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O dia amanheceu quente, o ar estava seco. Eu e meus amigos continuamos a andar pela rodovia, até chegarmos à outra cidade. Ela era um pouco maior que as outras pelas quais já tínhamos passado. As pessoas andavam pelo centro, fazendo compras e comendo em lanchonetes.

- Aquele homem está nos seguindo. - Dennis olhava para a multidão, todos sentados do lado de fora de uma lanchonete.

- Que homem? - Perguntei.

Dennis apontou. O homem parecia ter 17 anos, usava óculos escuros e tinha os cabelos loiros, um sorriso brilhante estampava seu rosto, ele bebia uma bebida rosa.

- Têm certeza de que ele está nos seguindo? - Perguntou Alexia.

- Sim, ele estava naquela noite em que esbarramos com o ciclope, observava tudo de um dos prédios. - Contou Dennis. - Ele também estava na rodoviária, em todos os lugares.

- Certamente é um monstro, mas qual? - Alexia segurou a espada.

- Ele não é um monstro.

Eu caminhei até o rapaz, meus amigos me chamaram, mas eu continuei. Parei ao lado do rapaz, ele tomava calmamente um milk shake de morango. Alexia e Dennis pararam ao meu lado, com as espadas em mãos.

- Calma gente. Ele não é um monstro. - O rapaz olhou para mim e sorriu mais largamente. - É só Apolo.

- Olá filho! - Ele se levantou e abriu os braços, eu o olhei confuso. - Nem um abraço? Ok. Sentem-se, todos vocês.

Eu fiquei frente a frente com o Deus. Ele chamou uma garçonete, e depois se virou para mim.

- Vai querer o que? Bacon é ótimo sabia? Eu devia tê-los criado. Ah espere, sua mãe não deve gostar que você coma carne, que tal uma salada? - Ele sorriu. Eu não sabia que ele se lembrava de minha mãe, ainda mais que ela era vegetariana.

- Ela é vegetariana, não eu. - Respondi rispidamente. Ele abriu a boca para dizer algo, mas a fechou.

- Hã... Três hambúrgueres por favor. - Alexia sorriu para a garçonete, que saiu depois de anotar.

- Por que está nos seguindo? - Fui direto ao ponto.

- Eu estou os vigiando, apenas isso.

- Porquê? - Dennis quis saber. - Você está nos seguindo já faz um longo tempo.

- Ah, você foi o único que me notou, estou decepcionado Gustavo. - Ele pôs a mão no peito, fazendo drama.

- Achei que deuses não fizessem drama. - Resmunguei, Apolo ficou sério. - Onde está o seu arco?

- Perto.

- Ótimo, então por que não vai pegar? - Alexia perguntou assim que nossos lanches chegaram.

- Eu não posso. - Ele olhou para ela, que se encolheu um pouco.

- Não pode ou não quer? - Levantei uma sobrancelha. - Está nos usando de fantoche?

- Olha aqui crianças, eu não posso ir até lá. Mas vocês estão próximos, muito próximos.

Eu encarei meus amigos. Alexia deu de ombros, e Dennis mordeu seu lanche.

- Pode pelo menos nos dizer onde ele está?

Apolo sorriu, e retirou seus óculos escuros. Seus olhos eram castanhos claros. Ele era um Deus, poderia ter a forma que quisesse, mas naquele momento, ele se parecia comigo.

- Bom, eu vou providenciar uma carona para vocês, mas antes... Posso falar com você Gustavo? A sós.






Filho de Apolo: A Arma Perdida.Onde histórias criam vida. Descubra agora