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Assim que o sol nasceu, nós seguimos em direção a rodoviária. Argos nos deixaria ali, e depois estaríamos por conta própria.

- Vocês dormiram essa noite? - Dennis perguntou.

- Porque? Você não? - Alexia o olhou.

- Pesadelos. - Ele murmurou. - Com minha mãe.

- Que tipo de pesadelos? - Perguntei.

- Ela está correndo de algo, no escuro. Então ela tromba com um homem, pronto. - Ele franziu o cenho.

- Estranho... - Alexia disse. - Geralmente sonhamos com o passado, presente ou futuro, você acha que é oque? - Ela me olhou.

- Eu não sei. Talvez o passado? - Levantei uma sobrancelha.

- É, por que o homem é Hermes, meu pai. - Dennis disse sério.

- Como você sabe? - Perguntei.

- Por que eu já o vi antes.

Nós ficamos em silêncio o resto do caminho, Argos mantinha seus olhos na estrada, mas o olho em sua nuca nos observava em silêncio.

**

O carro parou e nós descemos, Argos fez um aceno com a cabeça e voltou pro carro, retornando para o acampamento.

- Bom, vamos começar nossa missão. - Sorri.

- Nosso ônibus já vai sair. - Alexia avisou.

Nós entramos no ônibus e nos sentamos no último banco. Éramos semideuses em um ônibus, ótimo para monstros. Eles sentem nosso cheiro, e já ouvi dizer que adoram nosso sabor. Mas isso eu não quero descobrir.

- Muito bem, a profecia diz para irmos ao oeste, então vamos ao oeste. - Alexia olhou em um mapa.

- Espera, como vamos saber quando chegarmos ao nosso destino? - Perguntei.

- Como? - Dennis perguntou sem tirar os olhos da janela.

- Só diz para irmos pro oeste, nada mais.

- Hum... Eu acho que saberemos quando chegarmos. - Alexia estava pensativa.

Eu concordei. Era minha primeira missão oficial, a dois verões atrás eu somente fora buscar Dennis, e cai entre nós, não foi assim tão difícil. Mas agora, eu estava indo buscar a arma de Apolo, isso é muito sério. E eu não faço ideia de onde ela possa estar. Eu olhei pela janela, e vi o sol, estava quente, mas eu me sentia bem. Raphael disse que o sol nos ajuda nas batalhas, ficamos mais fortes, mas eu nunca tentei isso. Depois de dois anos no acampamento, eu era só um mero campista, ainda sem missões. Mas agora eu estava em uma, e estava apavorado.

**

Horas depois o ônibus parou em uma pequena cidade, era a última parada, então só restaram meus amigos e eu.

- Muito bem, devemos seguir por aquela direção. - Alexia apontou na direção contrária do sol.

- Ótimo, vamos nessa. - Dennis riu.

Nós começamos a andar pela calçada movimentada. Apesar de ser uma cidade pequena, tinha bastante gente ali.

- Vamos comer, ou então estaremos exaustos logo. - Falei.

Nós encontramos uma lanchonete e fomos até ela. O cheiro de batatas fritas era ótimo, o local era pouco movimentado. Nos sentamos em um mesa e pedimos nossos lanches.







Filho de Apolo: A Arma Perdida.Onde histórias criam vida. Descubra agora