Meu Vizinho Problemático - Justin Bieber

O Passado Sempre Volta

  Justin Pov.

  Vários anos se passaram , muitas coisas aconteceram, muitas delas que não me alegro em me lembrar. Realmente, depois que soube que Bella foi embora por minha culpa, eu me afundei. A mãe dela não quis me dizer onde ela tinha ido, então eu fiquei com essa amargura por muito tempo, até que finalmente esqueci.

  Alisson e eu ficamos  de vez em quando. De algum modo, eu nunca consegui me livrar dela, mas ela era só uma lembrança constante de toda merda que eu tinha feito da minha vida quando cheguei em Los Angeles. Eu poderia ter ido embora, mas não fiz, não conseguia, eu precisava sentir que a minha vizinha marrenta ainda estava ali.

  Passei um longo tempo perdido na bebida, ela era minha melhor amiga. Ryan se manteve longe por um tempo, e não ficou nada feliz quando acabei soltando que tinha transado com a Bella enquanto eles namoravam. E, diferente do que eu imaginei, depois de um longo tempo ele me perdoou. Irmãos servem pra isso.

  Ryan pegou geral, depois do que ele fez com a Bella, ele viu que namorar realmente não era com ele. Vivíamos em festas, minha mãe ficou um bom tempo preocupada comigo, me mandou fazer terapia o que é claro que recusei. Minha pobre mãe, se ela soubesse o motivo de toda minha amargura...

  Eu nunca fui de me preucupar muito com as consequências dos meus atos. A minha vida toda, sempre foi repleta de bebedeira e mulheres, eu nunca me apeguei a ninguém. Muitas mulheres passaram pela minha vida, muitas sofreram no processo, e o pior, eu nunca me importei. Eu nunca valorizei ninguém. Pra mim, mulheres serviam para o sexo e nada mais. Elas satisfaziam meu prazer e eu dava para elas um pouco do Justin. A única coisa que nenhuma tinha feito, era me tocado. Eu nunca deixei que ninguém me tocasse, isso até conhece-la. Bella foi a única pessoa que eu deixei que me tocasse do jeito que ela tocou. Ela deve achar que foi só mais uma para mim, e que não dei importância, afinal só mais um transa , nada de mais. Entretanto, se ela soubesse desse privilégio....Não mudaria nada. Bom, ela continuaria me odiando, ela nunca vai me perdoar e eu mereço isso, mereço sua rejeição.

  No começo, assim que vi aquela garota ingênua e que nunca na vida tinha sentido desejo, começou a me chamar atenção. Tudo começou no momento em que a beijei no verdade ou desafio. Eu vi seu medo, sua angústia, a menina tava com medo mas mesmo assim, ela tinha uma paixão, e isso misturando com sua ingenuidade são realmente...atraentes. Ela sempre foi de muita opinião, nunca calava a boca para nada, marrenta... Mas só isso, por que no resto, ela era completamente fraca.

  Inicialmente, eu pensei em explorar os limites dela, ver até onde ela iria aguentar e começamos a nos envolver de uma maneira que acabei me vendo preso em um círculo sem fim. Eu causava desejos nela e ela fazia o mesmo em mim. Tudo explodiu quando ela cedeu a tentação, e então, o meu lado babaca, que não liga para mais ninguém além de si mesmo, veio a tona. Eu disse que a usei, mas na verdade ela que me usou. Nunca tinha transado com alguém e tinha sido tão puro e tão excitante ao mesmo tempo. E mesmo assim, eu nunca admiti nada, nem admiti para mim mesmo. Por que na verdade, eu não sei amar.

  Minha infância grande parte dela tinha sido traumatizada pelo abandono de meu pai. Minha mãe, uma mulher sempre muito trabalhadora, fez tudo ao seu alcance para me criar da melhor forma. E mesmo assim, eu consegui lhe dar muitas dores de cabeça, na verdade, eu acho que ainda faço isso... Eu nunca tive um propósito na minha vida, eu simplismente vivia, como se não tivesse o dia de amanhã, e vivia intensamente. Quando minha mãe me disse que nos íamos nos mudar, eu não quis, por que eu iria querer ir embora se toda minha família estava no Canadá? Não tinha o por que. Lá estavam meus amigos, meus avós, todos... Mas acabou, que minha mãe me obrigou, e aqui estou eu, nesse lugar que era para ser a porra de um recomeço, mas só me trouxe dor de cabeça.

  Um dia antes da volta as aulas, eu estava andando sem rumo por Los Angeles, tava pensando no que fazer da vida aqui, até que recebi uma mensagem de Ryan, e lá ele dizia que estava vindo para Los Angeles também, e que estudaria comigo. Isso foi incrível. Foi a melhor notícia que alguém poderia ter me dado e pela primeira vez fiquei animado em estar aqui. Eu só queria voltar para minha nova casa o mais rápido o possível e contar para minha mãe que o pequeno Ryan Butler(que é como minha mãe gosta de chama-lo mesmo que ele não goste), estava vindo para cá. No entanto, eu estava andando em alta velocidade e não vi quando uma garota estava passando. Eu entrei em pânico e freiei o máximo que consegui, e quando o carro parou, e vi aquela garota ali, eu só queria gritar com ela por estar andando no meio da rua a uma hora dessas. Dois estranhos se conhecendo nessas circunstâncias, irônico né? Minha vida tem passado por muitas ironias desde que cheguei aqui. O meu único pensamento no momento foi: "Acho que essa mudança vai ser mais divertida do que eu imaginava".

  Nossos caminhos se cruzaram de uma maneira estranha, e a partir dali, so merda viria.

  Olha, eu não me orgulho do que eu fiz com ela, me martirizo todo dia com o fato de que eu poderia ter acabado com tudo isso se tivesse sido sincero com ela, se tivesse dito tudo o que eu realmente sinto. Eu estava diante de uma situação perfeita para isso, mas ao invés de fazer o certo, aquilo que eu sabia que queria, o que foi que eu fiz? Ri da cara dela, e fui o mesmo babaca de sempre. Eu mereço ficar sozinho, nessa vida miserável e sem amor, por que quando eu tive a chance de amar intensamente alguém e viver esse amor, eu estraguei tudo. Mas bem no fundo, num lugar onde eu jamais admitiria para mim mesmo, eu ainda a amava. A minha forma de amar.

  Agora aqui estou eu, sentado na minha cama pensando em como a minha vida poderia ter sido e em o quanto eu acabei com tudo. Já estava ficando escuro, e eu ainda estava lá, imóvel, minha mãe não estava em casa e eu não queria sair. Me levantei e fui até a janela e vi movimento na casa ao lado, o que era estranho. Fiquei parado na janela do meu quarto por alguns segundos até que um fantasma do passado veio para me atormentar. Ela estava bem ali, diante de mim, totalmente paralisada e linda ao mesmo tempo, ela me olhava sem expressão. Eu só podia estar louco! Ela não está aqui, não está, isso é só minha cabeça me pregando alguma peça. Fechei a cortina e me atirei na cama com o coração ainda a mil. Eu realmente, do fundo do meu coração, queria que fosse ela, eu queria mesmo, mas eu sei que não é.

  Esse parecia ser meu destino, sozinho.

 
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Até o próximo capítulo...
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