[ 4 ] - Another Call?

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" There are too many options "

" There is no consolation "

" I have lost my illusions "

" What I want is an explanation "

Madonna - Love Profusion

   

  * Harry *

Ring. Ring. Ring. Ri-

- E eu pensava que a noite passada era adeus de vez. - oiço uma voz gentil a rir.

É muito familiar.

- Olá eu, uh, desculpa mas eu não me lembro do que aconteceu ontem à noite e... bem, hum... - gaguejo.

O que posso dizer? "Oi, se te contei que eu sou o Harry Styles dos One Direction eu estava a mentir, por isso não contes a ninguém. E não dês o meu número por aí."

- Duvido que te lembrasses, uma vez que estavas completamente bêbado.

Merda ela sabe que eu estava bêbado. Fodasse os "media" vão destruir-me por causa disto. Já consigo ver os cabeçalhos das revistas "Harry Styles faz telefonema bêbado para rapariga misteriosa". O pensamento faz-me dor a cabeça.

- Bem, como podes ver eu realmente não me lembro do que fiz e do que te contei, mas provavelmente eu estava a mentir, por isso podes esquecer toda a conversa que tivemos. - tento explicar.

Há uma pausa no outro lado da linha. Consigo ouvir muitas pessoas a falar e barulho de carros a buzinar. O som de New York. Ela deve estar dentro de um carro ou a andar na rua.

- Então não apanhaste a tua namorada a ter sexo com outro homem?

Eu contei-lhe isso?!

- O que é que eu te contei? - pressiono.

Ela conta-me todo. Tenho que dar algum crédito a mim próprio. Para um rapaz bêbado, ocultei-lhe informação importante. Deixei de fora o meu último mas não o meu primeiro nome. Não lhe contei o meu trabalho. Apenas contei o primeiro nome da Taylor e também não lhe disse em que é que ela trabalha. Também não mencionei nenhum dos rapazes.

Tudo o que ela sabe é que eu chamo-me Harry e encontrei a minha namorada a foder com algum rapaz saído da Vogue magazine.

- Então é isso? - pergunta ela depois de me contar tudo.

- É isso o que?

- Isso é verdade ou tu mentiste-me por umas três horas? - ela ri.

Sorriu enquanto ando até à cozinha e agarro numa barra de cereais. O Louis está sentado no sofá, abraçado com a Eleanor. Ambos olham para a minha cara sorridente.

- Isso é verdade mas eu não tinha a certeza se te tinha contado alguma coisa que eu não queria que soubesses. - explico a rir.

Inclino-me contra a bancada, longe do Lou e da El e dou uma grande dentada na barra.

- Não. Sempre que eu te perguntava algo a que não querias responder, tu dizias que não me ias contar, por isso eu não pressionava.

- Bem, obrigado... humm... - deixo a frase sem ser acabada à espera que ela introduza o seu nome.

- Beth. Também to disse ontem. - ela ri.

O riso dela é adorável. Soa como o som que um pequeno macaquinho poderia ter.

- Bem Beth, de New York, obrigado por ouvires-me durante algumas horas. Não volto a perturbar-te. Desculpa e obrigado. - concluo.

Adicionei a parte New York por alguma razão, porque senti que podia mostrar-lhe que nunca a conheci, sou bastante inteligente. Não sou apenas um bêbado qualquer que telefona para números de pessoas desconhecidas.

- Bem Harry, de Londres, Inglaterra, não foi incómodo algum. O prazer foi todo meu. Adeus e tem uma boa vida, Harry. Desejo-te o melhor. - disse ela antes de terminar a chamada.

Então ela também foi inteligente o suficiente para olhar para o código da área. Esta última parte da despedida dela soou tão familiar vindo da voz dela.

Ela deve ter-me dito o mesmo quando estava bêbado.

 

DRUNK CALL || h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora