Capítulo 27

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Tânia

(Alguns anos atrás)

-Venha comigo irmã,vamos para bem longe daqui,ele nunca irá nos achar. -pela milésima vez Luna me suplicava enquanto apressadamente saíamos de onde ela estava sendo escondida.

-Você sabe que eu não posso minha flor,será bem mais seguro se apenas uma de nós formos e essa pessoa terá que ser você.- vejo lágrimas escorrendo em seu rosto angelical e trato de limpa-la rapidamente- Não se preocupa comigo,eu sei me virar,está tudo certo,você irá pra bem longe com o Ethan,vão ser muito felizes e cuidar bem desse bebezinho que está aí dentro. -aponto para sua pequena barriga

-Porque está fazendo isso Tânia,se arriscando tanto assim por mim?Nós nem somos irmãs de sangue,você não tem essa obrigação...

-Família não é só de sangue garota,nunca se esqueça disso. Agora vai e se cuida. -lhe dou um forte abraço como se aquele fosse o ultimo.

E aquela foi a última vez que a vi,preferi não saber para onde estavam indo,assim era mais seguro,agora tinha que voltar pra casa e fingir que nada aconteceu,sei que tudo dará certo e que isso não é o final.

(Dias atuais)

-Escuta Michel,aqui está todo dinheiro necessário,demorei para conseguir e agora  tudo o que me prometeu terá que estar agora em minhas mãos.

-Calminha minha querida. -ele coloca suas mãos sob as minhas 

-Eu não sou sua querida. -retiro minhas mãos - Ande rápido com isso,quero voltar para casa.

-Acontece que eu não tenho mais as provas comigo,eles estão crescendo cada vez mais,fiquei sabendo que fizeram uma aliança bem forte,invadiram meu deposito e limparam tudo, pegaram todas as provas. Eu sinto muito.

-Sente muito? Sabe o que eu tive que fazer para conseguir esse dinheiro? Eu menti para a minha filha,tive que ver ela virando noites atrás de um emprego para conseguir esse dinheiro para meu suposto "tratamento'' - faço sinais de aspas com as mãos. -Menti sobre minha saúde,sobre meu passado e posso estar colocando ela em perigo. Então senhor Michel,eu sugiro que pegue suas desculpas e enfie em seu orifício circular corrugado...quer saber,quero que você vá tomar no cu.

Me levanto e vou até o senhor que estava com o meu casaco e deixo o restaurante sem nem olhar pra trás,vou até o carro que havia pedido para me esperar e peço que vá imediatamente para o aeroporto,preciso ver Sophia,sinto que ela está precisando de mim. Minha garotinha é o meu maior bem,ela é linda e bastante inteligente,sempre forte,guerreira e bastante orgulhosa,característica que puxou de seu pai,Richard.

Lembro-me como se fosse ontem de quando nos conhecemos,ele tinha me ajudado no momento que mais precisava,diziamos ser pra sempre o que tinhamos,mas infelizmente o pra sempre...sempre acaba. Eu tive que afasta-lo de mim assim que descobri que estava grávida,no começo fiquei bastante triste e irritada ao saber que ele havia ido embora sem falar nada comigo,mas depois percebi que era melhor assim,ele já tinha problemas demais com isso.

Chego em casa doida pra dar mil beijos na minha filhota,mas assim que abro a porta me assusto ao ver minha casa escura, toda revirada  e sem nenhum sinal da Sophia nem do meu pai,meu Deus,eu não acredito que aquele desgraçado fez isso,ele prometeu jamais fazer mal a minha menina. Tenho que tomar minhas providencias,o desespero já começa a bater,eu sei que aquele monstro é capaz de fazer de tudo,ele me prometeu que jamais faria mal a Sophia,eu sou uma estúpida por ter acreditado,mas isso não vai ficar assim,ele deve estar achado que suas garras me pegaram,mas terá uma bela surpresa,irei fazer o que sempre faço. Irei me erguer e lutar contra isso.

 Não sei muito bem o que fazer no momento,mas tento colocar a calma em prática.Pego o meu celular e começo a fazer uma busca na minha agenda de contatos,porém de repente escuto o barulho da porta se abrindo,pego um pedaço a perna quebrada da cadeira que estava jogada no chão e me escondo atrás do armário de bebidas do meu pai. Vejo um rapaz entrar armado,não conseguia identificar suas ,ele era mediano,não tão baixo nem alto,devia ter seus 1,80 m esse seria bem fácil de derrubar. Assim que ele vem em minha direção em passos calmos eu acerto a perna dele,depois lhe dou uma paulada na mão onde a arma estava e assim que a mesma cai no chão eu a pego e aponto para ele.

-Quem é você? -Grito,mas o rapaz não responde,continua com uma das mãos na perna em que eu acertei e olhando para baixo. -Não perguntarei novam...

Rapidamente ele retira a arma de minhas mãos e aponta para mim,como se ele fosse um mágico. Ele fica um tempo parado e eu tento pensar em alguma coisa,tento caçar algo para o atingir,mas o rapaz faz algo surpreendente,ele abaixa a arma,levanta o abajur que estava tombado e o acende revelando um pouco mais sua face e quando ele chega pra mais perto da luz posso vê-lo completamente e quando meus olhos vão de encontro aos seus senti cada parte do meu corpo paralisar. Eu conheço esses olhos,essa tonalidade de azul,são os mesmos,não pode ser.

 Eu conheço esses olhos,essa tonalidade de azul,são os mesmos,não pode ser

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-Quem é você? -pergunto já sabendo quem poderia ser.

-Castiel. -ele dá um sorriso. -Castiel Collins.





Meu Querido Guarda-CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora