— Todos vocês sabem da importância que a revolução francesa exerce sobre o mundo atual, os iluministas com suas idéias revolucionárias e modernas abriram as portas do mundo e a mente do povo, Voltaire, Russeau e o Barão Montesquieu, são grandes e importantes peças para o mundo em que vivemos, a sociedade, o governo e a classe trabalhadora, foram mudados através de seus pensamentos.
O contrato Social de Russeau que exprime a insatisfação pelo estado e a divisão dos três poderes do Barão que hoje é adotado em quase todo os países, a revolução industrial e os direitos do homem, são algumas das influências da Revolução Francesa. É a partir daí que realmente inicia a idade contemporânea, houve uma divisão na história, antes e depois da queda da bastilha, devemos muito à aquelas pessoas e em especial a Lavoisier, grande químico e pensador morto pelo brutal Robespierre líder do movimento que se tornaria pior e mais tirano do que o próprio "Rei Sol" e o espalhafatoso Luiz XV.
Robespierre também guilhotinou seu parceiro e amigo, Danton, mas, foi morto pelo mesmo veneno; o povo que lhe apoiara anos antes, também decepara sua cabeça, Robespierre poria fim com o seu próprio sangue o período sangrento que ele mesmo iniciara.
Dr. Lau ao ver sua amada sempre na primeira fila de cadeiras, cada vez mais se inspira em suas aulas, Zoira como sempre bem atenta às palavras do professor se comporta nula aos acontecimentos.
— Na próxima aula continuaremos com o mesmo assunto...
Todos saem as pressas menos Zoira que continua em sua cadeira. Lau sem perceber apaga o quadro negro, vira-se e vê sua amada ainda ali.
— Zoira ainda não saiu? — Pergunta Dr. Lau contente.
— Não Dr. Gostaria de irmos juntos hoje.
— Claro Zoira! Claro que sim — Dr. Lau apressando em arrumar suas coisas, os dois saem pelo campos.
— Zoira a minha vida não é mais a mesma depois do beijo, espero que me perdoe mas, não consigo esquecer e espero todos os dias novamente poder tê-la em meus braços.
— Eu sei Dr. — Responde Zoira timidamente — Eu não sabia que tudo isso pudesse acontecer, eu não queria magoá-lo, mas, não posso, não pode existir nada entre nós dois.
— Mas, você disse um dia quem sabe, lembra?
— Sim! Professor! No futuro tudo pode acontecer.
— Então eu esperarei pacientemente este dia, como um sábio em silêncio.
Zoira sabe o quanto seu professor a ama e quanto o pode machucar, mas, Zoira não pode ir além, não enquanto estiver Lard no seu coração.
Cedroville é uma cidade bastante pequena, enquanto conversam as ruas passam despercebidamente e logo estão de frente a casa de Zoira, quase que igual ao ônibus que pontualmente Zoira apanha para vir da faculdade.
— Oi, Zoira! — Acena uma amiga do ônibus.
— Olá! Mary! — Responde Zoira — Te vejo amanhã.
— Então: nos veremos na faculdade — Lau sai lentamente.
— Espere Lau! Posso ir ao seu apartamento outra vez, é muito legal lá.
— Quando quiser Zoira, você sabe que é sempre bom está perto de você.
Lau se despede e segue seu caminho de volta pra casa, monologando pelas calçadas.
— Ah! Zoira como eu te amo...
um peregrino sem rumo, perdido em busca de sua bem-aventurança, Lau contempla a mulher como uma deusa num templo antigo, uma religião onde ele se ajoelha e oferece sua alma em troca de sua benção, enfraquecido como todo grande homem diante sua amada. Foi assim com Helena e Menelau, Antônio e Cleópatra, John e Yoko, Lau e a Princesa todas puramente veneradas e amadas pelos seus oponentes e serviçais, amores eternos tragicamente acabam e se fortalecem no infinito. Amarguradamente Lau segue com sua paixão platônica impedida pela sua imortalidade e seu rival, em segredo que pode custar um preço muito alto: a perda de Zoira para sempre.
— Como vai senhor? — Nozek — Raramente o Sr. Vem como Dr. Lau, o que houve?
— É Nozek estou muito preocupado, por isso vim aqui — Lau olha o grande portal — Está tudo ok! Nozek?
— O que é Nozek, diga-me?
Nozek abre o portal que mostra uma criatura de vestes satânica num circulo ajoelhado num culto macabro.
— Senhor! Mestre da maldade eu te suplico! Ordena-me e eu te obedecerei, seja a tua vontade a minha obediência, faz-me eterno para te servir por toda a eternidade, serei teu guerreiro e elevarei teu nome por todo o universo, dá a Czarman o poder e glória.
O fogo eleva-se em chamas furiosas formando um rosto monstruoso e endiabrado.
— Czarman! Porque me perturbas? — Das chamas se ouve uma voz potente.
Grande Arimã ouvistes minhas preces! — Czarman venerando as chamas.
— Sim! Terás o que queres, mas, para isso deves me satisfazer, encontre o verdadeiro Zend-Avesta e traga-o até a mim, então concedei teu desejo.
O fogo lentamente vai baixando até o nível do chão, deixando novamente o circulo e Czarman satisfeito ao centro.
— Muito obrigado grande Arimã, terás o que queres, vasculharei cada centímetro da terra para realizar a tua vontade.
A imagem some...
Zend-Avesta! Do que ele está falando Dr.? — Nozek.
— O livro sagrado escrito pelo próprio Zoroastro seiscentos anos antes de cristo, onde Arimã é o deus do mal que luta contra Masda o deus do bem, nele está escrito os grandes ensinamentos e até mistérios sobre a vinda do Messias. — Lau caminha preocupado — tenho que impedir Czarman de por as mãos nele, para isso tenho que encontrá-lo antes.
— Mas, Dr. Onde está o tal livro?
— Ninguém sabe Nozek, foi muito bem guardado a muitos séculos pelo próprio Zoroastro antes de sua morte, apenas seus seguidores sabiam as revelações que ele continha e foram ocultadas nos livros seguintes.
— Então como irá encontrá-lo Senhor?
— Só uma pessoa pode Ter conhecido esta estória a fundo.
— Quem senhor?
— Nietzche! Meu grande professor e mestre, o maior filósofo moderno, ele escreveu o livro dos livros: Assim Falou Zaratrusta.
Zaratrusta? Quem é Zaratrusta senhor? — Nozek sempre confuso.
— Zaratrusta Nozek é o mesmo Zoroastro.
— Desculpe-me pela minha ignorância Dr.
— Não Nozek poucos sabe-se disso — Lau vira-se, olha para o grande portal.
— O que está pensando Senhor?
— Tenho que ir a 1892 falar com o meu professor e vê o que ele pode me dizer sobre o Zend-Avesta!
Enquanto isso Czarman envoca discípulos da escuridão para ajudá-lo em tal busca, espalham-se por todos os lugares, os mais negros e profundos a procura do livro.
Abre-se o portal e Lau parte para a Alemanha do século XIX para falar com o mestre. Lau surge em um dos corredores da faculdade onde Nietzche leciona e no corre-corre do intervalo Lau procura uma sala onde estaria um dos homens mais sábio da humanidade, Lau abre a porta e Friedrich Nietzche está sentado sozinho com o seu enorme bigode olhando para o nada, perdido na sua sala, mas, encontrando sabedoria para o homem.
— Desculpe professor não queria interrompê-lo — Lau fecha a porta e se aproxima.
Oh! Lau! Como vai? — Nietzche vai ao quadro negro — por onde tem andado?
— Pelo o mundo levando seus conhecimentos e vim de longe pois preciso de sua ajuda.
— Sente-se, explique-se melhor. O que procura?
— Algo incompreendido ainda, o Zend-Avesta!
Nietzche se espanta não esperaria que alguém pudesse tocar nesse assunto.
— Zend-Avesta! Porque procuras? — Nietzche pega um dos livros da sua mesa.
— Algo vai acontecer, pois criaturas do mal querem por as mãos no livro, preciso evitar, por isso preciso saber mais sobre o que está escrito e só senhor pode Ter profundo conhecimento sobre o que Zoroastro escreveu ali.
— É muito perigoso Lau, o que está escrito foi ditado por espíritos evoluídos e tais revelações podem trazer o caos. O Zend-Avesta admite o mundo criado por Ormuzd o deus do bem, os homens deviam ser sempre felizes, mas, Arimã, deus do mal, senhor das trevas criou todos os meios para levar a alma ã perdição. Há por isso, um conflito entre o bem e o mal que durará até o fim do mundo e terminará com a vitória de Ormuzd. O homem deve participar dessa luta pela prática das boas obras, contribuindo assim para o triunfo final do bem, por isso as revelações foram ocultadas dos volumes seguintes, para que o mal não as usassem em prol de sua vontade.
— E ninguém nunca soube dessas revelações? — Pergunta Lau.
— Zoroastro já escrevia sobre a vinda de um messias e que este enviado morreria pela a humanidade, mas, que também seria homem como outro qualquer e se apaixonaria e teria filhos com uma mulher vulgar. Depois da morte de Zoroastro o livro foi escondido e passado por muitas mãos, na Índia, Tibet, China, até o próprio Cristo na sua ida para a Índia adquiro conhecimento deste livro.
Em 325 quando a igreja se reuniu para divinizar o Cristo, o Concílio de Nicéia a igreja sabia da existência do Zend-Avesta para isso teria que eliminá-lo, só assim o Cristo seria puro para a igreja usá-lo como o mártir da humanidade e a cruz seria o dogma mais apropriado para simbolizar o seu martírio, tornando assim o símbolo do cristianismo, a igreja sempre a igreja a interferir na história. Então existiu uma sociedade secreta chamada O Priorado de Sião, que guardaria esse segredo e até os restos mortais de Madalena. E esta sociedade adquiriu muitos adeptos durante os anos seguintes, então uma das mais ilustres mentes da história que também pertenceu a sociedade...
— Eu sei! Newton! — Responde Lau.
— Não! Alguém que não teria limites para sua genialidade — Nietzche mostra um livro com uma figura na capa — Da Vinci.
— Então, Da Vinci sabia de algo?
— Sim! Da Vinci com sua sabedoria e mesmo sendo anticatólico, não poderia revelar, mas, foi além do que se imagina, pintaria a famosa santa ceia no refeitório da igreja em Milão, deixando os sinais na pintura, porém o homem com sua pouca inteligência jamais decifraria o que estaria em sua frente, o mais profundo e perfeito enigma da humanidade, a própria igreja despercebe-se o perigo que está naquela parede, se as revelações forem a luz toda a divindade do Cristo irá pelo chão, toda crença de dois mil anos será em vão e começará a vitória do mal.
— Então é por isso que Arimã quer o livro para revelar aos homens a verdadeira história do filho de Deus. — Então professor teremos que ir a igreja, somente o senhor pode entender e encontrar o recado que Da Vinci nos deixou com os seus pincéis.
— É Lau, as revelações não podem ser reveladas, mas, com certeza Da Vinci deve nos dizer onde está o livro.
Lau naquele momento percebe que tem que se revelar ao seu mestre, terá que abrir um portal e ir a Itália, não tem tempo a perder, seu mestre entenderá.
— Tenho que ir a biblioteca — Caminha Nietzche.
— Não professor não temos tempo — Lau pega na sua mão — Não se assuste depois entenderá.
O portal se abre, mestre e aluno entram e surgem no refeitório em frente a magnifica Santa Ceia bem mais preservada do que hoje.
— Meu Deus! Filho você é Ormuzd ou Arimã? — Pergunta o mestre meio confuso.
— Não mestre sou alguém que luta pelo bem.
Ambos maravilhado diante a obra, se aproximam.
— Esperem! Quem são vocês ? — Fala um presbítero — Não podem entrar aqui! Este lugar é sagrado.
— Eu sei padre mas, é muito importante, é preciso, é por pouco tempo — Nietzche convence o aprendiz de servo de Deus e se concentra olhando cada parte da pintura.
— Lau veja o quadro com atenção, todos os apóstolos estão em posição de espanto, é como se Cristo revelasse algo que desapontassem, veja ao seu lado, não um homem, mas uma mulher, as faces e as vestes são feminina que pode ser perfeitamente a retratação de Madalena um dos recados de Da Vinci. Talvez a sua presença desconfortem os demais, a Ultima Ceia pode Ter sido uma reunião para Cristo anuncia sua união com Madalena e talvez por isso Judas o traio e Pedro o negou, mas, com seu martírio e humildade Jesus conquistaria de vez a devoção dos seus discípulos e do seu povo. — Veja bem de perto Lau! Onde está o Santo Graal? Está no angulo que se forma entre os dois, veja! — Apontando para a pintura — a forma do cálice simboliza a união. Espere! E esta mão de onde vem? Veja atentamente não sai de nenhum apóstolo...
Depois de um tempo em silêncio...
— A mão... Esta mão deve representar a igreja ameaçando todos aqueles que pretendem anunciar esta revelação — Ah! Da Vinci somente você e sua mente para realizar tamanha obra!
— É senhor! Mas, o livro onde está? — pergunta Lau.
— Observe Lau está indicado em alguma gravura.
Depois de horas em frente a parede os dois cansados sentam-se, Lau abaixa a cabeça e vira o rosto em direção a pintura, de longe vê a pintura por completa os detalhes aparecem com mais clareza.
— Venha professor! Veja daqui — Lau entusiasmado aponta para a pintura. — veja os detalhes daqui são mais visíveis.
Nietzche olha e vê a pintura por completa.
— Sendo o senhor tão grande quanto o próprio Da Vinci, como mostraria o livro?
— Como não pensei nisso antes! — Nietzche levanta e corre em direção a parede.
— O que descobriu professor?
— Por que Da Vinci escolheria Milão? Por causa do M de Madalena, mais uma pista e veja! — Apontando para o detalhe — Jesus e Madalena formam um M e o ângulo entre os dois mostra um V de Vaticano, se a pintura está em Milão e não em Roma é porque Da Vinci queria longe do pontífice, ou seja: A própria igreja esteve com o livro todo esse tempo, está bem guardado em alguma sala secreta do Vaticano, o único lugar onde Arimã não ousaria entrar. Se Arimã por as mãos nesse livro as revelações virão a tona e a divindade de Cristo estará em jogo e todo o império da igreja cairá, o mito da cruz cairá, mas, isso não é tudo, há outras revelações que podem trazer catástrofes ao mundo. Seja quem for e de onde venha Lau, você tem que impedir.
Lau retorna a faculdade de onde trouxera seu antigo professor.
— Obrigado mestre somente você poderia me ajudar nesse mistério, não é atoa que és o maior dos filósofos.
— Eu sei que sou o maior e lembre se tudo que toco vira cinzas...
— Eu sei mestre... eu sei... — os dois falam juntos — Com certeza sou fogo sim!
Os dois se abraçam e se despedem.
De volta a Cedroville com todas as suas descobertas, Lau não pode perder tempo terá de ir a Roma imediatamente.
Altas horas da noite Lard em um dos tantos corredores da Vaticano, um labirinto de portas e escadas por todos os lados, um suntuoso palácio construído das lágrimas e das dores de Cristo para o confortar dos homens, até mesmo o filho de Deus usado pela hipocrisia, mentira e ambição dos homens, crucifixo em quase todos as passagens, lugar perfeito para esconder algo dos deuses das trevas, por isso Arimã usará Czarman para adquirir o livro. Lau passa pelo o museu onde guarda milhões em artes e relíquias da humanidade, pelo o trem que leva e trás as correspondências, pelos tantos altares de orações, o silencio do maior templo sagrado do mundo, apenas a sua própria policia secreta em algumas portas vigiando os bispos ou algo de valor, Lard caminha cuidadosamente feito sombra deslizando pelo piso luzente. Lard observa tudo tranqüilo Czarman ainda não descobriu, mas, não tardará ele logo estará aqui. Depois de horas de vigília nada aconteceu, tudo na santa paz divina.
Lau para diante uma enorme porta talhada com detalhes bíblicos, o quarto mais vigiado de todo o prédio, os aposentos de sua santidade, o Papa, nada pode entrar no corredor sem ser visto, câmeras em todos os ângulos, guardas bem armados, embora disfarçados, Lard sabe que com o poder de Arimã não será difícil de Czarman surgir do outro lado da porta, os aposentos do próprio Papa lugar perfeito para o Zend-Avesta.
Dentro do quarto o Papa dorme seu sono suave, acalentado pela a energia divina que cobre todo o ambiente com paz e boas vibrações. Czarman surge bem diante da cama, translúcido, célula por célula vão se juntando até formar um ser febril e maligno.
— Então é aqui o esconderijo de sua santidade — Czarman sarcástico ergue os braços — Obrigado Arimã, obrigado criaturas, trouxeram-me ao lugar certo, ah!, ah! Ah!
O Papa acorda e não crer no que ver.
— Meu Pai Eterno! O próprio demônio revela-se em minha frente! — O Papa assustado se levanta.
— Não, Senhor! Não sou digno de ser chamado assim, sou apenas um servo de suas vontades — Czarman empurra o Papa que cai sobre uma escrivaninha — Eu quero algo que você tem e quero agora!!!
— Não meu filho! Não sei do que você esta falando! — O Papa ainda caído.
— O Zend-Avesta — Czarman fala perto do ouvido do Papa com um gesto assustador — Entende-me agora!
— Meu Deus! Me ajude! Não posso fazer isto.
Czarman ergue-o apertando o pescoço até quase esgotar o seu fôlego.
— Vamos! Diga-me ou acabarei agora mesmo com o seu reinado pobre infeliz — Czarman com um tapa sangra o rosto do santo homem.
Outra vez o servo do mal sem benevolência parte pra cima para mais um gesto tortuoso, já sem força o Papa não tem outra saída.
— Deus me perdoe! — O Papa gira um crucifixo que está na parede ao lado de um quadro de Cristo. A parede por trás da cama se abre, uma porta de grosso aço aparece com uma pequena fenda no centro, o Papa levanta-se e retira seu amuleto, uma cruz e encaixa na fenda e gira, a porta lentamente vai se abrindo, uma sala secreta com todos os segredos da igreja guardados à séculos e mais séculos até mesmo os de Fátima estiveram ali, Czarman entra e não vê livro algum.
— O livro? Onde está o livro!?— Czarman empurra o papa pra dentro da sala.
O papa se ajoelha, faz uma oração, pede perdão, com as mãos trêmulas entrega o pergaminho contendo todas as palavras de Zoroastra, o Zend-Avesta, enfim, o livro sagrado, nas mãos de Czarman.
— Agora velho, verás o poder do livro — Czarman com o livro tenta eliminar o papa para fortalecer ainda mais o poder de Arimã.
— Eu acho que não Czarman! — Na porta surge o guardião do bem, Lard.
— Tarde demais idiota! — Czarman vai desaparecendo como chegou.
— Não se preocupe senhor voltarei com o livro.
Lard pula no campo de energia e é levado também junto com Czarman.
Em um lugar distante Czarman se materializa enquanto Lard tomba no chão, Czarman ergue o livro, o circulo de fogo o rodeia.
— Eu te glorificarei senhor! Eis aqui a chave das chamas ardentes, as lágrimas do mundo em teus olhos famintos. Arimã! Acorda abre os sepulcros dos mortais e me dá vida eterna! Eis aqui em minhas mãos o que pediu, o Zend-Avesta. O céu escurece, um negro flamejante em nuvens que pairam em agonia anunciam a chegada de Arimã.
— Ahhhhhhhh!!!!!!
Um trovão forte replicando no ar, a voz do mal em grave tom.
— Dá-me o livro!
Um ciclone desce do céu arrastando o livro das mãos de Czarman, o livro sobe girando, uma explosão no ar, Arimã está com o livro.
— Agora mestre dá-me o prometido — Czarman levanta os braços a espera da gratidão do mal.
— Idiota Arimã nunca promete nada, ai está o teu merecimento.
Um raio desliza na escuridão como um chicote do diabo em chamas acertando o peito de Czarman que cai desfalecido.
Arimã surge em sua forma bestial dentro do circulo enquanto o pobre Czarman recebe o seu pagamento, Lard sabe que encontrou um adversário muito forte e mal. Arimã ergue o pergaminho desenrola, mas, antes que possa ler.
— Pare Arimã! Você não terá o poder absoluto, deixe o livro onde estava — Lard em frente o circulo de fogo.
— Quem és tu para ordenar Arimã?
— Lard! E trago noticias de Ormuzd!
— Não toque nesse nome em minha presença! Ah!!!
Lard provocou a cólera de Arimã que não terá piedade. Uma mão de fogo gigante sai das nuvens negras pega e levanta Lard as alturas que com toda sua força tenta livrar-se dos dedos quentes da mão.
— Vamos! Traga-o! — Ordena Arimã a mão de fogo — E também o tolo de Czarman.
Arimã desaparece enquanto os dois são arrastados por túneis e corredores horrípilos até chegar a morada do deus do mal.
— Então é aqui a morada do mal? — Espantado Czarman.
— Não! Apenas uma delas, o mal tem morada em todos os cantos do universo — Responde Lard.
Sobre as nuvens negras um enorme castelo gótico e infausto, por trás um horizonte em chamas.
— Era isto o que queria Czarman? — Lard acorrentado ao seu lado.
— Perdoe-me meu amigo — Czarman arrependido — Não tinha noção do quanto é perigoso lidar com o mal.
— Não podemos deixar que ele leia o livro — Lard é arrastado.
— Conte comigo Lard.
Um enorme salão, uma escadaria que dá pro altar em forma de uma besta com presas e garras, vário discípulos em seus pálios escuros, cabeça baixa e mãos cruzadas esperam a voz do grande mestre.
— Meus servos fiéis! Hoje é o dia da necrodulia milenar, temos algo especial para celebrar nessa reunião, o Zend-Avesta que tanto esperei — Arimã no altar
todos se espantam felizes, o pergaminho é exaltado, erguido nas mãos de Arimã que aos poucos desenrola.
Lard entre os soldados que o guardam.
— Laudicéia apareça! — Lard chama sua espada, o anel prateado surge em frente com a bela e mortal arma espada de dois gumes, com um golpe corta os grilhões em seguida atravessa espada sagrada no peito dos guardas que caem esvurmando — Está livre Czarman — Grita Lard.
— Obrigado Lard, coloquei você nessa, agora vou até o fim para corrigir o meu erro.
Czarman corre em direção ao altar, Arimã prepara-se para o seu triunfo.
— Arimã! Eu sou Lard! Devolva-me o livro ou sinta a ira do filho de Hor!
Arimã repousa o livro sobre o altar, um berro assustador ecoa por todos os cantos como fera ferida no peito, descontrola-se e raios saem de suas mãos em todos os sentidos, o teto começa a cair a estrutura balança, os lustres infernais caem sobre todos, as estalactites despencam cravando-se nas criaturas que correm desesperadas.
— Filho de Hor!!! Porque vieste aqui?
Arimã sabe que não é páreo para Hor, seu arqui-rival , por isso seu reinado é distante de Gad e um confronto com seu filho não será nada fácil.
— O livro Arimã, só quero o livro!
Lard envoca o anel dos elementos, raios de gelo saem de suas mãos paralisando as chamas, colunas de gelo são erguidas para sustentar o teto por mais uns minutos, Arimã solta uma rajada de fogo bem mais forte Lard também lança fogo ao seu encontro.
— Então é foco contra fogo? — Grita Lard
Arimã não suporta muito tempo, sobe em seu altar abre os braços, Lard sem perder tempo mira a espada da longe que voa luzindo seu gume no ar até penetrar o peito de Arimã que uiva e cai de joelhos.
— Lard destrua o altar, rápido! — uma voz arrastada vinda do meio dos destroços.
Lard retira a espada do peito de Arimã e um golpe forte parte o altar, que abre um fosso escuro levando Arimã para o seu repouso bem longe dos mortais, o pergaminho cai aos pés de Lard.
— Saia Lard em pouco tempo tudo virará escombros.
Lard pega o livro em direção a voz, Czarman penetrado por uma viga em seu coração.
— Leve o livro Lard, corra saia do castelo, não tenho tempo, vá, pule nas nuvens.
Czarman corrigiu o seu erro a tempo, Lard corre deixando pra trás o castelo desmoronando, de longe vê apenas corvos sobre as ruínas, Lard some nas nuvens.
No Vaticano o Papa ainda assustado, Lard aparece e entrega o livro em suas mãos, pronto vossa santidade como prometi.
— Quem é você meu filho? — O Papa satisfeito.
— Sou um servo do Senhor, Padre, que nunca mais o mal toque nesse livro.
— Um dia meu filho quando o homem estiver preparado essas revelações virão a alerta-lo, por enquanto ficará o Zend-Avesta aqui sob a proteção Divina, que Deus lhe abençoe — O Papa fazendo o sinal da cruz.
— Obrigado Senhor! Obrigado.
Lard desaparece...
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Lard - O Eclipse
AventuraRegistro de Obras: 312234957 Um herói que tem a capacidade de voltar ao passado em pontos importantes da história e poder assim salvar ou melhorar a situação, devido aos seus conhecimentos como terráqueo, de ser professor de história de uma univers...