[ 6 ] - Good Advice

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" Cuz in the end no one loses or wins"

  " The story begins again and again "

  " With forgiveness and love"

Miley Cyrus - Forgiveness and love
   
  
    * Harry *

  - Olá? - oiço a voz dela dizer.  

  Imediatamente arrependo-me de lhe telefonar. Fico sem palavras.

  Porque é que lhe telefonei? Apenas para falar sobre o que o Louis fez. Deus, sou um idiota.

  - Ol-a-a-a? Harry? - ela continua a chamar.

  Finalmente tomo o controle das minhas ações.

  - Uh, olá. - começo estranhamente.  

  - Olá… o que é que se passa?

- Desculpa. Eu, eu não sei porque te telefonei. Na realidade é estúpido. - tento concluir envergonhado.

  - Não deve ser assim tão estúpido se tu sentiste necessidade de falar sobre isso. - encoraja a voz suave dela.

  - Como é que sabias que precisava de falar sobre isto? -  riu disfarçadamente.

  - Porque mais haverias de telefonar?

   É verdade. Porque outro motivo haveria eu de telefonar-lhe sem ser para lhe contar algo?

   Começo a desabafar todas as pequenas emoções e pensamentos que senti e conto-lhe a pequena e estúpida história da piada do Zayn e a briga com o Louis.

  Obviamente substituí ambos os nomes. Zayn é agora Zack e o Louis é agora o Tom.  

  Ela é uma boa ouvinte e conselheira.

  - Harry, tu e eu sabemos que a partida do Zack não tinha intenção de te magoar. Ambos vão esquecer isso em dois segundos. E a respeito da tua briga com o Tom, eu concordo que ele não devia ter falado na Taylor. Mas eu acho que devias pedir-lhe desculpa. - aconselha ela com palavras suaves.   

   - O que? Porque eu?!

  - Sabes o que o meu pai costumava dizer-me?

  - O que? - suspiro.

  - O primeiro a desculpar é o mais corajoso. O primeiro a desculpar é o mais forte. O primeiro a esquecer é o mais feliz. - ela esclarece. - É possível ser todas essas coisas. - ela continua.

     Processo e pondero o que ela disse e apercebo-me de que está certa.

 Despeço-me rapidamente dela e caminho até à sala de estar, onde o Zayn e o Louis estão a ver televisão.   

 Todos nós pedimos desculpa, desculpámo-nos, e esquecemos ao mesmo tempo.  

  Obrigado Beth.

  *2 Semanas depois*  

   Desde aquelas palavras de sabedoria e sensatez da Beth, nós temos falado quase todos os dias. Eu telefono-lhe em todas as oportunidades que tenho, tendo em conta as horas que são do outro lado do mundo.  

    Ela continua sem ter qualquer ideia sobre mim ou sobre o meu trabalho, mas posso dizer o mesmo sobre ela.

   Eu não sei o último nome dela, nem em que é que ela trabalha. Não sei quem são as amigas dela, excepto uma que se chama Bella.

Mas há qualquer coisa acerca dela que me mantêm atraído como um íman.

   Começo a fazer uma lista mental do que sei acerca dela:

    - O nome dela é Beth;

   - Tem 18 anos, logo é um ano mais nova que eu;

   - É engraçada;

    - Vive em New York;

    - Ama o trabalho dela (qualquer que seja);

    - O padrasto dela é alemão e chama-se Duke;

    - O filme favorito dela é "Love Actually" e "The Notebook" (como eu);

    - O pai dela divorciou-se da mãe porque já não sentiam amor um pelo outro;

    - Ela nunca vê o pai;

    - Ela vai vê-lo em breve (onde quer que ele viva);

    - E eu adoro falar com ela.  

   Neste momento encontro-me a olhar para o relógio do estúdio, à espera que seja noite, a hora em que costumo telefonar-lhe.  

   Sinto um sorriso a puxar os meus lábios no segundo em que são horas de ir para casa.

  Os rapazes chamam-na de a "Rapariga telefonema" e "New York City", eles sabem o quanto eu gosto de falar com ela.

 Nós costumamos falar a noite toda, bem a noite toda no meu lado do mundo. Assim que me sento de pernas cruzadas na cama pego no telemóvel e telefono-lhe.

  Ela atende ao segundo toque e diz animadamente: Oi Harry! Adivinha o que vou fazer agora mesmo. - ela ri.      

 

DRUNK CALL || h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora