Lard tentando devorá-lo.
As pessoas assustadas assistem a tudo vendo o fim do seu protetor ali aos poucos ser consumido pela criatura e nada podem fazer, quando de repente o corpo de Lard se transforma numa tocha humana queimando a coisa deixando-o novamente livre.
     — Chega Targ! Volte para o seu lugar!!!
     Targ assume sua antiga forma luminosa, pérgamo a espada de dois gumes atinge seu peito causando e espalhando centelhas no ar. Lard envoca Filadélfia o anel da chave abrindo do nada uma enorme porta no ar, sugando as faiscas pra dentro levando de vez o ser do mal e suas criaturas para as profundezas de onde veio. Ouvindo-se os berros de Targ dessa vez sem nada de alegria e felicidade, indo de encontro ao poderoso Hor e Targ sabe muito bem o que acontece aqueles que fracassam diante do mestre.
     — Seja bem-vindo ao seu retorno Targ.
     — Não!!!!!!!!!!!
os gritos de Targ anunciam que é apenas o inicio do pagamento pela sua falha.

                            .    .    .

      A realidade fria e sangrenta espalha-se pelo campos, a policia e a prefeitura terá um grande trabalho pela frente na reconstrução das ruínas, mas, os sofrimentos das vítimas são o verdadeiro custo para o vigilante das sombras que não se conforma com as vítimas inocentes atingidas pelas criaturas do caos.
Com toda aquela agitação Lard se contenta de tamanha felicidade em saber que Zoira sua amada saio ilesa da confusão e agora pode levá-la em segurança pra casa.
     — Oh! Lard porque isso pode acontecer?
Zoira abraçando fortemente seu protetor
     — Enquanto o mal existir a destruição e o caos não se acabarão, mas, vai sempre existir alguém pra impedi-los
     — Você é essa pessoa? Você existe para proteger-mos do mal? Como podemos agradecê-lo? Um dia viveremos em paz?
     — Sim Zoira um dia... agora vamos pra casa descanse e esqueça tudo que passou
Lard abre seu portal levando a moça para o jardim da sua casa
     — Obrigada Lard
     Zoira se despede de Lard com um beijo rápido, mas, profundamente sincero e agradecido.

                              .    .    .

     —  Perdi muito tempo naquela esfera Nozek, Targ foi muito esperto.
     — Targ sabe seu ponto fraco, os gases solares aniquilam seu poder e isso é muito perigoso e não podemos evitar a força que o sol exerce sobre o senhor, mas Lard sempre conseguirá se sair das piores situações.
    — É Nozek mas meus inimigos são também muito poderosos e cruéis.
No dia seguinte Dr. Lau ao chegar no campos espantado como se não soubesse de nada encontra Zoira no meio das ruínas do ginásio.
     — Zoira! o que houve aqui?
     — Dr Lau onde o senhor estava ontem a noite?
     — Dormindo, claro.
     — Que sono profundo o senhor estava, a cidade toda em pânico e você dormia?
     — Quem fez tudo isso Zoira?
     — É uma longa estória Dr.
     — Por sorte a faculdade não foi atingida e posso dar aula, vamos?
     — É vamos tentar esquecer um pouco tudo isso...

                              .   .   .

      Em Gad, onde a negridão e as sombras reinam, Hor seu rei, insatisfeito com seus discípulos fracassados esbanja ira no seu castelo tenebroso.
      — Quem de vocês realizará o meu desejo, trazendo de vez Lard meu filho para sempre junto de mim? Seu verdadeiro lar, deixando a terra indefesa para as trevas antes que Arconk consiga o que sempre desejei: a derrota de Lard! Arconk seu maio rival em breve deverá enfrentá-lo numa batalha em que a terra tremerá, eu, Hor não posso deixar que meu sobrinho infernal seja responsável pela derrota do meu filho, somente eu posso derrotá-lo
Hor tem razão Arconk logo estará na terra para sacrificá-la e por de vez sob seu comando, mas, antes deverá eliminar - O vigilante das Sombras.

Lard - O EclipseOnde histórias criam vida. Descubra agora