Capítulo 3

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Meu pescoço dói quando tento olhar o imenso prédio da sede da Intelli.

Não, eu não vou aceitar o emprego com o tal Logan não sei das quantas, mas minha mãe foi muito fofa ao se preocupar comigo, por isso estou aqui para educadamente recusar a oferta.

Eu não poderia trabalhar em um lugar onde eu correria o risco de esbarrar com Nate a qualquer momento. De jeito nenhum.

Ao entrar no prédio vou até o balcão da recepção. Eles pedem os meus documentos para fazerem meu cadastro e me entregam um crachá de visitante.

Entro no elevador e aperto o botão do andar que o homem no balcão me disse ser do escritório de Logan Anderson.

Ele tem um andar inteiro só para ele. Isso é loucura.

Assim que as portas do elevador se abrem, me vejo em um lugar bem bonito e moderno, quase minimalista.

Vejo uma mesa vazia onde imagino deveria estar a assistente/secretária de Logan.

Olho ao redor sem saber o que fazer. Decido seguir por um corredor que me leva até uma porta dubla de madeira onde está pendurada uma plaquinha escrito "Logan Anderson, CEO."

Hesitante, me aproximo e bato na porta. Espero alguns segundos e então ouço alguém dizer que posso entrar.

— Com licença. Sr. Anderson?

— Sim? — Um homem jovem e de cabelos escuros levanta a cabeça e me encara.

— Meu nome é Amélia Price e eu...

— Ah sim, Amélia! Entre! — Ele diz e então abre um enorme sorriso e se levanta.

— Desculpe entrar assim, é que...

— Imagina! Venha, sua mãe me falou muito sobre você. — Logan diz, se aproximando com um sorriso simpático.

Ele é bem alto, deve ter a mesma altura que Nate. Seus cabelos também se parecem muito com os dele, mas os olhos são de uma cor diferente e são bem mais amistosos que os de Nate.

Ele até mesmo tem algumas ruguinhas perto dos olhos, o que indica que ele deve sorrir bastante, coisa que não imagino Nate fazendo com muita frequência.

Logan se aproxima e estende a mão. Vejo que minha mãe tinha razão. Ele é bem bonito. Muito bonito.

— É muito bom vê-la novamente. Provavelmente você não se lembra de mim, eu a conheci quando era criança.

— Sinto muito, não me lembro do senhor.

— Por favor, me chame de Logan.

— Certo...Logan.— Digo e sorrio.

Vejo que Logan passa seus olhos por todo meu corpo e dá um sorrisinho de lado.

— Nossa, quando eu a conheci você era tão pequena e agora está tão...nossa! Você realmente virou uma mulher lindíssima. — Ele diz e sinto minhas bochechas pegarem fogo.

— Obrigada.

— Sinto muito, isso foi inapropriado da minha parte, mas é que você mudou bastante. Minha intenção não era constrangê-la.

— Está tudo bem, não estou constrangida. — Minto.

— Por favor, sente-se. Gostaria de beber algo?

— Oh não, obrigada. — Recuso mesmo estando com um pouco de sede. Sei que como Logan está sem uma assistente/secretária, ele mesmo teria que ir buscar a bebida e não quero incomodar.

Amélia - Filhos da Paixão #1Onde histórias criam vida. Descubra agora