Capítulo Vinte Um

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Olho ao redor assustada, estou literalmente em uma selva.

Escuto pássaros cantando e animais selvagens vagando pelas sombras das árvores, respiro fundo e sinto o delicioso cheiro da natureza, isso me enche de energia, a temperatura está mais amena do que pensei.

Ás vezes me pergunto como eles conseguem construir tantos túneis que dão para tantos lugares diferentes.

Cutuco o solo com meus pés, ele está úmido de orvalho, porém algo me chama atenção, pegadas... mas não são simples pegadas... são pegadas compostas.

Quantos campeões estão aqui? E se as pegadas estão lado a lado significa que são aliados? Não as vejo com um grande espaçamento entre elas como se um dos indivíduos tivesse fugindo um do outro...

Escuto um galho se quebrar mais a frente seguido de uma silhueta entre as árvores.

Não penso duas vezes e aperto o botão do bastão o transformando em espada, fico em posição de ataque.

-Ah por favor... vamos nos apresentar primeiro... - Ele sai detrás da árvore e consigo vê-lo perfeitamente.

Seu uniforme é roxo o que me faz engolir em seco.

Outro lutador.

Seu cabelo punk é tingido de rosa florescente e ele tem vários piercings em seu rosto, inclusive em sua língua .

-Me chamo Ace... - Com um tom sarcástico.

-Ian... - Aperto o cabo da espada mais forte. Vasculho o lugar com os olhos tentando ver qualquer coisa que se movimente por entre as sombras das árvores. Onde está o outro? Sei que tem mais de um campeão aqui.

Escuto um barulho de algo muito rápido vindo atrás de mim.

Meu reflexo para essas coisas é sempre falho, eu me culpo completamente por Celena tentar me ensinar a desviar de  golpes cegos e levo um chute forte nas costas.

O chute me faz voar para frente de encontro com Ace, ele me dá um soco potente no rosto e caio vários metros dele.

A lama amortece minha queda mas meus pulmões não tiveram a mesma sorte, o baque foi muito forte e dois segundos depois me sinto arfando muito, puxo o ar desesperada, meu queixo  doe como nunca doeu antes, abro minha boca para puxar ar e minha mandíbula estrala, colocando os ossos no lugar certo.

A dor é sufocante mas com o tempo para aos poucos provocando um alívio rápido.

Escuto outra voz há  alguns metros atrás de mim.

-Me chamo Aidan!!

Então foi ele que me chutou, olho ao redor e procuro minha espada mas não a acho em lugar nenhum.

Me levanto rapidamente e me viro.

Apoiado com as costas em uma árvore ele me examina cuidadosamente, mas não parece feliz por eu só ter a bochecha com um corte.

Aidan é irmão gêmeo do Ace o que justifica muito seu cabelo também ser punk mas tingido de azul, ele também possuí alguns piercings no rosto e na orelha, mais abaixo de seu pescoço vejo uma tatuagem do número 69 em negrito.

Abaixo meu capuz da cabeça e o encaro.

-Se sente decepcionado por não ter me machucado tanto? Espere só eu acabar com você e seu irmão!

-Que confiança para um nanico como você... - Ace pula de cima de um galho de uma árvore por perto.

Dessa vez consigo me esquivar, desfiro socos em sua direção, ele contra ataca mas consigo me defender.

A Canção das EspadasOnde histórias criam vida. Descubra agora