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Eu os guiava, seguindo em frente. É difícil explicar, mas era como se eu soubesse exatamente onde a arma está. Como se ela cantarolase em meu ouvido, me chamando para ela.

- É ali. - Eu apontei para uma clareira, onde se podia ver uma cabana de madeira, e ao lado uma casa grande de tijolos. - Vamos pousar na floresta.

Assim que pousamos, os grifos se foram.

- Ótimo, estamos por conta própria agora. - Dennis resmungou olhando para o céu, onde os animais alados sumiram em um piscar de olhos.

- Sempre estivemos.

O sol já estava se pôndo, e a escuridão da noite já invadia a floresta. Nós nos aproximamos mais da clareira, nos abaixando atrás de um grande tronco de árvore.

- Três. Estão rondando o perímetro, não parece ter outros. - Alexia analisou. - Está fácil.

- Até demais. - Dennis observou. Ele apontou para um canto mais a nossa direita. - Armadilhas. O caminho todo até a casa está repleto de armadilhas.

- De que tipo? - Perguntei.

- Não sei, mas não são nada amigáveis.

Meu cérebro começou a trabalhar, eu precisava de uma maneira de passar por eles, nosso tempo estava acabando.

- Tudo bem, eu tive uma ideia. - Eu olhei para meus amigos, que sorriam.

**

Eu assobiei. Parecia algo como um animal morrendo, na verdade, era pra ser um som de um grande e forte ciclope. Eu tenho meus truques. Os guardas nem se mexeram, e então eu repeti o som. Eles se encaminharam para onde estávamos, procurando por algo. Eu novamente emiti o assobio, e quando eles olharam para cima, foram nocalteados na cabeça por Dennis e Alexia.

- Ótimo, agora podemos cuidar do outro. - Eu desci da árvore, e peguei a espada.

Nós andamos com cuidado pelo campo cheio de armadilhas, graças aos deuses, nenhuma disparou. Alexia nocalteou o outro guarda, e nós entramos na cabana do meu sonho.

Era exatamente igual, tudo. O Arco reluzente estava sobre a mesa, brilhando feito ouro.

- Pegue e vamos logo nos mandar daqui. - Dennis olhou ao redor. - Eu não gosto nem um pouco deste lugar.

Eu esperei um segundo, talvez Apolo aparecesse, mas nada aconteceu. Eu dei dois passos até a mesa, e toquei no arco. Ele piscou mais forte, e então parou.

- Vocês não vão sair daqui tão fácil assim.

Eu me virei. Alexia estava parada bem no meio da porta de entrada. Ela tinha a espada em mãos, e estava com o rosto sério.

- Como? - Dennis gaguejoi.

- Vocês não vão sair daqui. Não mesmo.

Então ela era a traidora. Ela era.


Filho de Apolo: A Arma Perdida.Onde histórias criam vida. Descubra agora